sexta-feira, 31 de maio de 2019
quinta-feira, 30 de maio de 2019
quarta-feira, 29 de maio de 2019
Alimentação na Pré-história e evolução.
Por Me. Tales Pinro
Diversas espécies do gênero homo desenvolveram-se ao longo de milhões de anos até a chegada à espécie dos homo sapiens, da qual os cientistas afirmam que nós, humanos contemporâneos, fazemos parte.
Muitos desses cientistas afirmam que a adoção de uma dieta também baseada em proteína animal teria contribuído para a evolução dos seres humanos e que essa adoção teria se dado ao longo de muito tempo, resultando na criação de diversas habilidades para conseguir esse tipo de alimento.
Durante o chamado período Paleolítico, uma divisão temporal que se estendeu por cerca de dois milhões de anos, até mais ou menos 10 mil anos atrás, os humanos ainda viviam da coleta de frutas, raízes e outras espécies vegetais, mas começaram a desenvolver o hábito de se alimentar de proteína animal, decorrente da caça, da pesca e da coleta de mariscos, mas também do aproveitamento de carcaças de animais deixadas por outros carnívoros.
Para o paleoantropólogo Henry Bunn, da Universidade de Wisconsin-Madison, a habilidade de obtenção da carne e a forma de dilacerar a carcaça dos animais sofreram alteração durante o paleolítico. Ele dividiu em três etapas o processo.
Primeiramente, os chamados hominídeos retalhavam a carne dos ossos das carcaças de animais, usando alguns instrumentos feitos de pedra ou de lascas de pedras. Esse primeiro período teria ocorrido entre 2,6 e 2,5 milhões de anos atrás, indicando ainda uma capacidade pequena dos hominídeos de obter alimentos com proteína animal.
Um segundo momento seria caracterizado por um procedimento mais comum de manuseio da carne a ser ingerida, além de passarem a desenvolver a habilidade de quebrar os ossos para também se alimentar do tutano de seu interior e carregarem as carcaças de animais para lugares distintos de onde haviam sido encontrados ou abatidos. Nesse estágio, entre 2,3 e 1,9 milhão de anos, os hominídeos ainda se apropriavam de carcaças de presas de outros carnívoros, mas também já conseguiam obter presas próprias.
O terceiro estágio nessa evolução “carnívora” dos hominídeos do Paleolítico caracterizar-se-ia pelo retalho extensivo dos restos dos animais, obtendo carcaças intactas, decorrentes de novas habilidades de apropriação de presas de outros carnívoros ou mesmo decorrentes da prática da caça, que se tornava rotineira. A datação dessa última fase é estimada entre 1,8 e 1,6 milhão de anos e demonstra que, além de caçar, os hominídeos do período atuavam na obtenção de partes de caça de outros mamíferos carnívoros.
Para outro especialista, o paleontólogo Lars Werdelin, esse desenvolvimento da habilidade de obtenção de carne pelos hominídeos teria causado uma diminuição no número de espécies carnívoras no leste da África, tendo possivelmente sido eliminadas muitas espécies de animais de grande porte. A entrada dos hominídeos na cadeia alimentar carnívora, somada a alterações climáticas, teria, dessa forma, mudado de forma drástica o ecossistema dessa região africana.
Diversas espécies do gênero homo desenvolveram-se ao longo de milhões de anos até a chegada à espécie dos homo sapiens, da qual os cientistas afirmam que nós, humanos contemporâneos, fazemos parte.
Muitos desses cientistas afirmam que a adoção de uma dieta também baseada em proteína animal teria contribuído para a evolução dos seres humanos e que essa adoção teria se dado ao longo de muito tempo, resultando na criação de diversas habilidades para conseguir esse tipo de alimento.
Durante o chamado período Paleolítico, uma divisão temporal que se estendeu por cerca de dois milhões de anos, até mais ou menos 10 mil anos atrás, os humanos ainda viviam da coleta de frutas, raízes e outras espécies vegetais, mas começaram a desenvolver o hábito de se alimentar de proteína animal, decorrente da caça, da pesca e da coleta de mariscos, mas também do aproveitamento de carcaças de animais deixadas por outros carnívoros.
Para o paleoantropólogo Henry Bunn, da Universidade de Wisconsin-Madison, a habilidade de obtenção da carne e a forma de dilacerar a carcaça dos animais sofreram alteração durante o paleolítico. Ele dividiu em três etapas o processo.
Primeiramente, os chamados hominídeos retalhavam a carne dos ossos das carcaças de animais, usando alguns instrumentos feitos de pedra ou de lascas de pedras. Esse primeiro período teria ocorrido entre 2,6 e 2,5 milhões de anos atrás, indicando ainda uma capacidade pequena dos hominídeos de obter alimentos com proteína animal.
Um segundo momento seria caracterizado por um procedimento mais comum de manuseio da carne a ser ingerida, além de passarem a desenvolver a habilidade de quebrar os ossos para também se alimentar do tutano de seu interior e carregarem as carcaças de animais para lugares distintos de onde haviam sido encontrados ou abatidos. Nesse estágio, entre 2,3 e 1,9 milhão de anos, os hominídeos ainda se apropriavam de carcaças de presas de outros carnívoros, mas também já conseguiam obter presas próprias.
O terceiro estágio nessa evolução “carnívora” dos hominídeos do Paleolítico caracterizar-se-ia pelo retalho extensivo dos restos dos animais, obtendo carcaças intactas, decorrentes de novas habilidades de apropriação de presas de outros carnívoros ou mesmo decorrentes da prática da caça, que se tornava rotineira. A datação dessa última fase é estimada entre 1,8 e 1,6 milhão de anos e demonstra que, além de caçar, os hominídeos do período atuavam na obtenção de partes de caça de outros mamíferos carnívoros.
Para outro especialista, o paleontólogo Lars Werdelin, esse desenvolvimento da habilidade de obtenção de carne pelos hominídeos teria causado uma diminuição no número de espécies carnívoras no leste da África, tendo possivelmente sido eliminadas muitas espécies de animais de grande porte. A entrada dos hominídeos na cadeia alimentar carnívora, somada a alterações climáticas, teria, dessa forma, mudado de forma drástica o ecossistema dessa região africana.
29 de maio de 1453 queda de Constantinopla: o Sultão Otomano Maomé II conquista Constantinopla pondo fim ao Império Bizantino.
Denomina-se queda de Constantinopla a conquista da capital bizantina
pelo Império Otomano sob o comando do sultão Maomé II, o Conquistador.
Isto marcou não apenas a destruição final do Império Romano do Oriente, e a morte de Constantino XI Paleólogo, o último imperador bizantino, mas também a estratégica conquista crucial para o domínio otomano sobre o Mediterrâneo oriental. A cidade de Constantinopla permaneceu capital do Império Otomano até a dissolução do império em 1922, e foi oficialmente renomeada Istambul pela República da Turquia em 1930.
A queda de Constantinopla para os turcos otomanos foi um evento histórico que segundo alguns historiadores marcou o fim da Idade Média, e também decretou o fim dos últimos vestígios do outrora poderoso Império Romano agora dividido e chamado de Império Bizantino.
Constantinopla é o antigo nome da cidade de Istambul, na atual Turquia. O nome original era Bizâncio
O nome da cidade era uma referência ao imperador romano Constantino, que tornou a cidade capital do Império Romano.
Isto marcou não apenas a destruição final do Império Romano do Oriente, e a morte de Constantino XI Paleólogo, o último imperador bizantino, mas também a estratégica conquista crucial para o domínio otomano sobre o Mediterrâneo oriental. A cidade de Constantinopla permaneceu capital do Império Otomano até a dissolução do império em 1922, e foi oficialmente renomeada Istambul pela República da Turquia em 1930.
A queda de Constantinopla para os turcos otomanos foi um evento histórico que segundo alguns historiadores marcou o fim da Idade Média, e também decretou o fim dos últimos vestígios do outrora poderoso Império Romano agora dividido e chamado de Império Bizantino.
Constantinopla é o antigo nome da cidade de Istambul, na atual Turquia. O nome original era Bizâncio
O nome da cidade era uma referência ao imperador romano Constantino, que tornou a cidade capital do Império Romano.
Qual a origem dos talheres?
Os primórdios das civilizações humanas foram marcados pela falta de
hábitos de higiene. Até o século XI, todas as pessoas comiam os
alimentos com as mãos. Mas foi justamente neste século que Domenico
Salvo, membro da corte de Veneza, se casou com a princesa Teodora, de
Bizâncio. Quando o casal foi viver junto, a princesa trouxe em seu
enxoval um objeto pontudo, com dois dentes, que ela usava para espetar
os alimentos. Acredita-se que este tenha sido um dos primeiros garfos do mundo.
Por incrível que pareça, o garfinho da princesa Teodora foi considerado
uma heresia, pois acreditava-se que o alimento, fornecido por Deus, era
sagrado e, por isso, deveria de ser comido com as mãos, numa
demonstração de respeito.
Com o passar dos anos, os membros da nobreza e do clero começaram a aceitar o uso de talheres. O costume de comer com garfos e colheres se tornou popular apenas no século XIX.
Já a faca, que é considerada o tipo de talher mais antigo do mundo, teria sido criada pelo Homo erectus, que surgiu na Terra há 1,5 milhão de anos. É claro que os primeiros exemplares desse talher eram, simplesmente, pedaços de objetos cortantes, mas a intenção de uso era a mesma que temos hoje.
Na Idade do Bronze, por volta de 3000 a.C., a faca passou a ser feita com metal e começou a ser usada para descascar frutas. A primeira vez que determinaram que os homens deveriam comer com talheres aconteceu em 1630, quando o cardeal francês Richelieu afirmou que cada homem tinha que ter um talher para ser usado à mesa.
Registros históricos mostram que as primeiras colheres do mundo eram de uso coletivo e se pareciam com conchas.
Com o passar dos anos, os membros da nobreza e do clero começaram a aceitar o uso de talheres. O costume de comer com garfos e colheres se tornou popular apenas no século XIX.
Já a faca, que é considerada o tipo de talher mais antigo do mundo, teria sido criada pelo Homo erectus, que surgiu na Terra há 1,5 milhão de anos. É claro que os primeiros exemplares desse talher eram, simplesmente, pedaços de objetos cortantes, mas a intenção de uso era a mesma que temos hoje.
Na Idade do Bronze, por volta de 3000 a.C., a faca passou a ser feita com metal e começou a ser usada para descascar frutas. A primeira vez que determinaram que os homens deveriam comer com talheres aconteceu em 1630, quando o cardeal francês Richelieu afirmou que cada homem tinha que ter um talher para ser usado à mesa.
Registros históricos mostram que as primeiras colheres do mundo eram de uso coletivo e se pareciam com conchas.
29.MAIO.1999 Morre João do Pulo, ex-recordista mundial do salto triplo.
No dia 29 de maio de 1999 morria, em São Paulo, João Carlos de Oliveira,
conhecido como João do Pulo, atleta e ex-recordista mundial do salto
triplo. Nascido em 28 de maio de 1954, em Pindamonhangaba (SP), em 1973,
ele quebrou o recorde mundial júnior de salto triplo no Campeonato
Sul-Americano com a marca de 14,75 m. Em 1975, no Pan-americano da
Cidade do México, conquistou a medalha de ouro no salto em distância
com 8,19m e, em 15 de outubro, foi ouro no salto triplo com 17,89 m,
quebrando novamente o recorde mundial. Era o favorito para a medalha de
ouro na Olimpíada de Montreal, em 1976, mas acabou superado por Viktor
Saneyev, da União Soviética, e pelo norte-americano James Butts. Em
1979, nos Jogos Pan-americanos de Porto Rico, tornou-se bicampeão tanto
do salto triplo como do salto em distância. Em 1980, nas Olimpíadas de
Moscou, era novamente favorito no salto triplo, mas teve que se
contentar outra vez com o bronze: foi superado por Jaak Uudmae e Viktor
Saneyev, ambos da União Soviética. Sua carreira foi interrompida de
maneira trágica em 22 de dezembro de 1981, quando sofreu um acidente de
carro e sua perna direita teve que ser amputada. Mais tarde, João do
Pulo se formou em Educação Física e também se elegeu duas vezes deputado
estadual por São Paulo. Ele morreu em 1999 por conta de uma cirrose
hepática, infecção generalizada, sozinho e com dívidas.
Maria Quitéria.
A ideia que a maioria dos brasileiros tem da independência continua
marcada pelo cenário pacífico da tela O Grito do Ipiranga, de Pedro
Américo. Não há, em todo o quadro,
sequer uma gota de sangue, qualquer vestígio de uma guerra, como a que
foi travada na Bahia pela independência do Brasil.
terça-feira, 28 de maio de 2019
A princesa siberiano mostra as suas tatuagens de 2500 anos.
A donzela do gelo siberiano, também conhecida como a princesa de ukok, é uma múmia de uma mulher do século XIX BC
A mulher de 25 anos, que se pensa ser uma das mais primeiras vítimas
conhecidas de câncer de peito, foi escavada do seu túmulo gelado há
quase 20 anos.
Pesquisadores descobriram que as tatuagens da mulher eram desenhos baseados em animais de aparência fantástica
Pesquisadores descobriram que as tatuagens da mulher eram desenhos baseados em animais de aparência fantástica
segunda-feira, 27 de maio de 2019
26 de maioe 1940 operação Dínamo: as forças aliadas começam uma evacuação em massa de Dunkirk.
Operação
Dínamo refere-se à evacuação de Dunkirk, também conhecida como milagre
de Dunkirk, uma notável operação militar realizada durante a Segunda
Guerra Mundial e considerada uma das maiores retiradas da história
militar. Quase trezentos e quarenta mil soldados aliados foram evacuados
sob intenso bombardeio, entre 26 de maio e 4 de junho da cidade
francesa de Dunkirk até a cidade inglesa de Dover.
A operação Dínamo se deu no contexto da invasão da França pelas forças
alemãs, em 10 de Maio de 1940, sem uma efetiva resistência aliada.
Comandada pelo vice-almirante Bertram Ramsay, a intenção inicial era evacuar cerca de 45 mil homens da Força Expedicionária Britânica em dois dias, mas, em breve, o objetivo foi alterado para resgatar 120 mil homens em cinco dias.
Os exércitos britânico, francês e belga, distribuídos ao longo de uma frente de 250 Km, curvados para dentro do Canal da Mancha, estavam cercados pelos alemães. As tropas exaustas, empurradas constantemente para trás pelo Panzers alemães, apertavam nervosamente os fuzis e esperavam em silencioso terror. A retirada era inevitável.
A perspectiva da derrota viera com surpreendente e terrível rapidez. Durante oito meses, muitos dos 390.000 homens do exército de Lord Gort tinham desfrutado de uma boa vida. Iludidos de que a Linha Maginot, com seus 400 Km para o sul, era inexpugnável, haviam construído 400 casamatas de concreto armado, cavado trincheiras e fossos antitanques nos moldes semelhantes àqueles da Primeira Guerra Mundial, à espera dos alemães.
Comandada pelo vice-almirante Bertram Ramsay, a intenção inicial era evacuar cerca de 45 mil homens da Força Expedicionária Britânica em dois dias, mas, em breve, o objetivo foi alterado para resgatar 120 mil homens em cinco dias.
Os exércitos britânico, francês e belga, distribuídos ao longo de uma frente de 250 Km, curvados para dentro do Canal da Mancha, estavam cercados pelos alemães. As tropas exaustas, empurradas constantemente para trás pelo Panzers alemães, apertavam nervosamente os fuzis e esperavam em silencioso terror. A retirada era inevitável.
A perspectiva da derrota viera com surpreendente e terrível rapidez. Durante oito meses, muitos dos 390.000 homens do exército de Lord Gort tinham desfrutado de uma boa vida. Iludidos de que a Linha Maginot, com seus 400 Km para o sul, era inexpugnável, haviam construído 400 casamatas de concreto armado, cavado trincheiras e fossos antitanques nos moldes semelhantes àqueles da Primeira Guerra Mundial, à espera dos alemães.
domingo, 26 de maio de 2019
26.MAIO.1945 Tem início o bombardeio dos EUA contra Tóquio na Segunda Guerra Mundial
No dia 26 de maio de 1945 teve início o grande bombardeio contra Tóquio,
promovido pelo exército dos Estados Unidos. A ação militar durante a
Segunda Guerra Mundial causou a morte de mais de 100 mil pessoas. Neste
dia, os aviões lançaram contra os japoneses 8.250 bombas, de 250 quilos,
que estavam a 150 metros de altura e que projetaram por sua vez 50
bombas de três quilos carregadas com napalm,
um conjunto de líquidos inflamáveis à base de gasolina gelificada. O
ataque transformou Tóquio em uma enorme labareda, e as pessoas lutavam
para se proteger das chamas e do calor que chegavam aos 800ºC. Na manhã
do dia seguinte, as ruas estavam cheias de corpos de pessoas que
morreram asfixiadas pela fumaça. O forte calor fez evaporar a água de
valas, lagoas e piscinas. O ataque destruiu 50% da cidade de Tóquio,
assim como 20% de sua indústria.
sábado, 25 de maio de 2019
Por que os humanos que migraram da África para a Europa ficaram brancos há milhares de anos.
O estudo do esqueleto humano mais
antigo encontrado no Reino Unido contradiz a crença popular de que a
maioria dos europeus sempre teve a cor da pele branca.
Uma análise
genética do esqueleto de 10 mil anos revelou que a pigmentação de sua
pele era de "escura a negra". O fóssil ficou conhecido como "homem de
Cheddar" em virtude do local onde ele foi encontrado, em Cheddar, no
Reino Unido.Seu rosto foi reconstruído graças a um scanner de alta tecnologia e mostra um fenótipo totalmente oposto à pele branca que caracteriza muitos dos britânicos.
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Segundo Yoan Dieckmann, da equipe da Universidade College, de Londres, responsável pelo estudo, a pele clara que associamos aos europeus modernos, principalmente do norte, seria um fenômeno relativamente recente.
Então em que momento a pele desses ancestrais começaram a mudar de cor e por que isso aconteceu?
Migração da África
Segundo especialistas, existem dois fatores principais que explicam essa transformação.O primeiro deles é a mobilidade geográfica das populações modernas, que estavam na África há 150 mil anos e tinham pele escura.
"Aquelas populações, que seriam nossos ancestrais diretos, começaram a migrar. Elas chegaram na Europa, por exemplo, há cerca de 45 mil anos", explica Víctor Acuña, professor da Escola Nacional de Antropologia e História do México.
Alguns estudos genéticos concluíram que a pigmentação da pele mais clara começou a ficar mais comum em algumas regiões europeias por volta de 25 mil anos atrás.
A descoberta do "homem de Cheddar", que viveu há 10 mil anos, indica que esse embranquecimento só ocorreu muito tempo depois em locais como as ilhas britânicas.
Em 2014, análises de outros fósseis humanos de 7 mil anos encontrados em León, na Espanha, concluíram que os restos também pertenciam a um homem de pele negra e olhos azuis.
Proteção contra o sol
O segundo fator, e o mais importante, é aquele que explica por que ao atingir essas áreas do planeta a pele dos humanos tende a clarear."Os seres humanos, diferentemente de outros primatas, têm muito pouco pelo no corpo. Por isso pensamos que a pigmentação da pele era uma barreira aos efeitos negativos dos raios ultravioletas que é tão intensa na África", diz Acuña.
Quando migraram para regiões no norte do planeta, onde os raios solares são muito mais escassos, elas não precisavam mais da pigmentação, uma proteção natural contra possíveis queimaduras e doenças como o câncer de pele.
Como explica Acuña, "em zonas com pouco sol, ter cor da pele mais clara permitia uma melhor absorção da luz ultravioleta, que é vital para a obtenção de vitamina D".
Isso explica por que, na própria Europa, as diferenças na cor da pele começaram a ocorrer. As peles mais claras tornaram-se mais frequentes no norte, enquanto no sul a população apresentava tons mais variados.
Em suma, a cor da pele desempenhou um papel fundamental na época em que essas gerações poderiam se adaptar ao meio ambiente de forma natural.
10% de antepassados
Com essa explicação, é óbvio que essa característica da evolução humana não se reduz somente aos ancestrais dos britânicos.De fato, como destaca Acuña, essa tendência a uma pigmentação cada vez mais clara não foi registrada apenas entre aqueles que chegaram ao norte da Europa.
"Os estudos indicam que processos evolutivos similares ocorreram também em populações que chegaram ao leste da Ásia e da África. Nesses locais também houve notáveis mudanças na pigmentação da pele das pessoas", diz o professor Acuña.
O especialista confirma que a atual população da Europa poderia ser portadora de não mais de 10% dos genes dos antepassados do grupo ao qual pertence o "homem de Cheddar".
"Aquela primeira população teve contato com outras, que migraram posteriormente. Essas 'desapareceram' como cultura arqueológica ao ser assimilada por outros grupos", disse Acuña à BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC.
Estima-se que o "homem de Cheddar" migrou da Europa continental para as ilhas britânicas ao final da Era de Gelo.
Seus restos foram encontrados em uma caverna próxima a Cheddar, na Inglaterra, em 1903, mas apenas com os avanços tecnológicos do século 21 que os cientistas conseguiram conhecer os primeiros ingleses.
GUERRA DE CEM ANOS .
A Guerra dos Cem Anos explodiu em 1337 e só terminou em 1453, quando
os franceses conseguiram expulsar definitivamente os ingleses do seu território.
O conflito retumba com o mais longo da História, tendo os franceses
saído com um leve gosto de vitória, ainda que mais tenha sido um empate
técnico.
A Guerra dos Cem
Anos foi um conflito envolvendo Inglaterra e França entre os anos de
1337 e 1453. Ambientado na França e com duração total de 116 anos,
encontra sua origem em questões econômicas e dinásticas pelo trono
francês. A guerra é notoriamente uma das mais famosas da história.
O conflito, devido à longa duração, ficou marcado por uma série de fatos peculiares, como inovação tecnológica na guerra, Peste Negra e a participação de dezenas de reis. Esta guerra revelou a famosa comandante militar — e atualmente santa — Joana d’Arc.
Muito antes do conflito, Inglaterra e França já possuíam forte rivalidade por diversos motivos, como o domínio inglês de territórios ao norte da França e a clara rivalidade comercial e militar sobre a Europa.
Séculos antes, em 1066, Guilherme, o Conquistador, um duque normando havia invadido e conquistado o trono inglês na Batalha de Hastings. Guilherme, um descendente dos vikings, embora tenha se tornado rei da Inglaterra, manteve estranhamente suas possessões na França, sendo vassalo do rei francês para estas terras como prezava o feudalismo.
Apesar do atrito existente entre ingleses e franceses, havia relativa paz. Mas tudo mudou quando Filipe IV, mais conhecido como Felipe, o Belo, morreu em 1314 sem deixar herdeiros. Eduardo III, rei da Inglaterra, era o parente mais próximo e reclamou o trono para si, os franceses não toleraram e invocaram uma antiga lei consuetudinária (baseada nos costumes), a Lei Sálica.
A Lei Sálica dizia que a linhagem real não poderia ser transmitida através da parte materna. Eduardo III era filho de Isabel, filha de Filipe IV, e o vínculo através de sua mãe o impossibilitaria de ascender ao trono da França, que logo foi ocupado por Filipe de Valois (filho do primo de Filipe, o Belo).
Durante algum tempo, Eduardo III, neto de Filipe IV, aceitou a sucessão do trono, mas as relações mudaram quando Filipe de Valois, agora Filipe V, passou a fornecer armamento e suprimentos aos escoceses para que enfrentasse os ingleses. Eduardo III então, como vingança, começou a reivindicar abertamente o trono francês.
Ao norte da antiga França, na atual Bélgica, encontrava-se a rica Flandres que possuía um forte vínculo comercial com a Inglaterra, de onde importava lã para sua confecção de tecidos. Por outro lado, localizava-se no território francês.
Os burgueses flamengos (habitantes de Flandres) se mostravam favoráveis aos ingleses para continuar a parceria comercial e se livrar dos impostos franceses. Por outro lado, os nobres (senhores feudais) eram vassalos do rei francês a quem se mantinham leais.
A Inglaterra, como os franceses para com os escoceses, também apoiou revoltas em Flandres contra os franceses, acabando por desencadear de vez a Guerra dos Cem Anos.
Além das acusações e ameaças mútuas, o rei da França confiscou o território da Aquitânia dos ingleses em 24 de maio de 1337, desencadeando a guerra que há muito se organizava. Eduardo III despachou um exército para que desembarcasse em Flandres.
Ao lado de Inglaterra e França uma porção de outros reinos e cidades importantes da Europa fizeram suas apostas, fazendo com que as dimensões do conflito crescessem bastante.
Em virtude do longo período, a Guerra dos Cem Anos é tradicionalmente dividida em três fases, quais sejam: Guerra Eduardiana (1337–1360); a Guerra Carolina (1369–1389); e a Guerra de Lancaster (1415–1453).
Há um quarto período incluso e referente à trégua que Inglaterra e França (1389–1415) selaram devido a graves problemas internos de cada país.
Ainda, o tamanho e o nome de cada período da guerra varia de acordo com as referências utilizadas, mas isso não prejudica em nada o aprendizado. Trata-se apenas de didáticas diferentes.
Guerra Eduardiana (1337–1360)
Marcada por grandes vitórias inglesas sobre os franceses, dando a indicar que a França estaria perdida. O período é marcado pela chegada da Peste Negra e encerrado com o tratado de paz de Brétigny em 1360. Este período abarcou as famosíssimas e arrasadoras vitórias inglesas de Crécy (1346) e Poitiers (1356).
Na guerra europeia da Baixa Idade Média, a infantaria ganhou importância, e surgiram as armas de pólvora. Essa mudança coincidiu com o desenvolvimento de exércitos mais profissionais, alguns dos quais eram verdadeiras forças mercenárias internacionais. O surgimento de Estados mais poderosos, sobretudo a Inglaterra e a França, significou que mais dinheiro podia ser investido na formação de exércitos, o que resultou em guerras de longa duração.
Guerra Carolina (1369–1389)
Fase em que a França conseguiu recuperar territórios perdidos para os ingleses. Grande parte do mérito das reconquistas recaem sobre duas pessoas, o rei Carlos V da França e principalmente sobre o seu competente comandante militar, Bertrand du Guesclin, também conhecido como A Águia da Bretanha e O Cão Negro de Brocéliande.
Trégua forçada (1389–1415)
Período de estagnação na guerra devido a fortes problemas internos tanto na Inglaterra quando na França. Na Inglaterra, Eduardo III havia morrido e seu sucessor, Ricardo II, mostrava-se incapaz logo sendo sucedido por Henrique IV. A França, por sua vez, encontrava-se literalmente nas mãos de um rei louco, Carlos VI.
Guerra de Lancaster (1415–1453)
O último período da guerra é marcado por uma avalanche de vitórias arrebatadoras da França, onde paulatinamente venciam os ingleses e se mostravam novamente a mais poderosa nação da Europa. Durante este período se destacou a jovem comandante Joana d’Arc a partir do Cerco de Orléans em 1429.
Joana d'Arc em Orléans
Joana d’Arc, a Virgem, que escutava “vozes” de santas para guiá-la na libertação da França. Joana foi beatificada em 1920, sendo a santa padroeira da França.
PRINCIPAIS BATALHAS DA GUERRA DOS CEM ANOS
A batalha de início da guerra teve início em 25 de junho de 1340 na Bélgica. A armada combinada da Inglaterra e de Flandres, embora em menor número, conseguiu uma grande vitória sobre franceses e genoveses na Batalha de Sluys.
A Batalha de Crécy (1346);
A Batalha de Calais (1347);
A Batalha de Poitiers (1356);
A Batalha de Cocherel (1364);
A Batalha de Azincourt (1415);
O Cerco a Orléans (1429);
A Batalha de Jargeau (1429);
O Cerco de Paris (1429);
A Batalha de Meung-sur-Loire (1429);
A Batalha de Patay (1429);
A Batalha de Formigny (1450);
Na Batalha de Azincourt Agincourt com pouco mais de 600 baixas fatais, os ingleses trucidaram o exército francês, infligindo quase 10 mil mortes e aprisionando centenas de nobres.
O FIM DA GUERRA
A última batalha da guerra só veio a ser travada em 17 de julho de 1453, a conhecida Batalha de Castillon, quando finalmente os ingleses se deram por vencidos.
As últimas tropas da Inglaterra se renderam incondicionalmente às francesas em 19 de outubro de 1453 em Bordeaux. A guerra terminou, mas nenhum tratado de paz foi formalizado para regularizar a relação entre os dois países.
Tecnicamente, a Guerra dos Cem Anos foi um empate. Mas fica evidente o gostinho de vitória dos franceses, que acabaram ficando mais unidos fortalecendo o conceito de nação.
CONSEQUÊNCIAS
Os ingleses perderam definitivamente seus territórios na França, também se encontrando grandemente endividados. Logo entrariam em guerra civil na chamada Guerra das Rosas.
A França, igualmente como os ingleses, sofreu graves privações financeiras em virtude da destruição de suas áreas agrícolas e rotas comerciais.
A guerra devastou o poder dos nobres (senhores feudais), acentuando implacavelmente o fim do Feudalismo. A nobreza saiu duramente enfraquecida e o seu grande orgulho, a cavalaria, antes dominante nos campos de batalha, entrou em colapso.
Por outro lado, o enfraquecimento do Feudalismo gerou o fortalecimento dos reis e a consequente formação dos estados modernos, onde muitos países envolvidos no conflito se unificaram e possibilitaram o Absolutismo. A França, inclusive, teria séculos depois o mais famoso rei absolutista, Luís XIV, o Rei Sol.
Ainda, tanto a França quanto a Inglaterra se encontravam atrasadas em relação a outros países, como Portugal que se dedicava às Grandes Navegações e estava prestes a conseguir exclusividade ao abrir nova rota de comércio às Índias.
O conflito, devido à longa duração, ficou marcado por uma série de fatos peculiares, como inovação tecnológica na guerra, Peste Negra e a participação de dezenas de reis. Esta guerra revelou a famosa comandante militar — e atualmente santa — Joana d’Arc.
Muito antes do conflito, Inglaterra e França já possuíam forte rivalidade por diversos motivos, como o domínio inglês de territórios ao norte da França e a clara rivalidade comercial e militar sobre a Europa.
Séculos antes, em 1066, Guilherme, o Conquistador, um duque normando havia invadido e conquistado o trono inglês na Batalha de Hastings. Guilherme, um descendente dos vikings, embora tenha se tornado rei da Inglaterra, manteve estranhamente suas possessões na França, sendo vassalo do rei francês para estas terras como prezava o feudalismo.
Apesar do atrito existente entre ingleses e franceses, havia relativa paz. Mas tudo mudou quando Filipe IV, mais conhecido como Felipe, o Belo, morreu em 1314 sem deixar herdeiros. Eduardo III, rei da Inglaterra, era o parente mais próximo e reclamou o trono para si, os franceses não toleraram e invocaram uma antiga lei consuetudinária (baseada nos costumes), a Lei Sálica.
A Lei Sálica dizia que a linhagem real não poderia ser transmitida através da parte materna. Eduardo III era filho de Isabel, filha de Filipe IV, e o vínculo através de sua mãe o impossibilitaria de ascender ao trono da França, que logo foi ocupado por Filipe de Valois (filho do primo de Filipe, o Belo).
Durante algum tempo, Eduardo III, neto de Filipe IV, aceitou a sucessão do trono, mas as relações mudaram quando Filipe de Valois, agora Filipe V, passou a fornecer armamento e suprimentos aos escoceses para que enfrentasse os ingleses. Eduardo III então, como vingança, começou a reivindicar abertamente o trono francês.
Ao norte da antiga França, na atual Bélgica, encontrava-se a rica Flandres que possuía um forte vínculo comercial com a Inglaterra, de onde importava lã para sua confecção de tecidos. Por outro lado, localizava-se no território francês.
Os burgueses flamengos (habitantes de Flandres) se mostravam favoráveis aos ingleses para continuar a parceria comercial e se livrar dos impostos franceses. Por outro lado, os nobres (senhores feudais) eram vassalos do rei francês a quem se mantinham leais.
A Inglaterra, como os franceses para com os escoceses, também apoiou revoltas em Flandres contra os franceses, acabando por desencadear de vez a Guerra dos Cem Anos.
Além das acusações e ameaças mútuas, o rei da França confiscou o território da Aquitânia dos ingleses em 24 de maio de 1337, desencadeando a guerra que há muito se organizava. Eduardo III despachou um exército para que desembarcasse em Flandres.
Ao lado de Inglaterra e França uma porção de outros reinos e cidades importantes da Europa fizeram suas apostas, fazendo com que as dimensões do conflito crescessem bastante.
Em virtude do longo período, a Guerra dos Cem Anos é tradicionalmente dividida em três fases, quais sejam: Guerra Eduardiana (1337–1360); a Guerra Carolina (1369–1389); e a Guerra de Lancaster (1415–1453).
Há um quarto período incluso e referente à trégua que Inglaterra e França (1389–1415) selaram devido a graves problemas internos de cada país.
Ainda, o tamanho e o nome de cada período da guerra varia de acordo com as referências utilizadas, mas isso não prejudica em nada o aprendizado. Trata-se apenas de didáticas diferentes.
Guerra Eduardiana (1337–1360)
Marcada por grandes vitórias inglesas sobre os franceses, dando a indicar que a França estaria perdida. O período é marcado pela chegada da Peste Negra e encerrado com o tratado de paz de Brétigny em 1360. Este período abarcou as famosíssimas e arrasadoras vitórias inglesas de Crécy (1346) e Poitiers (1356).
Na guerra europeia da Baixa Idade Média, a infantaria ganhou importância, e surgiram as armas de pólvora. Essa mudança coincidiu com o desenvolvimento de exércitos mais profissionais, alguns dos quais eram verdadeiras forças mercenárias internacionais. O surgimento de Estados mais poderosos, sobretudo a Inglaterra e a França, significou que mais dinheiro podia ser investido na formação de exércitos, o que resultou em guerras de longa duração.
Guerra Carolina (1369–1389)
Fase em que a França conseguiu recuperar territórios perdidos para os ingleses. Grande parte do mérito das reconquistas recaem sobre duas pessoas, o rei Carlos V da França e principalmente sobre o seu competente comandante militar, Bertrand du Guesclin, também conhecido como A Águia da Bretanha e O Cão Negro de Brocéliande.
Trégua forçada (1389–1415)
Período de estagnação na guerra devido a fortes problemas internos tanto na Inglaterra quando na França. Na Inglaterra, Eduardo III havia morrido e seu sucessor, Ricardo II, mostrava-se incapaz logo sendo sucedido por Henrique IV. A França, por sua vez, encontrava-se literalmente nas mãos de um rei louco, Carlos VI.
Guerra de Lancaster (1415–1453)
O último período da guerra é marcado por uma avalanche de vitórias arrebatadoras da França, onde paulatinamente venciam os ingleses e se mostravam novamente a mais poderosa nação da Europa. Durante este período se destacou a jovem comandante Joana d’Arc a partir do Cerco de Orléans em 1429.
Joana d'Arc em Orléans
Joana d’Arc, a Virgem, que escutava “vozes” de santas para guiá-la na libertação da França. Joana foi beatificada em 1920, sendo a santa padroeira da França.
PRINCIPAIS BATALHAS DA GUERRA DOS CEM ANOS
A batalha de início da guerra teve início em 25 de junho de 1340 na Bélgica. A armada combinada da Inglaterra e de Flandres, embora em menor número, conseguiu uma grande vitória sobre franceses e genoveses na Batalha de Sluys.
A Batalha de Crécy (1346);
A Batalha de Calais (1347);
A Batalha de Poitiers (1356);
A Batalha de Cocherel (1364);
A Batalha de Azincourt (1415);
O Cerco a Orléans (1429);
A Batalha de Jargeau (1429);
O Cerco de Paris (1429);
A Batalha de Meung-sur-Loire (1429);
A Batalha de Patay (1429);
A Batalha de Formigny (1450);
Na Batalha de Azincourt Agincourt com pouco mais de 600 baixas fatais, os ingleses trucidaram o exército francês, infligindo quase 10 mil mortes e aprisionando centenas de nobres.
O FIM DA GUERRA
A última batalha da guerra só veio a ser travada em 17 de julho de 1453, a conhecida Batalha de Castillon, quando finalmente os ingleses se deram por vencidos.
As últimas tropas da Inglaterra se renderam incondicionalmente às francesas em 19 de outubro de 1453 em Bordeaux. A guerra terminou, mas nenhum tratado de paz foi formalizado para regularizar a relação entre os dois países.
Tecnicamente, a Guerra dos Cem Anos foi um empate. Mas fica evidente o gostinho de vitória dos franceses, que acabaram ficando mais unidos fortalecendo o conceito de nação.
CONSEQUÊNCIAS
Os ingleses perderam definitivamente seus territórios na França, também se encontrando grandemente endividados. Logo entrariam em guerra civil na chamada Guerra das Rosas.
A França, igualmente como os ingleses, sofreu graves privações financeiras em virtude da destruição de suas áreas agrícolas e rotas comerciais.
A guerra devastou o poder dos nobres (senhores feudais), acentuando implacavelmente o fim do Feudalismo. A nobreza saiu duramente enfraquecida e o seu grande orgulho, a cavalaria, antes dominante nos campos de batalha, entrou em colapso.
Por outro lado, o enfraquecimento do Feudalismo gerou o fortalecimento dos reis e a consequente formação dos estados modernos, onde muitos países envolvidos no conflito se unificaram e possibilitaram o Absolutismo. A França, inclusive, teria séculos depois o mais famoso rei absolutista, Luís XIV, o Rei Sol.
Ainda, tanto a França quanto a Inglaterra se encontravam atrasadas em relação a outros países, como Portugal que se dedicava às Grandes Navegações e estava prestes a conseguir exclusividade ao abrir nova rota de comércio às Índias.
A REVOLTA ESCRAVA DE CARRANCAS - 1833.
A Revolta de Carrancas teve início no dia 13 de maio de 1833 nas
propriedades da família Junqueira, localizadas ao Sul de Minas Gerais. A
revolta começou na Fazenda Campo Alegre, de Gabriel Francisco
Junqueira, que era um dos principais políticos da Facção Liberal
Moderada e eleito deputado em 1831.
Na parte da manhã, os escravos já haviam tirado o leite e alimentado os animais, como bois vacas e cavalos. E a partir do meio-dia estavam trabalhando na roça, cuidando das plantações de milho, feijão, arroz, etc. Aquela tarde de 1833 seria fatídica e histórica.
O local estava sob os cuidados do filho do deputado, Gabriel Francisco de Andrade Junqueira, que na ausência do pai tomava conta dos negócios da fazenda. Ao meio-dia, como de costume, ele foi até a roça para supervisionar o trabalho dos cativos. Pediu para um escravo arriar o seu cavalo e saiu em direção à roça. Ao chegar lá não notou nada de estranho, porém a normalidade era apenas ilusória. Ainda montado em seu cavalo, ele foi surpreendido pelos escravos, liderados por Ventura Mina, que mataram-no com várias porretadas na cabeça.
Gabriel nesse momento era juiz de paz do distrito de São Tomé das Letras. Os escravos não atacaram a sede da fazenda Campo Alegre porque o terreiro da casa-grande estava fortalecido por capitães do mato. O grupo, então, se dirigiu à Fazenda Bela Cruz e se uniu a outros escravos daquela propriedade e assassinaram vários integrantes da família de José Francisco Junqueira, irmão do deputado, inclusive três crianças. O momento mais grave da revolta teve como palco a Fazenda Bela Cruz. Os escravos invadiram a propriedade e investiram diretamente contra José Francisco Junqueira e sua esposa Antônia Maria de Jesus, que se refugiaram em um quarto, mas não conseguiram escapar. O vassalo Antônio Retireiro pegou um machado na senzala e o entregou a Manoel das Vacas, que ficou tentando arrombar a porta enquanto Antônio voltou a senzala para buscar um revólver carregado. Após arrombarem a porta do cômodo, Antônio disparou no rosto de José Francisco Junqueira. Além disso, todos os outros presentes no quarto foram massacrados, como a mulher, filhas e netas de José
Ana Cândida Costa, viúva de José Francisco Junqueira, foi a próxima vítima. Ela foi assassinada a golpes de foice no quintal da fazenda pelos escravos Sebastião, Pedro Congo, Manoel Joaquim e Bernardo. Ana foi encontrada em um estado deplorável, seu rosto estava desfigurado e sua cabeça não estava unida ao corpo. Além dela, mais três crianças também foram mortas com requintes de crueldade. Uma das testemunhas interrogadas sobre o caso, Raimundo José Rodrigues, afirma que mesmo depois de mortos as vítimas foram castradas e tiveram as mãos machucadas com pedras.
Os escravos rebeldes de Carrancas após serem capturados foram punidos. Dezesseis foram condenados à pena de morte por enforcamento e executados em praça pública. Alguns foram condenados como cabeça da revolução, de acordo com o Artigo 113 do Código Criminal que determinava pena de morte para crimes assim. Outros foram punidos pelo crime de homicídio qualificado, segundo o Artigo 192 do mesmo código.
Na parte da manhã, os escravos já haviam tirado o leite e alimentado os animais, como bois vacas e cavalos. E a partir do meio-dia estavam trabalhando na roça, cuidando das plantações de milho, feijão, arroz, etc. Aquela tarde de 1833 seria fatídica e histórica.
O local estava sob os cuidados do filho do deputado, Gabriel Francisco de Andrade Junqueira, que na ausência do pai tomava conta dos negócios da fazenda. Ao meio-dia, como de costume, ele foi até a roça para supervisionar o trabalho dos cativos. Pediu para um escravo arriar o seu cavalo e saiu em direção à roça. Ao chegar lá não notou nada de estranho, porém a normalidade era apenas ilusória. Ainda montado em seu cavalo, ele foi surpreendido pelos escravos, liderados por Ventura Mina, que mataram-no com várias porretadas na cabeça.
Gabriel nesse momento era juiz de paz do distrito de São Tomé das Letras. Os escravos não atacaram a sede da fazenda Campo Alegre porque o terreiro da casa-grande estava fortalecido por capitães do mato. O grupo, então, se dirigiu à Fazenda Bela Cruz e se uniu a outros escravos daquela propriedade e assassinaram vários integrantes da família de José Francisco Junqueira, irmão do deputado, inclusive três crianças. O momento mais grave da revolta teve como palco a Fazenda Bela Cruz. Os escravos invadiram a propriedade e investiram diretamente contra José Francisco Junqueira e sua esposa Antônia Maria de Jesus, que se refugiaram em um quarto, mas não conseguiram escapar. O vassalo Antônio Retireiro pegou um machado na senzala e o entregou a Manoel das Vacas, que ficou tentando arrombar a porta enquanto Antônio voltou a senzala para buscar um revólver carregado. Após arrombarem a porta do cômodo, Antônio disparou no rosto de José Francisco Junqueira. Além disso, todos os outros presentes no quarto foram massacrados, como a mulher, filhas e netas de José
Ana Cândida Costa, viúva de José Francisco Junqueira, foi a próxima vítima. Ela foi assassinada a golpes de foice no quintal da fazenda pelos escravos Sebastião, Pedro Congo, Manoel Joaquim e Bernardo. Ana foi encontrada em um estado deplorável, seu rosto estava desfigurado e sua cabeça não estava unida ao corpo. Além dela, mais três crianças também foram mortas com requintes de crueldade. Uma das testemunhas interrogadas sobre o caso, Raimundo José Rodrigues, afirma que mesmo depois de mortos as vítimas foram castradas e tiveram as mãos machucadas com pedras.
Os escravos rebeldes de Carrancas após serem capturados foram punidos. Dezesseis foram condenados à pena de morte por enforcamento e executados em praça pública. Alguns foram condenados como cabeça da revolução, de acordo com o Artigo 113 do Código Criminal que determinava pena de morte para crimes assim. Outros foram punidos pelo crime de homicídio qualificado, segundo o Artigo 192 do mesmo código.
Jean-Baptiste Debret .
A convite da Coroa Portuguesa, o francês Jean-Baptiste Debret pintou
“Aplicação do Castigo do Açoite” no século 19, obra que representa
sessões de tortura aplicadas aos negros durante a escravidão no Brasil.
sexta-feira, 24 de maio de 2019
Simão Manuel Alves Juliano.
Simão Manuel Alves Juliano, marinheiro que resgatou 13 sobreviventes do
naufrágio em que estava em 1853, ficando conhecido como “Simão
Salvador”. Entre várias homenagens, recebeu uma medalha de ouro do
próprio Imperador D. Pedro II com a inscrição “Ama ao próximo como a ti
mesmo”
A Princesa Elizabeth.
1948 - A Princesa Elizabeth segura orgulhosamente o seu filho infante, Príncipe Charles, após a cerimónia de batismo no palácio de Buckingham.
O príncipe foi batizado com o nome Charles Philip Arthur George. O seu pai, o Duque de Edimburgo, está atrás, apenas parcialmente visível.
O príncipe foi batizado com o nome Charles Philip Arthur George. O seu pai, o Duque de Edimburgo, está atrás, apenas parcialmente visível.
200 ANOS DE VITÓRIA.
Naquela época incerta, ela foi um alento para a familia real, repleta
se príncipes velhos, obesos e imorais que careciam de descendentes
legítimos. Vitória subiu ao trono aos 18 anos e dele somente saiu
63 anos depois, quando faleceu. Durante seu reinado, o império
britânico viveu uma era magna, repleta de crescimento e desenvolvimento.
Tanto assim que ela deu nome a uma era.
Vitória representou ao mesmo tempo um ideal de monarca e de matriarca. O
amor exemplar de um casamento bem sucedido entre ela e seu amado
Príncipe Albert guiaram a noção do que se deveria entender como moral
doméstica durante décadas a fio.
Atualmente, os monarcas de Reino Unido, Noruega, Dinamarca, Suécia e Espanha descendem de Vitória. Os pretendentes aos tronos da Romênia, da Prússia e da Grécia também.
Atualmente, os monarcas de Reino Unido, Noruega, Dinamarca, Suécia e Espanha descendem de Vitória. Os pretendentes aos tronos da Romênia, da Prússia e da Grécia também.
quinta-feira, 23 de maio de 2019
Fatos curiosos que não sabemos sobre a historia do Brasil Imperial.
• Quando D. Pedro II do Brasil subiu ao trono, em 1840, 92% da população brasileira era analfabeta.
Em seu último ano de reinado, em 1889, essa porcentagem era de 56%, devido ao seu grande incentivo a educação, a construção de faculdades e, principalmente, de inúmeras escolas que tinham como modelo o excelente Colégio Pedro II.
Em seu último ano de reinado, em 1889, essa porcentagem era de 56%, devido ao seu grande incentivo a educação, a construção de faculdades e, principalmente, de inúmeras escolas que tinham como modelo o excelente Colégio Pedro II.
• A
Imperatriz Teresa Cristina cozinhava as próprias refeições diárias da
família imperial apenas com a ajuda de uma empregada (paga com o salário
de Pedro II).
• (1880) O Brasil era a 4º economia do Mundo e o 9º maior Império da história.
• (1860-1889) A média do crescimento econômico foi de 8,81% ao ano.
• (1880) Eram 14 impostos, atualmente são 98.
• (1850-1889) A média da inflação foi de 1,08% ao ano.
• (1880) A moeda brasileira tinha o mesmo valor do dólar e da libra esterlina.
• (1880) O Brasil tinha a segunda maior e melhor marinha do Mundo, perdendo apenas para a da Inglaterra.
• (1860-1889) O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo no Mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais.
• (1880) O Brasil foi o maior construtor de estradas de ferro do Mundo, com mais de 26 mil km.
• A imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano quanto para falar mal do nosso Imperador.
"Diplomatas europeus e outros observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros" conta o historiador José Murilo de Carvalho.
Mesmo diante desses ataques, D. Pedro II se colocava contra a censura. "Imprensa se combate com imprensa", dizia.
• O Maestro e Compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” foi sustentado por Pedro II até atingir grande sucesso mundial.
• Pedro II mandou acabar com a guarda chamada Dragões da Independência por achar desperdício de dinheiro público. Com a república a guarda voltou a existir.
• Em 1887, Pedro II recebeu os diplomas honorários de Botânica e Astronomia pela Universidade de Cambridge.
• D. Pedro II falava 23 idiomas, sendo que 17 era fluente.
• A primeira tradução do clássico árabe “Mil e uma noites” foi feita por D. Pedro II, do árabe arcaico para o português do Brasil.
• D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para instituições de caridade e incentivos para educação com ênfase nas ciências e artes.
• Pedro II fez um empréstimo pessoal a um banco europeu para comprar a fazenda que abrange hoje o Parque Nacional da Tijuca. Em uma época que ninguém pensava em ecologia ou desmatamento, Pedro II mandou reflorestar toda a grande fazenda de café com mata atlântica nativa.
• A mídia ridicularizava a figura de Pedro II por usar roupas extremamente simples, e o descaso no cuidado e manutenção dos palácios da Quinta da Boa Vista e Petrópolis. Pedro II não admitia tirar dinheiro do governo para tais futilidades. Alvo de charges quase diárias nos jornais, mantinha a total liberdade de expressão e nenhuma censura.
• D. Pedro II andava pelas ruas de Paris em seu exílio sempre com um saco de veludo ao bolso com um pouco de areia da praia de Copacabana. Foi enterrado com ele.
Fonte: Biblioteca Nacional RJ, IMS RJ, Diário de Pedro II, Acervo Museu Imperial de Petrópolis RJ, IHGB, FGV, Museu Nacional RJ, Bibliografia de José Murilo de Carvalho.
• (1880) O Brasil era a 4º economia do Mundo e o 9º maior Império da história.
• (1860-1889) A média do crescimento econômico foi de 8,81% ao ano.
• (1880) Eram 14 impostos, atualmente são 98.
• (1850-1889) A média da inflação foi de 1,08% ao ano.
• (1880) A moeda brasileira tinha o mesmo valor do dólar e da libra esterlina.
• (1880) O Brasil tinha a segunda maior e melhor marinha do Mundo, perdendo apenas para a da Inglaterra.
• (1860-1889) O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo no Mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais.
• (1880) O Brasil foi o maior construtor de estradas de ferro do Mundo, com mais de 26 mil km.
• A imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano quanto para falar mal do nosso Imperador.
"Diplomatas europeus e outros observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros" conta o historiador José Murilo de Carvalho.
Mesmo diante desses ataques, D. Pedro II se colocava contra a censura. "Imprensa se combate com imprensa", dizia.
• O Maestro e Compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” foi sustentado por Pedro II até atingir grande sucesso mundial.
• Pedro II mandou acabar com a guarda chamada Dragões da Independência por achar desperdício de dinheiro público. Com a república a guarda voltou a existir.
• Em 1887, Pedro II recebeu os diplomas honorários de Botânica e Astronomia pela Universidade de Cambridge.
• D. Pedro II falava 23 idiomas, sendo que 17 era fluente.
• A primeira tradução do clássico árabe “Mil e uma noites” foi feita por D. Pedro II, do árabe arcaico para o português do Brasil.
• D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para instituições de caridade e incentivos para educação com ênfase nas ciências e artes.
• Pedro II fez um empréstimo pessoal a um banco europeu para comprar a fazenda que abrange hoje o Parque Nacional da Tijuca. Em uma época que ninguém pensava em ecologia ou desmatamento, Pedro II mandou reflorestar toda a grande fazenda de café com mata atlântica nativa.
• A mídia ridicularizava a figura de Pedro II por usar roupas extremamente simples, e o descaso no cuidado e manutenção dos palácios da Quinta da Boa Vista e Petrópolis. Pedro II não admitia tirar dinheiro do governo para tais futilidades. Alvo de charges quase diárias nos jornais, mantinha a total liberdade de expressão e nenhuma censura.
• D. Pedro II andava pelas ruas de Paris em seu exílio sempre com um saco de veludo ao bolso com um pouco de areia da praia de Copacabana. Foi enterrado com ele.
Fonte: Biblioteca Nacional RJ, IMS RJ, Diário de Pedro II, Acervo Museu Imperial de Petrópolis RJ, IHGB, FGV, Museu Nacional RJ, Bibliografia de José Murilo de Carvalho.
quarta-feira, 22 de maio de 2019
terça-feira, 21 de maio de 2019
O FERRO EM BRASA.
No século IV já existiam formas de alisar as roupas. Mais o ferro surgi
no século XVII com modelos a brasa. Posteriormente surge o ferro a vapor
industrial e em 1882 o ferro elétrico de Henry W. Seely. Mais o ferro a
brasa fez sucesso no Brasil colônia, onde escravas e donzelas prendadas
mostravam suas prendas.
200 anos atrás, nascia uma das rainhas mais poderosas, influentes e famosas da história.
200 anos atrás, nascia uma das rainhas mais poderosas, influentes e famosas da história.
Falar sobre Victoria, sua vida e reinado, requer muito tempo.
Ela foi a imagem do apogeu do império britânico, foram quase 64 anos de reinado, o segundo mais longo do Reino Unido.
Seus filhos, netos e bisnetos se espalharam por todas as monarquias europeias e ela ficou conhecida com a avó da Europa.
Teve uma longa vida para época, intensa, perdeu as pessoas que mais amou e ainda viveu por um longo período depois dessas perdas.
Deixou um grande legado para o mundo, desde costumes até vestimentas.
Seu impacto na história foi tão grande que ela deu nome à uma era: A Era Vitoriana.
Falar sobre Victoria, sua vida e reinado, requer muito tempo.
Ela foi a imagem do apogeu do império britânico, foram quase 64 anos de reinado, o segundo mais longo do Reino Unido.
Seus filhos, netos e bisnetos se espalharam por todas as monarquias europeias e ela ficou conhecida com a avó da Europa.
Teve uma longa vida para época, intensa, perdeu as pessoas que mais amou e ainda viveu por um longo período depois dessas perdas.
Deixou um grande legado para o mundo, desde costumes até vestimentas.
Seu impacto na história foi tão grande que ela deu nome à uma era: A Era Vitoriana.
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