sábado, 26 de janeiro de 2019

OS GAROTOS DE IPANEMA - pelo 25 de janeiro – Nascimento de Tom Jobim e Dia da Bossa Nova.

Os maravilhosos símbolos do Rio de Janeiro, especialmente do bairro de Ipanema, Tom e Vinicius, não eram uma dupla, como se supõe. Longe disso. Tinham vidas diferentes, com turmas diferentes e mulheres nem sempre chegadas umas às outras. Foram dois importantes parceiros, mas em apenas dezesseis músicas, é bem verdade que maravilhosas, como “ A felicidade”, “Chega de saudade”, “Eu sei que vou te amar” e, claro, “Garota de Ipanema”. E para se ter uma ideia, o poetinha foi autor de 204 e Tom de 305, além daquelas em que participou como arranjador e produtor.
O time de parceiros de cada um deles tinha quase nada em comum. Quase. A união dos dois deu-se em momentos pontuais. Logo quando foram apresentados pelo crítico musical Lúcio Rangel, em 1956, e em seguida trabalharam no projeto Orfeu da Conceição, e no filme Copacabana Palace, em 1962, quando fizeram a trilha musical e apareceram em participação especial. Aí houve um grande hiato, até se encontrarem novamente para shows, a maior parte produzidos por Aloisio de Oliveira, ex-namorado de Carmen Miranda, apaixonado por Silvinha Telles, para quem compôs com Tom a memorável “Dindi”.
Mas foi no show produzido pela dupla Miele e Bôscoli, no Canecão, com a participação de Miúcha e Toquinho, que se viram juntos intensamente outra vez. O dono do Canecão, Mario Prioli, era muito boêmio e os levava para o restaurante da boate Hippopotamus, após os shows. As noitadas nunca terminavam antes das nove ou dez horas da manhã!
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FONTE: "A cara do Rio: 450 anos de carioquices" - por Raquel Oguri e Ricardo Amaral.

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