Zepelim é o nome dado aos dirigíveis construídos pelo conde alemão
Ferdinand Zeppelin. Durante dois anos o conde trabalhou intensivamente,
juntamente com uma equipa de engenheiros, sob o olhar curioso e
trocista da população local, num hangar flutuante nas águas do lago
Constança, perto de Friedrichshafen na Alemanha meridional. No dia 2 de
Julho de 1900 o povo pode observar com espanto o primeiro dirigível - o
LZ1 ("L" de luft, "ar" em alemão e o "Z" da inicial do nome do conde) - a
levantar num breve voo de cerca de um quarto de hora, após o qual teve
de aterrar devido a alguns problemas.
O zepelim é propriamente um
balão em forma de cilindro ovalado nas extremidades, moldado por uma
estrutura formada por vigas de alumínio; no interior desta estrutura
está um balão de hidrogénio e, no exterior, como revestimento, um tecido
de seda.
O balão dirigível de estrutura rígida não foi inventado
pelo Conde, mas por Spiess em 1873, embora a fama da invenção lhe tenha
sido atribuída através da propaganda alemã.
O primeiro zepelim era
movido por um motor de apenas 16 cavalos, já o o segundo - o LZ2
(experimentado em 30 de Novembro de 1905) - era de 170 cavalos. Os
zepelins foram sendo sucessivamente aperfeiçoados, tendo, muito embora,
sofrido inúmeros acidentes conseguiram contudo atingir um nível de
segurança razoável.
Estes dirigíveis foram usados tanto para fins
comerciais como, depois, para fins militares, como bombardeamento ou
mera observação do inimigo.
Entre 8 e 29 de Agosto de 1929 o LZ127
deu a volta ao mundo tendo feito apenas quatro escalas. Partiu de
Lackhurst, nos Estados Unidos da América, e dirigiu-se para
Friedrichshafen, onde fez a primeira paragem, seguiu para Tóquio, depois
para Los Angeles e, finalmente, Lackhurst outra vez. Este dirigível
tinha uma potência de 570 cavalos e podia atingir a velocidade de 130
km/h. Os dirigíveis foram sendo gradualmente abandonados com o
desenvolvimento e aperfeiçoamento dos aviões.
O acidente do Hindenburg
O LZ 129 Hindenburg, ou simplesmente Hindenburg, foi um dirigível
construído pela Luftschiffbau-Zeppelin GmbH, na Alemanha. O seu nome foi
dado em homenagem ao presidente da Alemanha, Paul von Hindenburg.
Este dirigível, com 245 metros de comprimento e sustentado no ar por 200
mil metros cúbicos de hidrogénio, o maior dirigível da história até
1937, saiu de Frankfurt a 3 de Maio de 1937 e cruzou o Atlântico a 110
km/h.
Na noite de 6 de Maio de 1937, quando se preparava para descer
na base naval de Lakehurst, em Nova Jersey, com 97 ocupantes a bordo,
sendo 36 passageiros e 61 tripulantes, vindos da Alemanha, o Hindenburg
incendiou-se. O saldo foi de 13 passageiros e 22 tripulantes mortos e um
técnico em solo, no total de 36 pessoas. Durante muitos anos, achou-se
que o gás de hidrogénio que sustentava o Hindenburg teria sido a causa
do seu incêndio. O governo alemão também sugeriu, à época, que uma
sabotagem seria a responsável pelo desastre.
A comissão americana, que investigou o acidente em conjunto com a companhia Zeppelin, atribuiu falha humana ao acidente.
No entanto, uma investigação recente encontrou outra possível causa. Ao
analisar pedaços do material utilizado na cobertura do dirigível,
constatou-se que era de um material extremamente inflamável e que o fogo
teria sido causado por uma faísca provocada pela electricidade estática
acumulada na aeronave.
Fontes:
zepelim. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário