quinta-feira, 12 de julho de 2018

A GREVE GERAL DE 1917

#nestedia, em 12 de julho de 1917, cerca de 100 mil trabalhadores da cidade de São Paulo cruzaram os braços, um número expressivo frente a uma população estimada em 550 mil habitantes. Greves já vinham ocorrendo no país desde 1905, mas a de julho de 1917 foi a de maior impacto. Ao longo do primeiro semestre daquele ano ocorreram greves de diversas categorias, a maior parte no Rio de Janeiro. As reivindicações dos trabalhadores eram: aumento salarial, redução da jornada de trabalho para oito horas diárias, fim do trabalho noturno para mulheres e crianças, liberdade de associação e de manifestação, redução no preço dos aluguéis, melhoria dos transportes públicos.
Em São Paulo, o movimento grevista ganhou força a partir de junho com a paralisação dos operários do Cotonifício Crespi ao qual se juntaram, no início de julho, trabalhadores de outras fábricas. No dia 9 de julho houve confrontos com a polícia em frente à fábrica Antárctica Paulista e à fábrica de tecidos Mariângela, resultando em três operários baleados. No dia seguinte, morreu o sapateiro espanhol José Iñeguez Martinez, de 21 anos, e o movimento ganhou mais força e adesões.
No dia 12, os trabalhadores da Cia de Gás e da Light (energia elétrica) pararam, o que paralisou bondes, o principal transporte público. A cidade de São Paulo parou por cinco dias. Os trabalhadores voltaram ao trabalho no dia 17 com a promessa de que suas principais reivindicações seriam atendidas. Mas elas não foram.

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