A sinistra história de Gregório Fortunato, guarda-costas pessoal de
Vargas e um dos principais envolvidos no desencadeamento final da crise
que culminou no suicídio do ex-presidente.
Gregório Fortunato, também conhecido como Anjo Negro, foi amigo pessoal e chefe da segurança de Getúlio Vargas.
Filho de pessoas escravizadas, Gregório nasceu em São Borja(mesma
cidade de Getúlio). No município gaúcho se destacou pelo trabalho
realizado em várias fazendas, como vigia e capataz. Quando
estourou a revolta constitucionalista de 1932, Gregório se alistou no
exército Riograndense e conheceu Benjamin Vargas, irmão de Getúlio, os
dois tornaram-se amigos. O que garantiu a Fortunato conhecer o
presidente e fazer parte de sua guarda pessoal. Com a inteligência acima
da média, corpo robusto e lealdade à família Vargas, Gregório logo se
tornou principal guarda-costas e amigo pessoal do presidente. Jurou
lealdade e proteção nem que pra isso precisasse matar ou morrer, como
chefe de segurança, mantinha os olhos bem abertos 24 horas por dia,
dizem seus biógrafos, que o Anjo Negro dormia apenas 4 horas por noite.
No início dos anos de 1950, com a crise do governo Vargas, e sucessivas
denúncias de corrupção, inclusive algumas envolvendo o nome de
Gregorio, o mandato de Getúlio foi colocado a prova por seus críticos, o
mais empenhado deles era Carlos Lacerda. Em 1954 Lacerda e um major da
aeronáutica foram emboscados na rua toneleros, Rio de Janeiro, evento
historicamente conhecido como "Atentado da rua Toneleros", o opositor de
Getúlio ficou ferido no pé, mas o militar não teve a mesma sorte e
acabou morrendo. O ocorrido foi a gota d'água para o agravamento da
crise política, que terminou no suicídio de Getúlio.
Acusado de ser o
mandante do atentado e caçado pela polícia do exército e justiça
brasileira, Fortunato foi julgado e condenado a 25 anos de prisão, antes
da sentença, revelou que tinha um caderno de anotações com o nome de
muitas pessoas importantes que participaram de esquemas de corrupção.
Anos após sua prisão, o Anjo Negro foi assassinato por um outro detento,
o Ministério Público apontou suspeita de queima de arquivo, o processo
foi rapidamente arquivado, e o caderno, que ficava em posse de
Fortunato, dentro da prisão, desapareceu.
Joel Paviotti e a página Iconografia da historia.Autoria.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGostei do artigo foi muito útil. Valeu!!!!!!
ResponderExcluirEsta, era uma parte da história que eu, desconhecia. Obrigada.
ResponderExcluirSe naquela época era assim, imagina agora com esse governo que hj temos... Nd mudou!
ResponderExcluirOlá, vi que está publicando muitos textos nossos sem citar que foi escrito pelo Joel Paviotti e a página Iconografia da historia. Gostaríamos que retificasse e colocasse os créditos ao autor. Caso contrário teremos que entrar em contato através do nosso setor jurídico
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