domingo, 7 de abril de 2019

"Campanha da Legalidade", que aconteceu no ano de 1961.

Com a renúncia de Jânio Quadros (motivada pelas suas contradições nas relações diplomáticas com os EUA e a URSS, bem como pelas medidas impopulares tomadas no campo econômico), a cadeira de Presidente da República ficou vago.
Com isso, o certo seria o Vice-Presidente assumir, nesse caso, João Goulart.
O que deveria ser um momento tranquilo de alteração no governo, revelou-se um grande choque entre os setores mais conservadores e os grupos progressistas.
Os militares, ao lado de Carlos Lacerda e outros grupos reacionários, não queriam - de forma alguma - que Jango assumisse a Presidência. Para eles, ele era um "comunista disfarçado", que queria levar o Brasil para o lado vermelho da Guerra Fria.
João Goulart estava na China, no momento da renúncia de Jânio Quadros, situação que se revelou uma grande oportunidade para os membros da Direita brasileira tomarem o poder, os quais formaram uma Junta Provisória para liderar o país.
O que se arquitetava, nesse momento, era um verdadeiro golpe, que foi - felizmente - freado pela "Campanha da Legalidade", liderada por Leonel Brizola (governador do RS), em que diversos políticos e setores da sociedade defenderam a manutenção da ordem jurídica e a posse de João Goulart.
A campanha foi vitoriosa, levando uma quantidade enorme de pessoas para as ruas e alcançando o seu maior objetivo: a permanência da Democracia e da Legalidade no Brasil (que seriam retiradas anos mais tarde, a partir do Golpe de 64, pelos mesmos grupos que tentaram tirar Jango da cena política brasileira em 1961).

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