Hoje, feriado nacional consagrado a Tiradentes, apresentamos um dos
conjuntos de documentos mais importantes do acervo do Arquivo Nacional:
os Autos da Devassa da Conjuração Mineira, processo judicial contra os participantes do que veio a ser conhecido como Inconfidência Mineira.
Um dos principais movimentos contestatórios do período colonial, a
Conjuração Mineira ocorreu em 1789, em Vila Rica (atual Ouro Preto), em
Minas Gerais, contra uma série de medidas da Coroa Portuguesa contra os
interesses locais, especialmente a taxação sobre a produção de ouro. No
entanto, o movimento não passou da fase de conspiração e a revolta
planejada não se concretizou. Após Joaquim Silvério dos Reis entregar os
nomes daqueles que tramavam contra a Coroa, o governador da província,
Visconde de Barbacena, fez uso das suas prerrogativas para julgá-los e
condená-los.
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, sofreu a
mais severa punição, sendo enforcado em 21 de abril de 1792. Com o
advento da República, a imagem de Tiradentes como herói nacional se
popularizou. Em 1890, o dia 21 de abril passou a consagrá-lo como
“mártir da Independência”.
Os Autos da Devassa são peças
fundamentais do acervo do Arquivo Nacional e foram reconhecidos como
patrimônio da humanidade pelo Programa Memória do Mundo da UNESCO em
2007.
Na imagem, folha da “sentença proferida contra os réus do
levante e conjuração de Minas Gerais”, 18 de abril de 1792. Arquivo
Nacional. Fundo Inconfidência Mineira.
BR_RJANRIO_3A_COD_0_0005_v_09_d0001de0001
Você pode consultar
outros documentos dos Autos da Devassa (tais como acusações, sentenças,
recursos etc.) no Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN).
Saiba como no link: bit.ly/2UtZA8F
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