quarta-feira, 18 de outubro de 2017

O Senado brasileiro já foi palco de um homicídio

O plenário do Senado vive dias de conflitos, mas um dos momentos mais difíceis de sua história, ocorreu em 4 de dezembro de 1963, quando o então Senador Arnon de Mello(PDC/AL) assassinou o Senador José Kairala (PSD-AC).
Arnon, pai do atual Senador Fernando Collor, tinha uma rixa política com o Senador Silvestre Péricles(PTB/AL), os dois disputavam votos e hegemonia no estado de Alagoas. Depois de um ano difícil, com muita troca de farpas e ameaças de ambos os lados. Os dois rivais se armaram e iniciaram uma onda de discursos com o objetivo de se ferirem mutuamente, através de palavras amargas.
Em uma sessão, no dia 4 de dezembro, Silvestre Péricles discursava quando Arnon de Mello sacou um revólver e foi para cima de seu rival. Foram dois tiros, que atingiram o então Senador José Kairala(PSD-AC), que não tinha nada a ver com a briga. Kairala foi transferido às pressas para o Hospital, mas morreu em seguida.
O crime dentro do Senado serviu de justificativa para argumentadores a favor do golpe Civil Militar de 1964, pois denunciava uma grave crise democrática e o fim do diálogo saudável entre políticos.
Kairala, de 39 anos, tinha três filhos, entre 2 e 6 anos, e deixou a mulher grávida do quarto.
Após o crime, Arnon foi absolvido.

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