Há exatamente 500 anos o monge e professor agostiniano Martinho Lutero pregou na porta Igreja do Castelo de Wittenberg folhas de papel que continham as famosas 95 teses. Esse documento questionava dogmas católicos e a postura de monopolização do contato com Deus promovido pela Igreja Católica Apostólica Romana. Lutero escreveu sobre a força da fé e a leitura e livre interpretação da bíblia pelas pessoas. Foi responsável por iniciar um movimento que se expandiu pela Alemanha, estendendo-se pela Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do Leste europeu, principalmente os Países Bálticos e a Hungria. Esse movimento é conhecido como Reforma Protestante e se caracterizou pela divisão da chamada Igreja do Ocidente, entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes, originando o protestantismo.
O fato histórico deu origem a novas interpretações bíblicas e a possibilidade da salvação pela fé e possibilitou a quebra do monopólio de interpretação bíblica e litúrgica das mãos da igreja católica, incentivando o nascimento de novos cultos, doutrinas e o surgimento de novas liturgias.
Além de todas essas mudanças, os reformistas religiosos abriram espaço para a constituição da laicidade do Estado(separação entre Estado e Igreja), pois muitos desses homens e mulheres foram perseguidos por poderosos monarcas que governavam sob a égide da igreja católica.
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