Dentro da organização maçônica, muitos desconhecem o apelido de "bode"
dado ao Maçom. A origem desta denominação data do ano de 1808. Por volta
do II e III século d.C. vários Apóstolos saíram para o mundo a fim de
divulgar o cristianismo. Alguns foram para o lado judaico da Palestina. E
lá, curiosamente, notaram que era comum ver um judeu falando ao ouvido
de um bode, animal muito comum naquela região.
Até que Paulo, o Apóstolo, conversando com um Rabino de
uma aldeia, foi informado que aquele ritual era usado para expiação dos
erros. Fazia parte da cultura daquele povo, contar alguém da sua
confiança, quando cometia, mesmo escondido, as suas faltas, ficaria mais
aliviado junto a sua consciência, pois estaria dividindo o sentimento
ou problema. Mas por que bode?
Quis saber Paulo. É porque o bode é
seu confidente. Como o bode nada fala, o confesso (penitente) fica ainda
mais seguro de que seus segredos serão mantidos, respondeu-lhe o
Rabino. Porém, irmãos de fibra na clandestinidade, se reuniram, tentando
modificar a situação do país. Neste período, vários Maçons foram presos
pela Igreja e submetidos a terríveis inquisições. Porém, ela nunca
encontrou um covarde ou delator entre os Maçons. Chegando a ponto de um
dos inquisidores dizer a seguinte frase a seu superior:
– “Senhor este pessoal (Maçons) parece BODE, por mais que eu flagele não consigo arrancar-lhes nenhuma palavra”.
Assim, a partir desta frase, todos os Maçons tinham, para os
inquisidores, esta denominação: “BODE” – aquele que não fala, sabe
guardar segredo.
O Simbolismo da Imagem do Bode, acredito, é
filosófico, é mais profundo. De todo os sentidos vitais, o bode é
relacionado ao mais nobre – o da Visão. Seus olhos penetrantes, que lhe
permitem distinguir a erva sã da daninha e apenas da primeira se
alimentar, revelam-se afinal como os nossos Olhos deveriam ser,
enxergando o mundo a nossa volta, separando o que nos traria o mal, e se
alimentando do que traga às nossas mentes e corações, o mais Próximo da
Perfeição. Assim, como o Bode, que sobe a montanha para buscar ervas
benéficas para se alimentar, é o Maçom (o Bode filosófico) que sobe os
graus de cada rito para poder alimentar sua Alma, de forma sadia,
buscando chegar mais próximo do Grande Arquiteto
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