O Padre José Joaquim Lucas, nascido na Década de 1870, filho de
escravos, aos 15 anos entrou na vida sacerdotal em seu bairro natal de
Inhaúma, Rio de Janeiro. Ficou famoso
entre o final do Século XIX e início do Século XX no Brasil por ter
construído por conta própria, um Melógrafo, uma máquina de escrever
música, até então algo inédito no País. Engenheiro amador, chegou a
construir um planador na década de 1920, mas foi persuadido pela
população carioca a não testar sua invenção. O Padre era visto como um
Herói pela imprensa negra da época, um homem negro de origem humilde,
filho de escravos, que se destacou na ciência mecânica sem nenhuma
formação acadêmica oficial. Se destacou também pelo trabalho de caridade
entre a população das favelas, que começaram a surgir na Capital do
Brasil na década de 1890, e por seus discursos inflamados a favor da
Restauração da Monarquia Brasileira, que gerou desconforto com as
autoridades da ainda Jovem República. Chegou a entrar na Lista dos
“Pretos que nos orgulham” da Imprensa Negra Paulista na década de 1930.
Faleceu em 1944 aos 73 anos de idade. Fonte: História das ruas do Rio. A
imprensa negra paulista, 1915-1963
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