terça-feira, 8 de maio de 2018

O Crime da Mala O terrível crime que chocou a sociedade brasileira durante o anos 20 e que fomentou as primeiras leis de proteção à mulher.

Giuseppe Pistone e Maria Fea(sua esposa) eram dois imigrantes de origem Italiana, o casal residia em São Paulo e tentava a vida na cidade, que até os anos 30, ainda não era a grande metrópole que conhecemos hoje.
Trabalhando na casa de salames e vinhos de seu primo Franceso Pistone, em São Paulo, Giuseppe recebe deste uma proposta de sociedade. Sem o capital necessário para concluir o negócio, escreve um telegrama à sua mãe Marcelina Baeri, na Itália, pedindo um valor equivalente a 150,000 contos de réis, parte de uma herança deixada por seu pai. Mesmo diante da recusa da mãe, aceita a proposta do primo, pretendendo mais tarde extorqui-lo, através de chantagens, inventando que o parente tinha uma amante. A esposa de Giuseppe, Maria Fea, descobre os planos do marido e resolve escrever à Sogra contando toda a verdade. Pistone descobre as intenções da esposa, eles brigam, e ele a sufoca com um travesseiro. Desesperado ao ver que havia matado a mulher, cortou os pés e o pescoço de Maria e colocou o corpo dentro de uma mala.
A partir de documentação falsa, enviou o corpo como bagagem em um navio, com destino a França.
No dia 7 de outubro de 1928 a mala é içada a bordo de um navio, então atracado no Porto de Santos. A mala, ao ser descarregada, sofre um pequeno impacto, que abre uma fresta na parte inferior e revela um forte mal cheiro. A bagagem é aberta, e o cadáver, em avançado estado de decomposição, descoberto. Junto a ele, além de algumas roupas da vítima (quinze pares de meia, duas almofadas, duas camisolas, duas saias comuns, uma saia com anágua, um chapéu) e a navalha utilizada no delito, estava um feto de uma menina, com aproximadamente seis meses de gestação.
O crime da mala mexeu com o imaginário popular em São Paulo, foi tema dos principais jornais brasileiros e alcançou fana mundial. Com a repercussão, o governo da época decretou ordens explicitas para que as delegacias dispendessem prioridade aos casos de violência doméstica e seus desdobramentos, práticas até então impensáveis.
Até hoje, quase 90 anos depois do crime, a história ainda arrepia a espinha de muita gente.

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