sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Em 1996, a jovem negra Keshia Thomas, então com 18 anos, evitou o linchamento de um simpatizante da Ku Klux Klan.

Tudo aconteceu em uma manifestação da KKK em Ann Arbor, Michigan, cidade natal de Keshia. Multicultural, liberal e centro de movimentos pelos direitos civis, a cidade não era o lugar mais receptivo para os 17 membros da organização racista.
Cerca de 300 militantes anti-KKK foram protestar contra a marcha. Entre eles estava Keshia. O grupo empunhava cartazes e gritava para os mascarados da Klan, quando alguém avistou na multidão um homem com uma camisa com o emblema dos Confederados e um SS tatuado no braço.
Os liberais perseguiram o simpatizante da Klan, o agrediram com golpes de bastões e o jogaram no chão.
Keshia não se deixou levar pela turba furiosa. Após alguns segundos de reflexão, percebeu que um protesto justo poderia se transformar em barbárie e resolveu intervir. Em um ato improvável para a situação, foi ao encontro do homem caído e o protegeu dos agressores.
Arriscou a própria integridade física para proteger e salvar alguém que possivelmente não faria o mesmo por ela e entrou para a história por praticar a tolerância ao fugir das imposições do senso comum.
Já que Keshia teve serenidade para fazer a coisa certa no meio de uma multidão furiosa, por que nós também não podemos conseguir?

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