segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Há 75 anos, o Exército Vermelho libertou prisioneiros de Auschwitz.

"Quando entrei no barracão, vi esqueletos vivos deitados nas beliches de três andares. Como se o som viesse através da neblina, ouvi meus soldados dizendo 'vocês estão livres, camaradas!' . Sentindo que não nos entendiam, comecei a falar com eles em russo, polonês, alemão, dialetos ucranianos, enquanto desabotoava minha jaqueta e mostrava minhas medalhas... Então falei em iídiche. Sua reação foi inesperada, eles pensavam que eu os estava provocando e começaram a se esconder. Apenas quando eu disse 'não tenham medo, sou coronel do exército soviético e judeu, viemos para libertá-los', finalmente, como se um muro caísse, eles vieram em nossa direção se jogando aos nossos joelhos e beijando as dobras de nossos casacos. Seus braços se enrolavam em nossas pernas e não podíamos nos mover, paralisados ali e quando lágrimas escorriam por nossas bochechas."
Depoimento de Georgi Elisavetski, um dos primeiros soldados comunistas a entrar no campo de extermínio de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.
Passagem retirada do livro "Total War: from Stalingrad to Berlin", de Michael Jones (via José Sillos e Otto Leopoldo Winck).

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