Maria Gomes de Oliveira, mais conhecida como Maria Bonita, foi uma
cangaceira brasileira, companheira de Lampião e a primeira mulher a
exercer função significativa de liderança em um grupo cangaceiro na
história do Brasil.
Maria Bonita nasceu em 1911 no povoado Malhada
da Caiçara, na cidade de Paulo Afonso, Bahia. Casou-se nova mas não
conseguiu gerar filhos no primeiro matrimônio, considerada seca, alcunha
que denominava mulheres que não podiam procriar, sofreu violência constante
do primeiro companheiro e de sua família. Maria se separou e voltou a
morar com os pais, quando conheceu Virgulino Ferreira da Silva,
conhecido como Lampião ou Rei do Cangaço, Maria foi convidada para fazer
parte do seu bando de cangaceiros, o mais conhecido e temido na época.
Junto ao novo companheiro Maria ajudou a liderar o grupo e abriu espaço
para a inserção de outras mulheres no universo do banditismo social
nordestino. Maria Bonita acompanhou Lampião por 8 anos, até ser
assassinada numa emboscada da polícia armada oficial, na Grota de
Angico, em Poço Redondo (SE), em 28 de julho de 1938.
Maria Bonita
teve 4 filhos com Lampião, deixou um legado de heroína e é conhecida
historicamente como uma mulher de fibra e com capacidade incrível de
liderança.
Apesar das controvérsias entre pesquisadores sobre a
função das mulheres no período do Cangaço, Maria Bonita e Dadá são
consideradas importantíssimas para entender esse período histórico
brasileiro.
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