quarta-feira, 13 de agosto de 2014






 Império Novo

            Os faraós do Império Novo estabeleceram um período de prosperidade sem precedentes, ao assegurar suas fronteiras e reforçar os laços diplomáticos com seus vizinhos. Campanhas militares sob Tutmés I e seu neto Tutmés III, estenderam a influência dos faraós para o maior império que o Egito já havia visto.  Quando Tutmés morreu em 1425 a.C., o Egito se estendia de Niya no norte da Síria até a quarta catarata do Nilo, na Núbia, cimentando lealdades e abrindo acesso às importações essenciais, como bronze e madeira.Os faraós do Império Novo começaram uma campanha de construção em grande escala para promover o deus Amon, cujo culto foi crescendo com base em Karnak. Eles também construíram monumentos para glorificar suas próprias realizações, tanto reais como imaginárias. A faraó feminina Hatchepsut usou como propaganda para legitimar sua pretensão ao trono. Seu reinado bem sucedido foi marcado por expedições comerciais em Punt, um templo mortuário elegante, um par de obeliscos colossais e uma capela em Karnak. Apesar de suas realizações, o sobrinho e enteado de Hatchepsut, Tutmés III tentou apagar o seu legado perto do fim de seu reinado, possivelmente em represália por usurpar seu trono. Sob Tutmés IV (1397-1388 a.C.) realizou uma aliança com Mitanni para empreender ataques contra os hititas. Durante Amenófis III foram edificados os templos de Luxor, o palácio de Malaqata e o Templo de Milhões de Anos, do qual atualmente só restam os conhecidos "Colossos de Memnon"; também mandou ampliar o templo de Amon em Karnak. Durante seu reinado, com colheitas férteis e excedentes, Amenófis III pode assegurar relações com os reinos orientais assim como os nobres das cidades Sírio-Palestinas por meio de acordo diplomáticos que podiam envolver casamentos reais. Cerca de 1350 a.C., a estabilidade do Império Novo foi ameaçada quando Amenófis IV subiu ao trono e instituiu uma série de reformas radicais e caóticas. Mudando seu nome para Akhenaton (O Esplendor de Aton), ele classificou o anteriormente obscuro deus sol Aton como a divindade suprema, suprimindo o culto de outras divindades, e atacando o poder do estabelecimento sacerdotal.Mudando a capital para a nova cidade de Akhetaten (Horizonte de Áton, atual Amarna), Akhenaton tornou-se desatento aos negócios estrangeiros deixando-se absorver pela devoção a Aton e a sua personalidade de artista e pacifista.Durante seu reinado as relações comerciais com o mar Egeu (minoicos e micênios) são cortadas e os hititas começam a por em dúvida a soberania egípcia na Síria. Após sua morte, o culto de Aton foi rapidamente abandonado, e os faraós Tutancâmon, Ay e Horemheb apagaram todas as referências a heresia de Akhenaton, agora conhecida como Período Amarna.
As quatro colossais estátuas de Ramsés II na entrada do templo de Abu Simbel. Sob Seti I, o Egito controlou revoltas e conquistou a cidade de Kadesh e da região vizinha de Amurru, ambas localidades palestinas. Cerca de 1279 a.C., Ramsés II também conhecido como Ramsés, o Grande ascendeu ao trono, e passou a construir mais templos, erguer mais estátuas e obeliscos, além de ter sido o faraó com a maior quantidade de filhos da história. Ramsés II também mudou a capital do império de Tebas para Pi-Ramsés no Delta Oriental.Ousado líder militar, Ramsés II levou seu exército contra os hititas na Batalha de Kadesh em 1274 a.C. e depois de um empate, assinou, em 1258 a.C., o primeiro tratado de paz da história, onde ambas as nações comprometiam-se a se ajudaram mutuamente contra inimigos internos ou externos .O tratado foi selado com o casamento de Ramsés II e a filha mais velha do imperador Hatusil III .
A riqueza do Egito fez dele um alvo tentador para uma invasão, em especial de líbios e dos povos do mar. Sob Merneptá o Egito começou a enfrentar a ameaça dos povos do mar. Aliaram-se com os líbios planejando atacar o Egito, assim como incitaram os núbios a revolta, no entanto, Merneptá conseguiu suplantar os revoltosos na medida em que repeliu os invasores. Durante o reinado de Ramsés III o faraó conseguiu em duas grandes batalhas expulsando os povos do mar para fora do Egito, no entanto, eles acabariam por se assentarem na costa palestina e durante o reinado de seus sucessores tomariam por completo a região.


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