sexta-feira, 1 de março de 2019

ORIGEM DO NOME SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO.

Um santo quente para nos segurar!” • pelo dia 1º de março - Aniversário da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro
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Sebastião. Há muita mística envolvendo esse sagrado nome. E para entender a força desse santo, vale a pena lembrar um pouco sua trajetória épica.
O jovem Sebastião, nascido no século III, ainda muito jovem se alistou no serviço militar de Roma. Por se destacar dentre os demais, tornou-se um dos prediletos do imperador Diocleciano. O único porém é que o rapaz tinha extrema compaixão pelos prisioneiros que seriam levados literalmente para a boca dos leões no Coliseu.
Para os romanos, aquele espetáculo era puro entretenimento e eles mal sabiam que havia um membro da guarda imperial que muito secretamente cuidava dos condenados. Sebastião, sempre escondido, levava palavras de consolo e de ânimo para aquelas pobres almas, pregando a palavra de Cristo e os fazendo crer na salvação após a morte.
Mas eis que um dia é descoberto o segredo do jovem militar. O imperador, para os padrões romanos, ainda foi tolerante com seu oficial predileto. Apesar de considerar traição a atitude de Sebastião, Diocleciano deixaria vivo o militar piedoso desde que ele renunciasse ao cristianismo.
Mas o jovem, corajoso e irredutível, jamais negou sua fé. E assim foi condenado à morte, sem direito à apelação. Diocleciano ordenou que seus soldados alvejassem Sebastião com flechadas e o deixassem sangrando até morrer. Uma dramática cena que ficou imortalizada em sua imagem.
Mas, como não se tratava de um jovem qualquer e sim de um ser elevado com alma de guerreiro, Sebastião não foi vencido. Um grupo de mulheres, pensando que ele estava morto, resgatou seu corpo cheio de flechas, com o intuito de dar-lhe uma sepultura digna. Surpreendentemente, descobriram que o rapaz resistira às flechadas.
Uma dessas mulheres, Irene, cuidou das suas feridas e assim Sebastião se recuperou. Imbuído da sua missão de disseminar o cristianismo, o determinado ex-oficial não parou. Só que dessa vez, ainda mais corajoso, sem se escondeir.
Ousou, ainda, tentar dissuadir o imperador de perseguir os cristãos. Ignorando o apelo de Sebastião, o imperador ordenou que desta vez ele fosse espancado até a morte e que seu corpo fosse jogado nos esgotos de Roma, tentando com isso evitar que Sebastião fosse venerado como mártir pelos cristãos. Sua nudez fazia parte do castigo, da expiação.
De nada adiantou a ira contra o heróico Sebastião. Quase quatrocentos anos depois, o imperador Constantino, que curiosamente entrou para a história por ter se convertido ao cristianismo, construiu uma basílica para abrigar os restos mortais de Sebastião — que, aliás, estão lá até hoje.
Nessa época, Roma estava sendo assolada por uma epidemia, que simplesmente desapareceu, acreditam os cristãos, a partir das relíquias do mártir. Assim, São Sebastião passou a ser venerado como santo poderoso contra a peste, a fome e a guerra.
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FONTE: "A Cara do Rio: 450 anos de carioquices", por Raquel Oguri e Ricardo Amaral
ARTE: "São Sebastião", 1480 - por Andrea Mantegna (1431-1506), pintor e gravador do Renascimento na Itália- Museu do Louvre

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