sábado, 14 de julho de 2018

Na imagem: Duas "tapadas limeña'', ou mulheres peruanas de origem hispânica que mantiveram o hábito islâmico de usar o véu mesmo após a conversão forçada de seus ancestrais ao catolicismo e proibição da "almalafa'' (véu mourisco). O hábito de se usar o véu mouro no Peru continuou sendo registrado até o século XIX.

Em 1560, os governantes espanhóis do Peru condenaram um certo Lope de la Pena, descrito como "mouro de Guadalajara", a prisão perpétua pelo crime de "ter praticado e difundido o Islã" em Cuzco e também foi obrigado a usar o sanbenito no pescoço por toda a sua prisão. Outras fontes dão seu nome como Álvaro Gonzalez.
Seu colega, o mulato "filho de um espanhol [Juan Solano] e uma mulher negra", Luis Solano, foi igualmente condenado por divulgar o Islã, mas foi executado pela ofensa. Com o aumento da perseguição nas dependências espanholas, os muçulmanos de origem Ibérica deixaram de se identificar por sua religião nas Américas e se tornaram cristãos nominais; eventualmente o islamismo desapareceu completamente do continente sul-americano devido a perseguição por parte da inquisição espanhola e autoridades seculares.
Fonte:
-Lea, Henry Charles. "Inquisition of the Spanish Dependencies", pagina 321
-Bowser, Frederick P. "The African Slave in Colonial Peru", pagina 251
-The African Slave in Colonial Peru 1524-1650 (Stanford: Stanford University Press, 1974), pagina 251.

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