quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

O genocídio dos hererós:

O genocídio dos hererós ocorreu no Sudoeste Africano, onde hoje se localiza a Namíbia, entre 1904 e 1907, durante a partilha de África. É considerado o primeiro genocídio do século XX.
Os hererós eram originalmente uma tribo de pastores de gado que viviam em uma região da África do Sudoeste Alemão, a Namíbia moderna. A área ocupada pelos Hererós era conhecida como Damaraland.

Durante a partilha da África, os britânicos deixaram claro que eles não estavam interessados no território, assim, em agosto de 1884, a região foi declarada um protetorado alemão.
Em 12 de janeiro de 1904, os hererós, sob a liderança de Samuel Maharero, organizaram uma revolta contra o domínio colonial alemão. Em agosto, o general alemão Lothar von Trotha derrotou os hererós na batalha de Waterberg e dirigiu-os para o deserto de Omaheke, onde a maioria deles morreu de sede. Em outubro, os namaquas também pegaram em armas contra os alemães e foram tratados de forma semelhante. No total, entre 24.000 e 65.000 hererós (todos os valores são estimados como sendo 50% a 70% da população Herero total) e 10.000 namaquas (50% da população total namaqua) morreram.
Duas características do genocídio foram a morte por inanição e o envenenamento de poços utilizado contra os hererós e populações namaquas que foram presos no deserto da Namíbia.
Em 1985, as Nações Unidas reconheceram a tentativa da Alemanha de exterminar os povos hererós e namaquas do Sudoeste da África como uma das primeiras tentativas de genocídio no século XX. O governo alemão pediu desculpas pelos eventos em 2004.
Bridgman, Jon M.. The revolt of the Hereros, California University Press. 1981, pp. 57.

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