O livro foi lançado em 2003 (o original foi publicado em 1933) e conta com 736 páginas. Ao ler, você vai conferir
- Da arquitetura real e imaginária da casa-grande e dos fluxos e refluxos do cotidiano da família patriarcal, emergiram traços da convivência feita de intimidade e dominação entre senhores e escravos e entre brancos, pretos e índios que marcaram para sempre a sociedade brasileira.
- Valorizando o papel do negro na história brasileira, exaltando a miscigenação racial, desmistificando preconceitos e reconhecendo a originalidade de nossa cultura, tipicamente tropical, o livro caiu como um meteoro nos meios intelectuais.
- O autor tenta desmistificar a noção de determinação racial na formação de um povo e, com isso, refuta a ideia de que no Brasil se teria uma raça inferior, dada a miscigenação que aqui se estabeleceu.
- A linguagem do autor tinha uma irreverência desconhecida nas letras brasileiras, por vezes um tom de gozação, que chegou a provocar protestos de algumas correntes mais conservadoras.
- Para compor a obra, foram utilizados diários esquecidos, receitas de bolos e doces, análise de práticas cotidianas como o cafuné e a retirada de bichos-do-pé, nas quais se revelavam um exacerbado sensualismo.
- Setenta anos e muitas edições depois, o livro continua repercutindo. Menos por sua consagração como uma das obras fundamentais do pensamento brasileiro e mais porque o livro, como queira o autor, mantém-se vivo e contemporâneo.
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