O fortalecimento do Partido Republicano levou o gabinete de João Alfredo
de Oliveira (Partido Conservador) dar apoio direto as maltas de
capoeiras da região da Lapa e Santana que formaria a temida Guarda
Negra.
Ela foi reunida por José do Patrocínio, em 25 de setembro de
1888, na redação do jornal Cidade do Rio, como um grupo de proteção a
Monarquia, diante dos exaltados discursos de republicanos, nos comícios
ao redor da cidade..
As milícias ou maltas de
capoeiras do grupo Nagoa da região do Santana e do largo da Lapa foi
nomeada Guarda Negra pela imprensa carioca, ao relatar a onda de
violência nos comícios republicanos promovidos por Silva Jardim. Estes
locais eram controlados politicamente pelo Partido Conservador.
No
entanto, a formação da Guarda Negra foi posterior as rivalidades entre
Guayamus e Nagóas diante do fim escravidão. Parte do grupo Guayamus e a
maioria dos membros dos Nagóas se reuniram em torno do Partido
Conservador por sua gratidão a Princesa Isabel e o gabinete João
Alfredo.
Dessa união surgiu a Guarda Negra da Redentora. Era o
inicio de uma campanha para dar aos ex-escravos educação e
alfabetização, para se adaptarem a liberdade e se integrarem a
sociedade.
A integração seria pelo trabalho no comércio urbano ou
nas áreas rurais como assalariados, seguindo as orientações da
Confederação Abolicionista.
Só que Patrocínio não pensava que essa
inclusão deveria incorporar as impressões de ódio e rancor dos negros
para com seu meio social. Pois os ex-cativos tiveram contato com esta
sociedade em cotidiano, quando ainda eram escravos.
Os negros que
integravam as maltas já viviam no meio urbano seja como livres ou
escravos. Também tiveram contato com o meio político através dos
interesses mútuos entre as maltas e os Partidos.
Para eles, a
abolição significava criar um partido político para eliminaria à
discriminação dos brancos e promoveria o acesso a terra para os negros.
Mesmo com a perspectiva de transformações com a Lei Áurea, a condição
social ou econômica do negro não mudou com a abolição.
Seu status
como cidadão foi permitido através do controle político e ideológico dos
partidos no período de transição entre Monarquia e República.
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