Em 31 de maio de 1279 A.C. RAMSÉS II se torna faraó do Egito antigo. Seu
reinado foi um dos mais longos da História egípcia e respeitado nos
aspectos cultural, econômico, militar e administrativo.
quarta-feira, 31 de maio de 2017
Capoeira: A arte renegada.
Ela já foi parte do repertório de gangues, bandidos e rebeldes. Acabou
gerando pânico entre os brancos, reprimida só por existir. A capoeira já
foi caso de polícia, mas acabou por se tornar um dos símbolos do
Brasil.
terça-feira, 30 de maio de 2017
Joana D'arc
Em
30 de maio de 1431 aos 19 anos, JOANA D’ARC é queimada viva na Praça do
Mercado Velho, em Rouen, na França, sob a acusação de heresia e
feitiçaria. Em 1920 ela foi canonizada pela Igreja Católica.
segunda-feira, 29 de maio de 2017
29 de maio dia do geógrafo.
Geógrafo
é o profissional que estuda a sociedade humana em sua relação com o
espaço natural e 29 de maio é o Dia do Geógrafo. No Brasil, a profissão
foi regulamentada por lei nos anos 1970.
A palavra Geografia é resultante da junção dos radicais gregos "geo" e "graphos", significando, respectivamente, “Terra” e “escrever”. Geografia é, portanto, o estudo científico da superfície da Terra, com o objetivo de descrever e analisar a variação espacial de fenômenos físicos, biológicos e humanos.
O geógrafo brasileiro Milton Santos (foto) afirmou: "O papel da Geografia é explicar as relações que se estabelecem, ao longo da História, entre a Humanidade e o Planeta e a constituição das paisagens e espaços resultantes".
A palavra Geografia é resultante da junção dos radicais gregos "geo" e "graphos", significando, respectivamente, “Terra” e “escrever”. Geografia é, portanto, o estudo científico da superfície da Terra, com o objetivo de descrever e analisar a variação espacial de fenômenos físicos, biológicos e humanos.
O geógrafo brasileiro Milton Santos (foto) afirmou: "O papel da Geografia é explicar as relações que se estabelecem, ao longo da História, entre a Humanidade e o Planeta e a constituição das paisagens e espaços resultantes".
Os turcos otomanos tomam Constantinipla.
Em 29 de maio de 1453 os turcos otomanos tomam Constantinopla, capital
do Império Bizantino. A queda de CONSTANTINOPLA é o marco tradicional
entre a Idade Média e a Idade Moderna.
domingo, 28 de maio de 2017
1871: A primeira revolução comunista
Os livros
didáticos costumam dedicar pouco espaço à Comuna de Paris. Talvez porque esse
seja apenas mais um dos tantos episódios revolucionários da história da França.
Ou porque tenha sido um movimento popular, que não deixou uns poucos heróis, e
sim muitos pequenos grandes homens. Mas os ideais socialistas pregados pelo
povo parisiense em 1871 influenciaram revoltas ao redor do mundo – incluindo a
Revolução Russa de 1917. De Londres, o próprio Karl Marx, alemão que se tornou
o principal teórico do comunismo, acompanhou a Comuna, exaltando os feitos dos
operários, soldados, artistas, prostitutas e malandros. Eram pessoas simples,
cansadas da profunda desigualdade social e saudosas dos velhos ideais de
“liberdade, igualdade, fraternidade”.
A Paris da segunda
metade do século 19, já era conhecida como a
“cidade-luz”. Havia passado por uma renovação urbanística que dera origem a
grandes avenidas (chamadas de bulevares), bosques suntuosos e luxuosos
palácios. Mas, para as camadas populares, a situação era bem diferente. A
miséria das periferias contrastava com a riqueza da elite. Enquanto os pobres
moravam em cortiços, os parisienses mais abastados viviam em Versalhes,
subúrbio que no século anterior havia abrigado a realeza derrubada pela
Revolução Francesa.
Versalhes não era
apenas um refúgio contra a miséria. Servia também para os ricos se protegerem
contra uma eventual invasão inimiga, já que a França estava no meio de um
confronto. Em 1870, o imperador Napoleão III havia declarado guerra contra a
Prússia, nação que liderava a tumultuada unificação política da Alemanha. O
soberano francês esperava se aproveitar da confusão para abocanhar alguns
territórios germânicos.
Mas o tiro de
Napoleão III saiu pela culatra. Após ser derrotado numa importante batalha, ele
foi preso e destituído pelos franceses. Os mesmos políticos e militares que
antes apoiavam o imperador acabaram com a monarquia e criaram uma república.
Comandado pelo general Louis-Adolph Thiers, eleito presidente do Conselho de
Estado, o novo governo logo rendeu-se ao exército germânico de Otto von
Bismarck. Era fevereiro de 1871. A França estava desarmada e vulnerável: a
única força oficial ainda em operação era a Guarda Nacional, frágil demais para
conter o exército prussiano.
Mas na capital
francesa o clima não era de medo. Entre a população, predominava a revolta
contra a submissão dos políticos, outrora nacionalistas, às forças inimigas.
Quando os prussianos chegaram às portas de Paris, o povo tomou conta dos
canhões e, heroicamente, conseguiu ajudar a Guarda Nacional a repelir a
invasão. Em março, em vez de serem recompensados pela bravura, os parisienses
foram surpreendidos por um aumento de impostos e aluguéis.
A França contra
Paris
Além de ser
espremida financeiramente, a população foi destituída de suas armas. A pretexto
de restaurar a ordem, o governo retomou a posse sobre os canhões das regiões
parisienses de Montmartre, Chaumont e Belleville. Em 18 de março, uma
manifestação de protesto saiu às ruas. A ordem dada à Guarda Nacional foi
sufocar o movimento com violência. Mas os soldados se recusaram a cumpri-la.
Percebendo que eram tão humildes quanto os manifestantes, eles se uniram aos
revoltosos.
Os generais
Lecomte e Clément Thomas, comandantes da Guarda Nacional, foram aprisionados e
fuzilados por seus ex-subordinados. Percebendo a extensão do levante, os
defensores do governo fugiram para o isolamento de Versalhes. Os batalhões da
Guarda Nacional, então, se posicionaram em pontos estratégicos nos limites de
Paris, enquanto barricadas eram erguidas nas ruas. Dessa vez, não era apenas
para defender a cidade de ataques estrangeiros, mas para dar segurança a um
novo governo. O poder agora era do povo. Nascia a Comuna de Paris.
Enquanto durou, a comunidade criada pelos
parisienses promoveu mudanças radicais, em nome do
comunismo e anarquismo, que então ainda andavam de mãos juntas. A separação entre
Igreja e Estado foi instituída e os religiosos, encarcerados – alguns deles,
fuzilados. A cobrança de aluguéis foi abolida. Os palácios dos considerados traidores
da pátria, exilados em Versalhes, foram saqueados. Monumentos que simbolizavam
o poder de Napoleão Bonaparte e Napoleão III foram destruídos, como a coluna
imperial da praça Vendôme.
Enquanto isso, o
governo francês estabelecido em Versalhes pensava em como sufocar a Comuna.
Segundo o armistício assinado com os alemães, a França não podia reunir mais de
40 mil soldados de uma vez. Mas Thiers conseguiu fechar um acordo com Bismarck,
que permitiu a mobilização de 170 mil soldados franceses para a retomada de
Paris – boa parte deles eram prisioneiros de guerra que a Alemanha aceitou
libertar.
Em 21 de maio, as
tropas francesas invadiram Paris, dando início à Semana Sangrenta, em
que
nenhum dos lados fazia prisioneiros – inimigos eram assassinados a
sangue frio.
Ao final, os homens de Thiers saíram vitoriosos. A Comuna de Paris seria
liquidada em 28 de maio, tendo durado 72 dias e deixando um saldo de 35
mil presos, cerca de 20 mil mortos e uma
capital arrasada. No fim da revolta, para rechaçar o exército francês
que se
aproximava, os próprios revolucionários acabaram ateando fogo em
diversos
edifícios, como o Hotel de Ville, onde os membros da Comuna tinham se
reunido
em assembléia.
Karl Marx, um dos inspiradores ideológicos da
coluna, também sairia inspirado por ela. Diria que foi o primeiro
exemplo da "ditadura do proletariado". Mas achou que não foi dura o
suficiente. Ele acreditava que a Coluna poderia vencer se a ação dos
revolucionários tivesse sido mais fulminante contra os opositores,
estabelecido imediatamente o recrutamento em massa e centralizado as
decisões num comitê revolucionário. Enfim, criado um Estado como Lênin
criaria 46 anos depois. Não por acaso, levando muito a sério as lições
de Paris e a análise de Marx. O caos e indecisão da liderança de 1871
inspiraria seu estilo autoritário e fulminante, que se mostraria
vencedor.
Os anarquistas eram contra a ideia desse Estado
provisório dos comunistas. Queriam o fim do Estado aqui e agora, não
após a criação do novo homem comunista pela ditadura do proletariado.
Por isso, no ano seguinte, a Primeira Internacional, organização mundial
de comunistas e anarquistas, racharia entre os dois.
Cidade
sitiadaAcompanhe
momentos cruciais dos 72 dias da Comuna
➽ 17 de
março: A revolta começa
quando o general Lecomte exige que a Guarda Nacional tome do povo os canhões
usados contra os invasores alemães.
➽ 18 de março: As tropas da
Guarda Nacional se aliam à população armada. Os rebeldes fuzilam Lecomte e o
general Clement Thomas.
➽ 19 de março: Louis-Adolph
Thiers, líder do governo francês, se refugia em Versalhes, nos arredores de
Paris, de onde articulará a retomada da cidade.
➽ 26 de março: O novo regime é
oficializado na capital, com eleições para a Comuna feitas no Hôtel de Ville.
Cada distrito da cidade tem um representante.
➽ 7 de abril: A Comuna elege seu
símbolo: substitui o tradicional pavilhão tricolor francês por uma bandeira
vermelha.
➽ 17 de abril: As fábricas e
oficinas abandonadas são expropriadas por decreto e seu controle é deixado nas
mãos de sociedades de operários.
➽ 10 de maio: A Comuna decreta o
sequestro dos bens de Thiers e a destruição de sua casa.
➽ 16 de maio: Na praça Vendôme,
é derrubada a coluna imperial, inaugurada em 1810 para homenagear o exército
napoleônico.
➽ 26 de maio: As forças
contrárias à Comuna invadem Paris. Dois dias depois, tomam a região estratégica
de Montmartre, no norte da cidade.
➽ 28 de maio: Após massacres, a Comuna é
derrotada. Paris fica destruída.
A misteriosa infância de Zumbi.
Em um final de tarde de 3 de dezembro de 1655, o padre português
Antônio Melo trancou sua igreja na cidade de Porto Calvo, à época na
Capitania de Pernambuco, hoje pertencente ao estado de Alagoas, e começa
a atravessar a rua de terra batida que o separava da praça principal da
pequena cidade. Mas, antes de chegar ao outro lado, parou, surpreendido
pelo ruído de cavalos.
Homens mal-encarados e armados de
flechas, espadas e pistolas apearam de seus cavalos. Junto com eles, uns
poucos negros acorrentados, com feridas abertas por todo o corpo.
Cabisbaixos, olhavam para o chão com olhos vazios. Já seus algozes
tinham a arrogância típica dos capitães do mato, os violentos caçadores
de escravos fugitivos. O padre Melo ficou ainda mais nervoso quando viu o
capitão Brás da Rocha Cardoso, herói da guerra contra os holandeses,
encerrada um ano antes, que caminhava em sua direção segurando um
embrulho de panos impregnado de todos os marrons da estrada. Sem beijar a
mão ou pedir bênçãos, o capitão disse, seco: “Essa cria é sua, padre.
Pegamos nos Palmares dos pretos e não temos serventia para ele. Faz dele
o que o senhor achar melhor”.
O “Palmares dos Pretos”, sobre o
qual Cardoso se referiu, era o Quilombo dos Palmares, local que ao
longo de 130 anos (1580-1710) foi abrigo para escravos fugidos dos
engenhos de cana nordestinos. O padre desembrulhou os panos empoeirados e
se compadeceu na mesma hora da criança, nascida havia poucos dias.
Tão
logo os capitães do mato e seus presos partiram, padre Antônio Melo
sentou-se ao pé da igreja, olhou a criança e decidiu: “Vai chamar-se
Francisco, é o santo do dia”.
O tempo passou e Francisco, já
adolescente, lia, escrevia, falava latim e português, interessava-se
pelas estratégias do jogo do xadrez, ajudava nas missas como coroinha
e,
nas palavras do próprio padre, demonstrava “engenho jamais imaginável
na raça negra e que bem poucas vezes conheci em brancos”. Era um garoto
brilhante, porém recluso. Vivia imerso nas letras e não tinha amigos,
além do padre.
Numa manhã de domingo de 1670, Antônio Melo
resolveu ir até o quartinho do garoto. Preocupara-se porque seu pupilo,
sempre pontual e dedicado, não apareceu para ajudar no serviço matinal.
Surpreso, constatou que Francisco havia partido com suas poucas posses. A
única coisa que deixou para trás foi um bilhete, escrito a carvão:
“Padre, agradeço por cada lição que o senhor me passou, mas meu sangue
clama: tenho de unir-me a meus malungos de Palmares. Francisco”. Pouco
depois, Zumbi se tornaria o líder absoluto do quilombo e seria o
comandante na sua derradeira batalha contra a Coroa Portuguesa.
“HISTÓRIA BONITINHA”
“É bonitinha essa história, né?”, ironiza o sociólogo e historiador Jean Marcel Carvalho França, coautor de Três Vezes Zumbi.
Escrito em parceria com o também historiador Ricardo Alexandre
Ferreira, o livro destrincha a construção da imagem de Zumbi ao longo de
três séculos. A ironia com que França trata a versão do coroinha
guerrilheiro é dirigida ao pesquisador gaúcho Décio Freitas, autor do
livro Palmares, a Guerra dos Escravos, no qual ele conta a pretensa
infância de Francisco-Zumbi.
“Freitas transgride uma regra do
meio historiográfico: se você apresenta uma notícia muito nova, tem de
trazer uma documentação coetânea, um indício que comprove as suas
acepções. Sobretudo, se elas são polêmicas, se elas escapam ao que você
tem de expectativa, de senso comum”, afirma França.
É
aí que mora o problema: Décio Freitas morreu em 2004, sem nunca
apresentar alguma prova dessa versão. Em seu livro, ele afirma que teve
acesso a extensa correspondência entre o religioso de Porto Calvo e
outro padre português, a quem ele contava a criação do garoto
quilombola. “Nesse caso específico, Décio Freitas teria que ter trazido
as tais cartas”, critica França.
A versão do Zumbi coroinha
teve adeptos, como o historiador Clóvis Moura, falecido um ano antes que
Freitas, que em seu Dicionário da Escravidão Negra no Brasil, publicado
pela Edusp, a editora da Universidade de São Paulo, publica a versão da
infância do menino Francisco na companhia do padre Antônio Melo, no
verbete que dedica a Zumbi. Também Jorge Landmann, que em 1998 escreveu o
romance histórico Troia Negra – A Saga dos Palmares, defende que as
cartas do Padre Melo existem e estão guardadas na Torre do Tombo, em
Lisboa, Portugal.
O historiador Carvalho França tem uma
explicação para o fato de essa versão de um Zumbi com educação formal e
inteligência acima da média ter conquistado adeptos, mesmo sem
apresentar evidências documentais consistentes. Segundo ele, na primeira
metade dos anos 1970, época da publicação de Palmares, a Guerra dos
Escravos, existia uma demanda por um herói romântico negro. E o
protagonista de Décio Freitas é exatamente isso. “Primeiro, ele é
naturalmente inteligente, esse é o traço romântico. É a primeira
característica do herói. A segunda característica é a ideia de que o
conhecimento ilumina. Ele vem, busca o conhecimento do branco e volta
mais esclarecido. Ele leva a chama da liberdade.” Em posse dessa luz
intelectual e moral, Zumbi comanda uma guerra dentro do quilombo contra o
próprio tio, Ganga
Zumba, depois que este assina um acordo de paz com os portugueses.
O
restante da história de Zumbi é mais consensual entre os historiadores.
Ele permaneceria na liderança do quilombo e resistiria a várias
investidas das expedições lançadas contra a comunidade de negros
libertos, na Serra da Barriga. Em 1694, o quilombo foi invadido por
forças lideradas pelo bandeirante paulista Domingos Jorge Velho. O
quilombo foi desarticulado e seus moradores presos e tornados escravos.
Zumbi foi ferido e desapareceu. Quase dois anos depois, acabou capturado
e morto. Sua cabeça foi cortada, salgada e exposta em praça pública em
Recife. Um selvagem recado para os escravos que sonhassem em rebelar-se
contra seus senhores.
Para saber um pouco mais
O ZUMBI DE ALÉM-MAR
EM ANGOLA, OUTRO FRANCISCO FOI CRIADO POR UM PADRE
O
músico, ativista e professor Antônio José do Espírito Santo nunca
gostou da ideia de que o sucesso do maior ícone negro da historiografia
brasileira fosse atribuído a uma concessão do branco. Resolveu, então,
fazer sua própria pesquisa. Voltou sobre os passos de Zumbi, num caminho
inverso, de Palmares à África. Espírito Santo não encontrou nenhuma
confirmação para a tese de que Zumbi algum dia foi criado por um padre
português ou que se chamou Francisco. Concluiu que a história do menino
Francisco que volta para liderar os negros é bastante improvável.
Mas
não impossível. Na verdade, houve de fato um menino nobre criado por um
padre. Espírito Santo topou com essa história no que chama de “acaso
fruto da pesquisa”: “Encontrei um manuscrito de um padre capuchinho,
(Marcellino) d’Atri é o sobrenome dele. Essa figura descreve a história
de um padre angolano que teria pegado o filho do rei dom Antonio I (o
nome cristianizado de Vita-a-Nkanga), que perde a batalha e é
decapitado”. O bebê Nkanga-a-Makaya é então levado para
Luanda,
junto com o corpo do pai, e cresce sob a tutela dos capuchinhos que o
batizam, curiosamente, de Francisco. Aos 20 anos, de volta ao Congo, ele
afirmou que não almejava o trono porque era “português demais”.
sábado, 27 de maio de 2017
Na escola: responsabilizar é mais eficiente e educativo do que punir.
Você já se perguntou qual o principal motivo pelo qual as crianças vão à
escola? Não me refiro ao propósito dos pais de colocarem seus filhos na
escola, mas sim aquilo que faz com que as crianças e jovens tenham
interesse pela escola. Belinda Hopkins, especialista em abordagens
restaurativas em escolas do Reino Unido, ressalta que a razão principal
pela qual as crianças e jovens vão à escola é para se socializar e
encontrar com seus pares e sua rede de convívio. Basta conversarmos um
pouco com qualquer grupo de alunos para confirmarmos essa afirmação. Não
descartamos aqui o interesse pelo conteúdo pedagógico de muitos, porém,
em escala de interesses, os relacionamentos parecem assumir maior
importância.
Se pensarmos sob o ponto de vista da educação, a valorização do aprender
a conviver é igualmente importante, constituindo um dos quatro pilares
da educação para o século XXI segundo o Relatório Delors,
um dos mais importantes estudos promovidos pela Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre a educação
do nosso século.
Se educadores e alunos reconhecem a fundamental importância da
convivência, vale refletir sobre “o que” e “como” as escolas têm
investido no desenvolvimento de ações promotoras do bom convívio.
Aparentemente, notamos que boa parte delas possui a crença de que os
relacionamentos saudáveis e respeitosos deveriam acontecer naturalmente,
sem que fosse necessário construí-los e cuidar para a garantia da
sustentabilidade dos mesmos.
É melhor prevenir
Pensando em ações promotoras de bom convívio, as práticas restaurativas
visam a construção de relacionamentos saudáveis, a manutenção dos
mesmos, bem como a reparação de relações danificadas. No entanto, nem
sempre foi assim, inicialmente tanto no Brasil como em outros países ao
redor do mundo, quando as práticas restaurativas começaram a ser
implementadas em algumas escolas, elas tinham um caráter reativo, ou
seja, eram aplicadas depois que conflitos ou situações de violência
haviam acontecido. Foi somente com o passar dos anos que os integrantes
da comunidade dessas escolas onde as práticas restaurativas haviam sido
implementadas perceberam a grande importância de se trabalhar de forma
proativa, ou seja, através de ações que promovam o senso de comunidade, a
colaboração e o respeito nas relações, minimizando a ocorrência de
conflitos e prevenindo a violência.
Essa característica reativa das práticas restaurativas, tem uma
explicação histórica. Elas derivam da justiça restaurativa definida em
2002 pelo Conselho Econômico e Social da ONU como qualquer processo no
qual a vítima e o ofensor, e quando apropriado, quaisquer outros
indivíduos envolvidos ou membros da comunidade afetada pela ofensa,
participam em conjunto e ativamente na resolução dos problemas nascidos
da ofensa, geralmente com ajuda de um facilitador. Os procedimentos
restaurativos podem incluir mediação, conferências e círculos”. Como se
pode notar nessa definição, a justiça restaurativa se dá nos casos onde
já ocorreu uma situação conflito e violência. O International Institute
of Restorative Practices nos ajuda a adotar um olhar mais amplo ao
afirmar que as práticas restaurativas devem incluir procedimentos
reativos e proativos.
No Brasil, as práticas de justiça restaurativas chegaram ao contexto
escolar pela primeira vez em 2005, pelo Projeto Piloto Justiça,
Educação, Comunidade: parcerias para a cidadania, implementado em São
Caetano do Sul, em São Paulo. De lá para cá, inúmeros Municípios no
Estado de São Paulo e outros Estados seguiram de forma crescente o
processo de implementação das práticas de justiça restaurativa em
escolas públicas.
Hoje, os integrantes das escolas que adotaram as práticas restaurativas
em seu cotidiano referem que o convívio é mais harmonioso e pacífico,
pautado no diálogo, respeito e colaboração. E quando os conflitos
acontecem, surgem os também os recursos dialógicos para lidar com tais
situações. É o que ilustra o depoimento de uma diretora: "A fala comum
dos alunos é 'agora sou ouvido'. Estamos realizando círculos nas
escolas. Notamos que a participação dos pais na escola que era de 30 a
40% passou para 80% e acreditamos que é decorrência da receptividade da
escola para com os mesmos. Acreditamos que as mudanças que ocorreram
foram: "ouvimos mais e não somos detentores da verdade". Os círculos
devolvem aos alunos a responsabilidade para resolver os problemas, pois
acreditamos que se eles têm capacidade para criá-los também terão
capacidade para resolvê-los. Hoje, ao chamar um pai para conversar não é
mais a escola que conta o que aconteceu, primeiro os pais contam o que
ouviram e quem conta aos pais o que aconteceu são os próprios filhos”1
Nas escolas, onde existe uma multiplicidade de relacionamentos
e boa parte deles são continuados no tempo, ou seja, em locais que
pessoas convivem cotidianamente, as ações proativas são imprescindíveis
tanto para a construção de uma comunidade harmoniosa e colaborativa,
como para o aprendizado e exercício de relacionamentos pautados no
diálogo, ferramentas que também beneficiarão as ações reativas de
resolução de situações conflitivas. Se o convívio está pautado no
diálogo, no respeito e na colaboração, nos momentos de conflito, essa
será a forma privilegiada para lidar com os mesmos.
Punir ou responsabilizar?
Em nossa cultura, a forma mais tradicional de lidarmos com as
transgressões, desentendimentos, conflitos e microviolências é através
da punição, pois há a crença de que a punição tem um caráter educativo,
ou seja, que ao receber uma punição a pessoa aprenderá o que fez de
“errado” e não agirá mais de forma inadequada. Acontece, porém, que a
punição não necessariamente leva os indivíduos a refletirem sobre o que
está na raiz de seus atos. Também não promove a reflexão sobre os danos
que causou às outras pessoas e tão pouco atende as necessidades
desatendidas daqueles envolvidos no conflito.
Sob uma ótica restaurativa o foco sempre está voltado para a responsabilização pelo ocorrido
e reparação de danos decorrentes de uma ação ofensiva. Segundo Kay
Pranis, especialista em justiça restaurativa, a responsabilização ocorre
quando a pessoa reconhece a autoria do ato, reconhece que esse ato foi
resultado de uma opção, entende o impacto desse ato ao outro (vítima,
família, comunidade) e compromete-se com as reparações necessárias.
Somente ao se reconhecer como autor do ato é possível comprometer-se com
a reparação. E somente com a realização de ações reparadoras é possível
reconquistar a confiança da comunidade e assim reintegrar-se nela,
prevenindo, assim, futuras reincidências.
A responsabilização também pode ser entendida sob um viés preventivo,
qual seja, todos somos responsáveis pela construção e sustentabilidade
de uma comunidade escolar cooperativa que cuida de seu bem-estar tanto
individual como coletivo. Em outras palavras, as práticas restaurativas
buscam desenvolver uma escola autônoma, capaz de construir suas próprias
soluções através de recursos próprios. Para o educador Paulo Freire, “a
pessoa, grupo ou Instituição empoderada é aquela que realiza, por si
mesma, as mudanças e ações que levam a evoluir e se fortalecer”.
A mudança de uma cultura punitiva para uma cultura restaurativa implica
em exercitar a responsabilização individual e coletiva. Ele deve ampliar
a autonomia dos integrantes da comunidade escolar na busca do
atendimento constante das suas necessidades.
Uma escola restaurativa cuida ativamente dos relacionamentos. Em razão
disso, tende a ser mais segura, oferecer melhores condições de
aprendizagem e utilizar o diálogo respeitoso como forma de construção,
manutenção e reparação do convívio e do bem-estar comum.
sexta-feira, 26 de maio de 2017
Se você hoje sabe o nome de Tutancâmon, agradeça aos coptas
Os hieróglifos egípcios foram decifrados com a Pedra de Rosetta, essa
parte todos sabem. Menos lembrado é que isso só foi possível porque a
língua egípcia não morreu. Os coptas são último remanescente linguístico
dos faraós. Sua língua litúrgica foi o que permitiu conhecer seus
nomes.
O soldado que desafiou o demônio, em 1944, na Polônia.
O soldado atrás da cerca é Joseph Horace "Jim" Greasley, inglês que
fugiu do campo de concentração mais de 200 vezes (retornando sempre
depois por não ter onde se esconder). Do outro lado da cerca (de frente e
em primeiro plano) Heinrich Himmler, um dos idealizadores do holocausto
judeu e considerado por muitos como a encarnação do Demônio.
Na foto, Jim Greasley está confrontando Heinrich Himmler, enquanto o SS-Reichsführer inspecionava o campo. Greasley disse que havia tirado a camisa para mostrar a Himmler o quão magro estava e pedir por mais rações. Ele foi libertado em 24 de maio de 1945, após 5 anos na prisão.
Na foto, Jim Greasley está confrontando Heinrich Himmler, enquanto o SS-Reichsführer inspecionava o campo. Greasley disse que havia tirado a camisa para mostrar a Himmler o quão magro estava e pedir por mais rações. Ele foi libertado em 24 de maio de 1945, após 5 anos na prisão.
Himmler se suicidou em 1945 e Horace faleceu em 2010 aos 91 anos de idade de causas naturais.
Afrika Korps: Sangue, óleo e areia.
75 anos atrás, em 26 de maio de 1942, começava a
Batalha de Gazala, um massivo embate de tanques no deserto. Uma acachapante vitória do Eixo. Por trás dela estava o gênio de Erwin Rommel, que morreria acusado de tentar matar Hitler.
Batalha de Gazala, um massivo embate de tanques no deserto. Uma acachapante vitória do Eixo. Por trás dela estava o gênio de Erwin Rommel, que morreria acusado de tentar matar Hitler.
quinta-feira, 25 de maio de 2017
Arma de Roma antiga era tão letal quanto uma Magnum 44
Estudando um campo de batalha na Escócia, arqueólogos encontraram
centenas de projéteis de funda - a arma pré-histórica com que Davi matou
Golias na Bíblia. Ficou demonstrado o quanto a aparentemente humilde
arma era na verdade devastadora.
Martinho Lutero: Um novo cristianismo
Em 25 de maio de 1521 Martinho Lutero foi excomungado pela Dieta de
Worms por seus protestos contra a Igreja Católica. Entenda aqui a
trajetória desse monge que mudaria a face do mundo ocidental.
Kepler, um dos criadores da astronomia.
Kepler, um dos criadores da astronomia, fazia horóscopos nas horas
vagas. Newton, fundador da física moderna, escreveu tratados de
alquimia.
A ciência não foi o resultado de uma sacada genial, mas uma obra coletiva, confusa, incerta e demorada, e muitas vezes andou lado a lado com a magia e o misticismo
A ciência não foi o resultado de uma sacada genial, mas uma obra coletiva, confusa, incerta e demorada, e muitas vezes andou lado a lado com a magia e o misticismo
Colônia do Sacramento.
Colônia do Sacramento, fundada no século 17 nos confins do Uruguai,
foi alvo de intensa disputa entre espanhóis e portugueses, tendo sido
destruída e reerguida por diversas vezes.
Conheça a história da cidade, que é única de colonização portuguesa nas Américas não pertencente ao Brasil: http://abr.ai/1kyWDML
quarta-feira, 24 de maio de 2017
Samuel Morse.
Em 24 de maio de 1844 de Washington, SAMUEL MORSE envia a mensagem “What
hath God wrought!” (“Eis o que Deus realizou!”), recebida em Baltimore.
Foi o primeiro telégrafo em Código Morse.
Dia Nacional do Cigano - 24 de Maio.
Estima-se
que haja mais de 500* mil ciganos no Brasil. Esse povo de espírito
viajante e jeito alegre vive às margens da sociedade por causa do
preconceito em torno de seus costumes.
terça-feira, 23 de maio de 2017
Crianças trabalhando em uma fábrica em Macon, na Georgia, em 1909.
Além das jornadas de 16 horas, da ausência de qualquer regulação ou
proteção legislativa e dos abusos, eram comuns os acidentes de trabalho
que mutilavam para sempre os meninos trabalhadores da época.
Assassinato no Senado do Brasil, em 1963.
No dia 4 de dezembro de 1963, movido por uma rixa política, o senador Arnon de Mello, pai do ex-presidente Fernando Collor de Mello, desferiu tiros contra o senador Silvestre Péricles de Goés Monteiro em pleno Senado.
Tudo começou quando Péricles ameaçou matar Arnon. Ambos passaram,
então, a andar armados até que o senador Arnon marcou um discurso para
desafiar seu rival. Enquanto Péricles conversava com o senador Arthur
Virgílio Filho, Arnon de Mello xingou o rival de "crápula", partindo
para cima.
Antes que Péricles se aproximasse, como em uma cena de filmes sobre o Velho Oeste, Arnon sacou a arma e desferiu dois tiros, porém, mesmo com seus 67 anos, Péricles conseguiu se jogar no chão e se proteger. As balas atingiram José Kairala, senador pelo PSD-AC na época, que morreu horas depois no Hospital Distrital de Brasília.
Apesar do ocorrido, ambos foram absolvidos das denúncias.
Antes que Péricles se aproximasse, como em uma cena de filmes sobre o Velho Oeste, Arnon sacou a arma e desferiu dois tiros, porém, mesmo com seus 67 anos, Péricles conseguiu se jogar no chão e se proteger. As balas atingiram José Kairala, senador pelo PSD-AC na época, que morreu horas depois no Hospital Distrital de Brasília.
Apesar do ocorrido, ambos foram absolvidos das denúncias.
1932: São Paulo contra o Brasil
m 23 de Maio de 1932, quatro estudantes morreram em confronto com
partidários do governo provisório de Getúlio Vargas. Suas iniciais,
MMDC, batizariam um movimento clandestino que levaria o estado a uma
guerra civil em 9 de julho. Não era separatismo: pelo contrário, os
paulistas acreditavam que poderiam obter o apoio de outros estados.
domingo, 21 de maio de 2017
José Gervasio Artigas
Herói nacional do Uruguai, José Gervasio Artigas criou uma nação no meio
de guerras intermináveis no início do século 19, e plantou a semente do
país mais liberal da América Latina.
21 de maio é o Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento
"A diversidade cultural é o nosso patrimônio comum e a maior oportunidade diante da humanidade. Ela é uma promessa de renovação e dinamismo, uma força motriz de inovação e desenvolvimento. É também um convite ao diálogo, à descoberta e à cooperação. Em um mundo tão diverso, a destruição de culturas é um crime, e a uniformidade é um impasse: nosso objetivo é valorizar, em um único movimento, a diversidade que nos enriquece e os direitos humanos que nos unem." Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO http://bit.ly/1LbZrZx — com Kátia Fernanda Garcez Monteiro.
sábado, 20 de maio de 2017
sexta-feira, 19 de maio de 2017
quinta-feira, 18 de maio de 2017
Os muçulmanos cercam a cidade de São João D'acre.
Em
18 de maio de 1291 os muçulmanos cercam a cidade de SÃO JOÃO D’ACRE, o
último reduto cristão na Terra Santa. O prestígio da Ordem dos
Templários, que protegia os peregrinos, sai abalado.
Napoleão Bonaparte.
No dia 18 de maio de 1804, Napoleão Bonaparte é nomeado Imperador da França, adotando o nome de Napoleão I.
quarta-feira, 17 de maio de 2017
A sobrevivência do veado-catingueiro na caatinga do Nordeste.
Muito se tem reclamado das secas no Sertão do Nordeste, principalmente pela mortandade dos animais domésticos,
principalmente de bovinos, ovinos e caprinos. Por outro lado, temos uma
fauna rica em espécies que sobrevivem a essas calamidades quase que sem
sofrer quaisquer danos. Uma dessas espécies é o veado-catingueiro
(Mazama gouazoubira). Sua maior ameaça é a caça indiscriminada. O
veado-catingueiro é uma espécie de pequeno porte de ocorrência em todo o
território nacional, contudo em algumas regiões do Brasil,
principalmente no Nordeste, essa espécie vem a cada dia sendo pouco
observada. Essa espécie ocorre em diferentes tipos de vegetação, como
florestas, savanas, matas e áreas de cerrado e caatinga.
Nas caatingas do Nordeste o veado-catingueiro prefere as áreas de
formação de pastagens, onde se alimenta de brotos, gramíneas e
leguminosas da caatinga, principalmente dos frutos, além do consumo das
cactáceas no período de seca.
O veado-catingueiro alimenta-se, basicamente de mandacaru, xiquexique e outros pequenos cactos da caatinga como o rabo de raposa, o caroá, etc. Não há registro de que as secas tenham afetado esses animais, visto que, eles só consomem água se encontra disponível, caso contrário, obtém a água que precisa das plantas da caatinga.
Enquanto nossos criadores de caprinos e ovinos do Sertão vêm a cada dia alterando a genética de seus rebanhos com raças importadas, pouco adaptadas a nossas condições, o veado-catingueiro continua firme e forte na convivência com a seca.
Infelizmente não temos estudos onde as características de rusticidade desses animais possam ser repassadas para os nossos rebanhos capacitando-os as adversidades climáticas da região. Nada ou quase nada mudou da colonização até agora, isto é, os colonizadores pouco tiveram interesse pela fauna do Sertão, mais priorizaram a introdução de espécies exóticas, como o caprino.
Hoje, o que temos é a continuidade dessa politica com a introdução constante de novas raças de caprinos e ovinos para os Sertões do Nordeste. Assim, uma pergunta fica sem resposta, se o veado consegue sobreviver às secas sucessivas do Nordeste, porque nossos criadores tem que esperar a mão protetora do Estado para salvar seus rebanhos no período de seca?
Texto e Foto: Nilton de Brito Cavalcante
O veado-catingueiro alimenta-se, basicamente de mandacaru, xiquexique e outros pequenos cactos da caatinga como o rabo de raposa, o caroá, etc. Não há registro de que as secas tenham afetado esses animais, visto que, eles só consomem água se encontra disponível, caso contrário, obtém a água que precisa das plantas da caatinga.
Enquanto nossos criadores de caprinos e ovinos do Sertão vêm a cada dia alterando a genética de seus rebanhos com raças importadas, pouco adaptadas a nossas condições, o veado-catingueiro continua firme e forte na convivência com a seca.
Infelizmente não temos estudos onde as características de rusticidade desses animais possam ser repassadas para os nossos rebanhos capacitando-os as adversidades climáticas da região. Nada ou quase nada mudou da colonização até agora, isto é, os colonizadores pouco tiveram interesse pela fauna do Sertão, mais priorizaram a introdução de espécies exóticas, como o caprino.
Hoje, o que temos é a continuidade dessa politica com a introdução constante de novas raças de caprinos e ovinos para os Sertões do Nordeste. Assim, uma pergunta fica sem resposta, se o veado consegue sobreviver às secas sucessivas do Nordeste, porque nossos criadores tem que esperar a mão protetora do Estado para salvar seus rebanhos no período de seca?
Texto e Foto: Nilton de Brito Cavalcante
terça-feira, 16 de maio de 2017
sábado, 13 de maio de 2017
Escravidão: Um mal brasileiro
Portugal não inventou a escravidão negra. Mas transformou-a numa imensa
indústria. Em nenhum outro país do Ocidente a escravidão seria tão
massiva, duradoura e universal quanto no Brasil, onde até os pobres (e
ex-escravos) tinham escravos. Entenda a maior chaga da história nacional
e suas sequelas.
sexta-feira, 12 de maio de 2017
Monika Ertl: A vingadora de Che
Em 12 de maio de 1973 morria num cerco policial a guerrilheira Monika
Ertl. Filha de nazistas e criada entre nazistas, deixou a família,
tornou-se comunista e perpetrou uma ousada ação de assassinato em
vingança pela morte de Che Guevara.
12 de maio é dia Mundial da Enfermagem.
12 de maio é Dia Mundial da Enfermagem, em homenagem ao dia de
nascimento de Florence Nightingale (na imagem), considerada a fundadora
da enfermagem moderna - criado por ato da Assembleia geral das Nações
Unidas.
quinta-feira, 11 de maio de 2017
Adolf Eichmann
No dia 11 de maio de 1960, Adolf Eichmann, um organizador do
Holocausto, é raptado na Argentina por uma equipe de agentes secretos
israelitas da Mossad, que o trouxeram para Israel, onde foi julgado, condenado (1961) e executado (1962).
Na imagem, Eichmann, de terno preto, sendo julgado em Israel.
O Protesto na Rampa, em 1984.
No final do governo Figueiredo, a Ditadura militar dava seus últimos
suspiros e faltava apenas um ano para que um sucessor fosse eleito.
Ainda que por uma eleição indireta, após 20 anos, o governo militar
seria substituído por um presidente civil.
Figueiredo proibiu o acesso de qualquer fotógrafo ou cinegrafista ao seu gabinete e as poucas chances de fotografa-lo praticamente se reduziram a nenhuma. A partir de então, os únicos momentos propícios para tanto seriam quando o presidente subisse ou descesse a rampa do palácio.
Figueiredo proibiu o acesso de qualquer fotógrafo ou cinegrafista ao seu gabinete e as poucas chances de fotografa-lo praticamente se reduziram a nenhuma. A partir de então, os únicos momentos propícios para tanto seriam quando o presidente subisse ou descesse a rampa do palácio.
Foi num desses episódios que os cinegrafistas-fotógrafos realizaram o
protesto, visando demonstrar ao ditador o quanto era importante a
documentação fotográfica no jornalismo. No dia fatídico, o militar
começara a descer a rampa, quando todos os fotógrafos presentes
colocaram suas câmeras no chão, não registrando o momento.
O acontecimento foi registrado apenas por J. França, encarregado de fazer a foto-protesto, distribuindo para todos os jornais, virando notícia mundial.
O acontecimento foi registrado apenas por J. França, encarregado de fazer a foto-protesto, distribuindo para todos os jornais, virando notícia mundial.
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