sábado, 16 de março de 2019

16 de março de 1843 - Fundação de Petrópolis, no Rio de Janeiro.

Em 1822, o imperador brasileiro dom Pedro I, a caminho de Minas Gerais pelo Caminho do Ouro, hospedou-se na fazenda do padre Correia e ficou encantado com a região. Adquiriu uma fazenda vizinha, a Fazenda do Córrego Seco, que passou a ser chamada Imperial Fazenda da Córrego Seco, onde pretendia construir um palácio.
Seu filho, dom Pedro II, em 16 de março de 1843, assinou um decreto imperial pelo qual determinava o assentamento de uma povoação (a ser formada com a vinda de imigrantes alemães) e a construção do sonhado palácio de verão, cuja pedra fundamental foi assentada pelo Imperador em maio de 1845, e que ficou pronto em 1847.
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Até a chegada da estrada de ferro, em 1884, são necessárias quatro horas a partir de Rio para alcançar, por uma ladeira íngreme, esse lugar
empoleirado na Serra da Estrela. Com um pouco de imaginação, o clima, que a altitude torna mais fresco, e a paisagem rochosa podem lembrar a Suíça.
Em 1857, Petrópolis é elevada ao nível de cidade. A família imperial acabara de instalar-se no palácio cor-de-rosa decorado por Manuel de Araújo Porto Alegre. Nessa época, os hotéis chiques, as corridas hípicas e as festas organizadas pelo Jockey Club, as casas de veraneio da alta sociedade e dos diplomatas estrangeiros, as exposições de horticultura dão um brilho mundano à temporada em Petrópolis.
Ao longo de seu reinado, D. Pedro II tende a prolongar suas estadas por lá. A partir de 1884, o trajeto que vai da Corte à pequena cidade serrana é encurtado graças à estrada de ferro, e não leva mais do que uma hora. O imperador, que está envelhecendo, pode então descer à capital somente quando se faz necessária sua presença ali.
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FONTE: "A História do Rio de Janeiro", por Armelle Enders

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