sábado, 29 de setembro de 2018

A espada do Rei Salomão...

A espada de Salomão acompanhou-o durante todo o seu reinado. Salomão é um dos reis mais populares da história do antigo Israel. Rei de Israel (rumo a 970-931 A.C.). Filho do Rei Davi e de Betsabá, Salomão foi ungido como soberano dos Hebreus e instruído sobre as suas obrigações por seu pai, em detrimento de Adonias, seu meio-irmão mais velho, que aspirava à sucessão ao trono de Israel.
Com a morte do Rei Davi e contando com o apoio de sua mãe, do profeta Natan, do general Banaías e do sumo sacerdote Zadoque, Salomão eliminou os seus adversários políticos (seu meio-Irmão Adonias e o general Joab) e iniciou um reinado caracterizado por um longo período de paz e boas relações com os povos vizinhos (Egito, Arábia, fenícia, Edom e Damasco), durante o qual o país sofreu um grande desenvolvimento econômico e cultural.
A segurança interna e o controle das vias de comunicação facilitaram uma ampla expansão do comércio hebraico, em especial o dos cavalos que eram transportados para o Egito. Além disso, a fim de promover a atividade comercial, Salomão ordenou construir uma frota que tinha a sua base no porto de Esionguéber, ao lado de Elat, nas margens do Mar Vermelho, e consolidou o poder político de Israel na região
Casou-se com uma das Filhas do Faraó do Egito e estreitou os laços de amizade com Hiram I, rei da cidade de Tiro.
A prosperidade econômica, por outro lado, permitiu ao monarca levantar em Jerusalém o grande templo que David projetado para abrigar a Arca da Aliança e um suntuoso palácio real, que acabou sendo destruído na invasão babilônica.
Estas e muitas outras obras públicas, bem como as despesas da corte, foram suportadas por um pesado regime fiscal, sustentado por uma reforma administrativa que dividia o país em doze distritos, cuja extensão variava em função da maior ou menor fertilidade do solo.
NO fim da vida de Salomão, no entanto, houve uma elevada pressão fiscal e a proliferação de cultos a divindades estrangeiras (Astarte, Camós, Milcom ou Moloc), introduzidos pelas numerosas mulheres estrangeiras do monarca, criaram um crescente mal-estar popular que explodiria. Durante o reinado de Roboão, seu filho e sucessor, não se conseguiu evitar a rebelião de dez das doze tribos hebraicas (todas exceto as de Judá e Benjamim) e a posterior cisão do país em dois reinos: o de Israel, ao norte, com capital em Shechem, e o de Judá, ao sul, com capital em Jerusalém (929 A.C.), que seguiram em seguida uma evolução independente, quando não hostil.
Apesar de reprovar com dureza a permissividade do Rei Salomão para com as práticas pagãs de boa parte de suas mulheres e de considerar a divisão de Israel como um castigo divino por sua idolatria, a tradição bíblica idealizou a figura do soberano, apresentado como um. Homem de grande sabedoria, paradigma de ponderação e justiça, em diversas passagens das Sagradas Escrituras, entre eles o famoso julgamento de Salomão ou a visita da rainha de Sabá.
Também foi atribuída a Salomão a autoria de diferentes livros sapienciais do Antigo Testamento, como o cantar dos cânticos, o Eclesiastes, o livro da sabedoria, os provérbios e os salmos de Salomão, alguns dos quais, no entanto, parece que foram compostos muito depois da época salomônica.
A Salomão é atribuída a famosa história da disputa de duas mulheres que afirmavam serem mães da mesma criança. Foram até o palácio do rei Salomão e contaram-lhe a história. Ele mandou chamar um dos guardas e lhe ordenou: "Corte o bebê ao meio e dê um pedaço para cada uma". Falado isso, uma das mães começou a chorar e disse: "Não, eu prefiro ver meu filho nos braços de outra do que morto nos meus", enquanto a outra disse: "Pra mim é justo". Salomão, reconhecendo a mãe na primeira mulher, mandou que lhe entregassem o filho.
Por Reis Gonzalez

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