A partir de 1975, a ONU oficializou o dia 8 de março como o Dia
Internacional da Mulher, criado com o objetivo de relembrar as lutas
sociais, políticas e econômicas das mulheres.
O primeiro Dia
Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de fevereiro de 1909 nos
Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América. No ano
seguinte, no dia 18 de março, o Dia Internacional da Mulher contou com a
mobilização de mais de um milhão de pessoas na Áustria, Dinamarca,
Alemanha e Suíça. Contudo, nos EUA, a
data seguiu sendo comemorada no último domingo de fevereiro. As mulheres
queriam direito a voto, permissão para ocupar cargos públicos e também
protestavam contra o fim da discriminação sexual no trabalho.
Na
Rússia, a data teve origem no começo do século passado, em 1917, quando
trabalhadoras realizaram uma greve, na qual exigiam melhores condições
de trabalho, além de protestar contra a participação do país na Primeira
Guerra Mundial e pela derrubada do czar Nicolau II. Essas
manifestações, coincidentemente, marcaram o início da Revolução Russa. O
dia 8 de março é feriado oficial na Rússia.
A ideia de criar o Dia
da Mulher surgiu no final do século XIX e início do século XX nos
Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas feministas por
melhores condições de vida e trabalho, e pelo direito de voto. Em 26 de
agosto de 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres
Socialistas em Copenhague, a líder socialista alemã Clara Zetkin propôs
a instituição de uma celebração anual das lutas pelos direitos das
mulheres trabalhadoras.
Em 25 de março de 1911, ocorreu um incêndio
na fábrica da Triangle Shirtwaist, que matou 146 trabalhadores: 125
mulheres e 21 homens, na maioria judeus.
A fábrica empregava 600 pessoas, em sua maioria mulheres imigrantes judias e italianas, entre 13 e 23 anos.
Eva Blay considera "muito provável que o sacrifício das trabalhadoras
da Triangle tenha se incorporado ao imaginário coletivo da luta das
mulheres, mas ressalta que o processo de instituição de um Dia
Internacional da Mulher já vinha sendo elaborado pelas socialistas
americanas e européias há algum tempo e foi ratificado com a proposta de
Clara Zetkin.
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