Em 21 de janeiro de 1793, o outrora rei da França, Luís XVI, da casa
dos Bourbon, era executado na Praça da Concórdia sob a acusação de alta
traição e crimes contra o Estado pelo tribunal revolucionário. Sua
esposa, Maria Antonieta, o seguiria ao patíbulo oito meses depois. O
anterior duque de Orléans, primo do rei [pai do posterior rei Luís
Filipe, e guilhotinado também] votou a favor da execução.
Quando Luís subiu ao cadafalso, apareceu digno e renunciou a
seus títulos. Proferiu um curto discurso em que reafirmou-se inocente
dos crimes de que era acusado, rezando para que seu sangue jamais
recaísse sobre a França. Muitos relatos sugerem seu desejo em falar
mais, mas o discurso foi parado, com o rufar dos tambores. Seu filho
preso, o delfim Luís, imediatamente foi declarado "rei Luís XVII" por
monarquistas, mas ele faleceu em 1794, em uma prisão. Assim, o conde da
Provença, irmão do rei, tornou-se, no exílio, herdeiro do trono, e o
assumiria em 1815, após a queda de Napoleão.
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