quinta-feira, 11 de maio de 2017

O Protesto na Rampa, em 1984.

No final do governo Figueiredo, a Ditadura militar dava seus últimos suspiros e faltava apenas um ano para que um sucessor fosse eleito. Ainda que por uma eleição indireta, após 20 anos, o governo militar seria substituído por um presidente civil.
Figueiredo proibiu o acesso de qualquer fotógrafo ou cinegrafista ao seu gabinete e as poucas chances de fotografa-lo praticamente se reduziram a nenhuma. A partir de então, os únicos momentos propícios para tanto seriam quando o presidente subisse ou descesse a rampa do palácio.
Foi num desses episódios que os cinegrafistas-fotógrafos realizaram o protesto, visando demonstrar ao ditador o quanto era importante a documentação fotográfica no jornalismo. No dia fatídico, o militar começara a descer a rampa, quando todos os fotógrafos presentes colocaram suas câmeras no chão, não registrando o momento.
O acontecimento foi registrado apenas por J. França, encarregado de fazer a foto-protesto, distribuindo para todos os jornais, virando notícia mundial.

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