Fotografia da futura Juíza Patrícia Acioli no dia de sua formatura no
curso de Direito da UERJ(Universidade Estadual do Rio de Janeiro), em
1986.
Acioli entrou para o poder judiciário em 1992. Desde 1999,
trabalhava como juíza na Quarta Vara Criminal de São Gonçalo, Rio de
Janeiro. Era conhecida por sentenciar duras penas contra os traficantes
de drogas, gangues e policiais corruptos. Aplicadora da lei,
incorruptível, Patrícia passou a ser visada
por membros da Milícia(grupos criminosos formados por ex-policiais e
bombeiros) . Por conta de seu procedimento, já havia recebido várias
ameaças de morte. Na noite de 11 de agosto de 2011, a magistrada
retornou de carro do fórum de São Gonçalo, onde trabalhava, para sua
casa, no bairro de Piratininga, na cidade de Niterói. Ao chegar em sua
residência, foi executada por dois homens. O crime mais uma vez colocou o
Brasil nas publicações da mídia internacional como um dos países mais
violentos do mundo para se trabalhar como autoridade penal.
Segundo
apurado pela polícia e transitado e julgado pela justiça, o assassinato
de Patrícia foi cometido por policiais militares insatisfeitos com a
atuação da juíza em relação a um grupo de agentes que atuava na cidade
de São Gonçalo praticando homicídios e extorsões.
Em 2012, a
Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro criou o Prêmio
Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos. A premiação visa conceder
visibilidade para pessoas e grupos que respeitam o direito à vida,
garantido pela declaração universal dos Direitos Humanos e pela
Constituição de 1988.
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