domingo, 15 de julho de 2018

ELA TINHA MAIS CREDIBILIDADE DO QUE O MARIDO.

A Princesa Marie de Edimburgo e Saxe-Coburg-Gotha nasceu durante o reinado de sua avó paterna, a Rainha Victoria. Na Rússia, reinava seu avô materno, Alexandre II. Com uma árvore genealógica dessas, não é de espantar que Marie fosse um dos melhores partidos de sua época. Isso porque, além de muito bem relacionada, ela era linda, culta e muito determinada.
Quando, aos 18 anos, se casou com o herdeiro do trono da Romênia, futuro Rei Fernando I, ela conquistou os súditos de sua terra adotiva quase que instantaneamente, e passou a trabalhar duro em prol de seu povo. O marido era fraco, apagado e indeciso, o que permitiu a ascensão de Marie. Na Primeira Guerra Mundial, ela praticamente o obrigou a lutar junto aos aliados (especialmente por sua Inglaterra natal) e sempre teve uma voz muito ativa no governo.
Encerrado o conflito, Marie - e não o Rei - tomou parte nas negociações de paz realizadas em Paris, em 1919, e sua intervenção contribuiu para que antigos territórios dominados pela Áustria fossem anexados à Romênia, a exemplo da Transilvânia. O reino teve seu território aumentado de maneira tão significativa que passou a ser conhecido como Grande Romênia. Depois, participou da regência que governou o país durante a menoridade de seu neto, o Rei Miguel. Foi popular não só na Romênia, mas também pelo mundo afora.
Ao morrer de cirrose, em 1938, muitos jornais destacaram em seus obituários que poucas foram as consortes reais que tiveram tamanha influência durante o reinado do marido. Infelizmente, durante o período comunista na Romênia, muitos livros e artigos deturparam a imagem de Marie, citando-a como bêbada e promíscua. Apenas recentemente sua imagem passou a ser alvo de uma reinterpretação histórica mais precisa.

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