R – Os autores não são unânimes com relação a
esta questão. Muitos consideram que aquele fato teria ocorrido durante o
reinado de Ramsés II (c.1290 a 1224 a.C); outros acham que aconteceu
aproximadamente entre 1306 e 1290 a.C., época do faraó Seti I. Já o
eminente egiptólogo Pierre Montet discorda dessas teses. Ele situa o
êxodo dos filhos de Israel no decorrer do reinado de Merneptah (c. 1224 a
1214 a.C.). Por sua vez, livros espíritas afiançam que revelações
mediúnicas apontam esse último faraó como contemporâneo de Moisés, tendo
sido ele, portanto, que suportou as pragas e viu seu exército sucumbir
no Mar Vermelho. Por outro lado, chegou-se mesmo a dizer que o êxodo não
passou de um mito popular, sem fundamento histórico, e que Moisés era
uma figura puramente simbólica.
A verdade é que nenhum documento egípcio menciona fatos tão
espetaculares, e a Bíblia, que é o único local onde esse suposto fato
está relatado, é um livro religioso de procedência e credibilidade
duvidosas que não cita o nome do faraó sob cujo reinado teria acontecido
a fuga. Para complicar mais ainda a vida de quem leva a Bíblia como
fonte da verdade absoluta, as novas descobertas arqueológicas apontam
para o que já se desconfiava, no Egito não havia o costume de se
escravizar povos como supõe o relato bíblico citado, na verdade, a
civilização egípcia sempre esteve na frente das demais quando o quesito
era direitos civis, enquanto a mulher era tratada como posse nas
civilizações vizinhas (incluindo a israelita), no Egito ela gozava de
praticamente todos direitos que os homens, inclusive algumas conseguiram
o cargo mais alto, o de governante, voltando a repetir, algo fora de
hipótese na maioria das civilizações antigas.
Imagem: Pintura de David Roberts com o suposto Êxodo dos israelitas do Egito.
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