sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Escrita - Registro e transmissão da Informação.

                           Para muitos historiadores, a "invenção da escrita" não foi realização de um único povo. Em várias regiões do mundo, diversas sociedades inventaram seu próprio sistema de escrita. No entanto, o sistema do qual possuímos o mais antigo regisro é o dos sumérios, povo que, certamente, construiu a primeira civilização mesopotâmica. O que teria levado os sumérios a desenvolver a escrita?
                           Conforme vimos, a vida nas cidades mesopotâmicas tornava-se cada vez mais complexa, trazendo dificuldades para a normatização das relações sociais. A fala e a memorização já não davam conta dos inúmeros dados e das interações da vida cotidiana.
                            Esse problema ocorria principalmente nos templos sumérios. Neles, formaram-se como  vimos, corporações com grande patrimônio, rebanhos, terras e outros recursos econômicos. Esse patrimônio era administrado pelos sacerdotes, que realizavam diversas transações econômicas: empréstimo de animais e sementes, pagamento a construtores de barcos e comerciantes, controle de produtos estocados em seus armazéns, entre outras.
                           Supõe-se que, com o tempo, os sacerdotes tenham percebido que não podiam confiar apenas em sua memória para registrar essas operações. Para resolver esse problema, teriam desenvolvido uma escrita, isto é, um sistema de sinais pelo qual a linguagem verbal pudesse ser fixada, entendida e transmitida para outras pessoas.
                           A partir de 3000 a.C., a escrita começou a ser utilizada não só para fazer a contabilidade dos templos, mas também para registrar ensinamentos religiosos, literários, normas jurídicas etc. Assim, os mesopotâmicos puderam escrever histórias que até então eram transmitidas apenas de forma oral.
                           Bom exemplo disso é a Epopeia de Gilgamesh, que, registrada em blocos de argila por meio da escrita cuneiforme, narra as aventuras de amor e bravura de um herói (Gilgamesh) que desejava descobrir o segredo da imortalidade.

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