O lança-perfume apareceu no Carnaval em 1904, no Rio de Janeiro, sendo
rapidamente incorporada aos festejos carnavalescos de todo o Brasil,
principalmente nas batalhas de confete, corsos e, mais tarde, nos
bailes, tornando-se um símbolo dos dias de folia.
Em 1961, por
recomendação do jornalista Flávio Cavalcanti, seguida de um decreto do
então Presidente Jânio Quadros,o lança-perfume fabricado pela Rhodia, na
Argentina, acabou sendo legalmente proibido no Brasil, após alguns casos de morte de usuários por embriaguez seguida de acidentes fatais.
O lança-perfume é um solvente químico composto por éter, clorofórmio,
cloreto de etila e uma essência perfumada. Esse composto químico é
produzido sob pressão dentro de tubos, assim, quando ele entra em
contato com o ar, evapora rapidamente.
Na verdade, em alguns países,
o lança-perfume não é considerado uma droga e sim um analgésico.
Inicialmente, o lança-perfume era uma espécie de brincadeira, onde
alguém lançava a substância em outra pessoa, dando a sensação fria e
perfumada.
No entanto, ele passou a ser inalado com fins
entorpecentes: as pessoas molhavam lenços com o líquido e o aspiravam. A
inalação do lança-perfume provoca efeitos de euforia, bem-estar,
vontade de rir e sensação de “estar voando”. Também ocasiona a
aceleração da frequência cardíaca, a destruição irreversível de células
cerebrais, alucinações, dores de cabeça, náuseas e depressão.
Os
efeitos do lança-perfume são relativamente rápidos, duram em média de 15
a 40 minutos. Assim, são utilizadas cada vez mais outras doses da
droga, contribuindo para o desencadeamento do ciclo vicioso.
No Brasil, ele é considerado droga e seu uso ou porte pode levar à prisão por posse ou tráfico.
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