segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Criacionismo.

                          Nas sociedades ocidentais, em que predomina a tradição cultural cristã. uma das respostas para a origem do ser humano decorre de uma interpretação da Bíblia, o livro sagrado dos cristãos. Trata-se da visão denominada criacionismo. Vejamos este trecho bíblico, extraído do Gênesis:
                           No princípio, Deus criou o céu e a terra (...), Deus disse: "Haja luz" e houve luz. Deus viu que aquela luz era boa, e Deus separou a luz e as trevas. Deus chamou à luz "dia" e às trevas "noite". (...)
                          Deus disse: "Que a terra produza seres vivos segundo sua espécie: animais domésticos, répteis e feras segundo sua espécie" e assim se fez. (...)
                          Deus disse: "Façamos o homem à nossa semelhança, e que ele domine sobre os peixes do mar, as aves e todos os répteis que rastejam sobre a terra". (...)
                          Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele criou, homem e mulher ele os criou.
                          De acordo com o criacionismo, o texto bíblico fundamenta a interpretação de que o ser humano é criação de Deus. E uma criação especial, pois o texto diz que o homem e a mulher foram criados à imagem de Deus. Isso significa que o ser humano não é apenas algo (um corpo vivo), mas alguém (um corpo dotado de uma alma espiritual).
                          Assim, para os defensores do criacionismo, o ser humano criado por Deus se diferencia das demais criaturas vivas pela sua essência espiritual, que se revela no desenvolvimento de características, como a racionalidade, a imaginação artística e o senso de moralidade.
                          Embora tenham existido outras interpretações sobre a origem humana, essa visão criacionista predominou nas sociedades ocidentais cristãs até o século XIX. Entretanto, com o avanço das investigações científicas e a consolidação de uma racionalidade laica (não religiosa), uma nova teoria alcançou a consistência necessária para abalar a hegemonia criacionista nos meios científicos.

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