sábado, 24 de fevereiro de 2018

Uma história de força e determinação:

Laura Smith, uma 'Quaker' do Canadá casou-se com Charles Haviland Jr em 1825. Poucos anos depois eles se mudaram para Michigan, no Condado de Lenawee.
Haviland e outros membros da Comunidade ajudaram Elizabeth Margaret Chandler a organizar uma 'sociedade antiescravagista feminina' de Logan em 1832. Tanto Laura como Elizabeth presenciaram os afro-americanos sendo abusados fisicamente. Essas lembranças causaram muita repulsa.
Cinco anos mais tarde, em 1837, Haviland e seu marido fundaram uma escola para crianças negras e carentes, mais tarde foi conhecido como 'Instituto Raisin'.

A Srª Haviland instruiu as meninas em tarefas domésticas, enquanto o marido e um de seus irmãos, Harvey Smith, ensinou os meninos a realizar trabalho agrícola. Por insistência dos Havilands, a escola estava aberta a todas as crianças, independentemente de raça, credo ou sexo. Foi a primeira escola de integração racial do Michigan.
Em 1838, Harvey Smith vendeu sua fazenda, e os recursos foram utilizados para construir acomodações para cinquenta alunos. Os Havilands expandiram o currículo da escola. Contrataram um graduado da faculdade de Oberlin para servir como diretor. Devido à sua diligência, o Instituto Raisin foi logo reconhecido como uma das melhores escolas do território.

Os Havilands tornaram-se mais envolvidos na luta contra a escravidão, as tensões cresceram na comunidade Quaker. Houve uma divisão entre os chamados "abolicionistas radicais". Os Havilands romperam com os quakers e se juntaram aos metodistas (wesleyanos) que eram contra a escravidão.

Na primavera de 1845, uma epidemia de erisipela matou seis membros da família de Haviland, incluindo seu marido e seu filho mais novo. Aos trinta e seis anos, Haviland se viu uma viúva com sete filhos para sustentar, uma fazenda para cuidar e gerenciar o Instituto Raisin, além de dívidas substanciais para pagar. Devido à falta de fundos, Haviland foi forçada a fechar o Instituto Raisin em 1849.
Apesar de suas perdas pessoais, continuou com o trabalho abolicionista, por volta de 1856, ela tinha levantado fundos suficientes para reabrir o Instituto Raisin.
O Instituto fechou mais uma vez em 1864, depois que a maioria dos integrantes do Instituto Raisin se alistaram para lutar na Guerra Civil Americana.
Durante a sua vida, Laura Haviland não só combateu a escravidão como trabalhou para melhorar as condições de vida dos libertos, ela também se envolveu ativamente em outras causas sociais, defendendo o sufrágio feminino.
Laura Haviland morreu em 20 de abril de 1898 em Grand Rapids, Michigan.

Foto: Laura Simith Haviland mostra os instrumentos de punição dos escravos.

Um comentário:

  1. Uma grande revolução na história educadora da humanidade,isso abriu portas para um novo caminho igualitário na sociedade.

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