Após anos da expulsão holandesa em
território pernambucano, aconteceu uma enorme crise que atingiu todo o
estado por causa da baixa do açúcar no mercado europeu. Donos de engenho
começaram a entrar em decadência e falir por não obterem os lucros
esperados. Sem capital para pagar as dívidas eles começaram a pedir
empréstimos a comerciantes. Na época, os comerciantes portugueses que se
instalaram em Recife eram chamados de “mascates”. Eles tinham o
dinheiro para emprestar, mas como os senhores de engenho precisavam de
muito dinheiro, os comerciantes começaram a cobrar juros altos pelos
empréstimos e isso culminou com grande insatisfação de senhores de
engenho olindenses.
Quando Recife virou uma cidade autônoma,
senhores de engenho começaram a ficar com mais raiva porque eles
achavam que eles poderiam se tornar mais fortes que Olinda que era a
capital de Pernambuco.
Os ricos comerciantes olindenses achavam
que sua fortuna nunca iria acabar, mas, isso aconteceu. Entrementes,
aos poucos foram surgindo inimizade entre Olinda e Recife e; em 1710, o
pequeno povoado de Recife pediu ao rei de Portugal que Recife fosse
elevada a categoria de Vila. Devido a insubordinação, quando a elite de
Olinda soube disso, logo se revoltaram. O dono de engenho Bernado Vieira
de Melo juntou todos os ricos de Olinda e invadiram Recife destruindo
tudo. Após, fugiram para não serem pegos.
Como desfecho, a metrópole interviu na
revolta em 1711, perdendo todos os líderes. Como “retaliação” à Olinda,
Recife foi elevada a capital de Pernambuco.
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