Congo Belga, como ficou conhecido na época, foi uma das grandes fontes
de riqueza para a minúscula Bélgica, que se enriqueceu com a venda de
marfins. Outra fonte de riqueza foi a extração da borracha, responsável
pelo desaparecimento de muitas espécies de árvores nativas daquela
região.
Mas foi em outro aspecto que a tirania do rei Leopoldo mais se acentuou: na instituição do trabalho escravo. A ordem era lucrar muito com pouco investimento, e isso, logicamente, significava não se preocupar com a folha de pagamento. Muitos oficiais belgas foram enviados ao Congo, após previamente estudarem um “Manual”, onde se ensinavam as “técnicas” de como subjugar o povo. No dizer do próprio autor, “poucas vezes a história nos oferece uma chance como essa de ver instruções detalhadas de como executar um regime de terror”. São muitas as atrocidades, impossíveis de serem descritas, uma delas são as mãos cortadas. Mas, para quem pensava que no ranking dos monstros da humanidade, Hitler fosse imbatível, uma novidade: o pódio é também ocupado pelo rei Leopoldo II, da Bélgica, que traz em seu currículo 8 milhões de africanos dizimados, contra 6 milhões de judeus mortos, inseridos no histórico do austríaco.
O poeta norte-americano Vachel Lindsay traduziu bem a impressão deixada por Leopoldo, após sua morte:
“Ouçam como grita o fantasma de Leopoldo/A queimar no inferno por suas hostes sem mãos./Escutem como riem e berram os demônios/Lá no inferno, a lhe cortar fora as mãos”.
FONTE: FDR / King Leopold's Ghost: A Story of Greed, Terror, and Heroism in Colonial Africa, Adam Hochschild, Mariner Books, 1999
Foto: escravos em 1910 do Congo
Mas foi em outro aspecto que a tirania do rei Leopoldo mais se acentuou: na instituição do trabalho escravo. A ordem era lucrar muito com pouco investimento, e isso, logicamente, significava não se preocupar com a folha de pagamento. Muitos oficiais belgas foram enviados ao Congo, após previamente estudarem um “Manual”, onde se ensinavam as “técnicas” de como subjugar o povo. No dizer do próprio autor, “poucas vezes a história nos oferece uma chance como essa de ver instruções detalhadas de como executar um regime de terror”. São muitas as atrocidades, impossíveis de serem descritas, uma delas são as mãos cortadas. Mas, para quem pensava que no ranking dos monstros da humanidade, Hitler fosse imbatível, uma novidade: o pódio é também ocupado pelo rei Leopoldo II, da Bélgica, que traz em seu currículo 8 milhões de africanos dizimados, contra 6 milhões de judeus mortos, inseridos no histórico do austríaco.
O poeta norte-americano Vachel Lindsay traduziu bem a impressão deixada por Leopoldo, após sua morte:
“Ouçam como grita o fantasma de Leopoldo/A queimar no inferno por suas hostes sem mãos./Escutem como riem e berram os demônios/Lá no inferno, a lhe cortar fora as mãos”.
FONTE: FDR / King Leopold's Ghost: A Story of Greed, Terror, and Heroism in Colonial Africa, Adam Hochschild, Mariner Books, 1999
Foto: escravos em 1910 do Congo
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