segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Como eram os títulos de nobreza do Império do Brasil?

Os títulos nobiliárquicos não eram hereditários e os candidatos não poderiam apresentar em sua árvore genealógica nenhum dos impedimentos: crime de lesa majestade, ofício mecânico ou sangue infecto. Eram cuidadosamente escolhidos por um conjunto de atos prestados e ascendência familiar. Além disso, a maioria dos nobilitados tinham de pagar uma vultosa quantia pela honraria nobiliárquica, mesmo se para seus filhos perpetuarem os títulos. O agraciado tinha os seguintes custos, em contos de réis, segundo a tabela de abril de 1860:
(Réis, 1860)
Duque 2:450$000
Marquês 2:020$000
Conde 1:575$000
Visconde 1:025$000
Barão 750$000
(Reais, 2016)
R$ 350.105,00
R$ 288.658,00
R$ 225.067,50
R$ 146.472,50
R$ 80.381,25
(Os valores acima foram atualizados considerando a gr. de ouro a R$ 142,50.)
Uma lista dos possíveis agraciados era elaborada pelo Conselho de Ministros, com sugestões de seus colegas, dos presidentes das províncias, de outros nobres, políticos, altos funcionários e demais pessoas influentes. As listas eram enviadas à aprovação do Imperador, sendo apresentadas duas vezes ao ano: aniversário de Pedro II; aniversário de D. Teresa Cristina ou aniversário do juramento da constituição 1824. No total, ao longo dos dois reinados do Império, foram criados 1211 títulos de nobreza: 3 ducados, 47 marquesados, 51 condados, 235 viscondados e 875 baronatos. Esses números não são totalmente precisos, pois há dúvidas sobre a validade e mesmo a existência de alguns títulos.
Fonte> FERNANDES, Aníbal de Almeida. Nobreza Brasileira e a Dinastia de Bragança. Junho, 2008

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