quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Igreja da Santa Cruz.....nesta igreja de Roma temos reliquias : Pregos, espinhos e reliquia da cruz de Cristo. Padre José de Anchieta.


CARNAÚBEIRAS NO SERTÃO DO CEARÁ.

Nomes populares: carnaúba, carnaíva, carandaúba
Nome científico: Copernicia prunifera (Miller) H. E. Moore.
Pode ser encontrada em todo o nordeste brasileiro e no Ceará, onde a espécie é considerada árvore símbolo do estado. Ocorre em diversas áreas, principalmente em vales, rios e áreas alagadas.
A carnaúba é um palmeira que chega a atingir até 15 m de altura. As folhas são longas (0,60 - 1,0 m) com coloração verde-clara. As flores são pequenas de cor creme e distribuídas em uma inflorescência longa (3,0 - 4,0 m). Os frutos são carnosos e pretos quando maduros.
Da carnaúba podem ser utilizadas todas as partes da planta, por isso também é denominada “Árvore da Vida”. A espécie apresenta uma multiplicidade de usos, e a cera é empregada nas indústrias polidora, de informática, alimentícia, farmacêutica e de cosméticos.
Ela está presente na composição de bombons, escovas de dente, microchips e peças de computador. A carnaúba tem ótimo aspecto paisagístico podendo ser plantada em parques, jardins e avenidas.
Texto: Associação Caatinga
Foto: Helloysa Sampaio

Dia Nacional do Catequista.

Hoje, dia em que dedicamos aos catequistas, quero homenagear a todos aqueles que se dedicam de coração a semear a palavra de Deus e em especial enviar meu fraterno abraço a todos os catequistas do Santuário de Nossa Senhora dos Prazeres e comunidades!

No dia 31 de agosto de 1763, ocorre a transferência da capital do Vice-Reino do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro.

A transferência da capital tem relação com a importância que o Rio de Janeiro adquiriu com a exploração de jazidas de ouro em Minas Gerais, no século XVIII: a proximidade levou à consolidação da cidade como proeminente centro portuário e econômico.
Na imagem, pintura do Rio de Janeiro, por Alessandro Cicarelli.

Viva a História.


O analfabeto Político - Bertolt Brecht


quarta-feira, 30 de agosto de 2017

De acordo com a NASA, Las Vegas é a cidade mais brilhante da Terra quando vista do espaço.


Em 1960, o maratonista etíope Abebe Bikila ganhou a medalha de ouro nas olimpíadas de Roma com os pés descalços!

Abebe foi o primeiro homem a vencer duas maratonas olímpicas e é considerado por muitos especialistas como o maior maratonista de todos os tempos.

Após a corrida, entrevistado e perguntado porque havia corrido descalço, Bikila respondeu que "queria que o mundo soubesse que meu país, a Etiópia, sempre tinha conseguido suas vitórias com heroísmo e determinação".

Timor Leste.

Em 30 de agosto de 1999 Após plebiscito, o Timor Leste decide pela independência da Indonésia. Isso iniciaria um período de brutalidade capitaneada por milícias pró-indonésias.

Joaquim Nabuco.

No dia 30 de agosto de 1880, no contexto da escravidão no Brasil, a Câmara rejeita, por 77 votos a 16, projeto de JOAQUIM NABUCO para acabar com a escravidão gradualmente até 1890.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Populares derrubaram um bonde em protesto durante a revolta Rio de Janeiro, foto publicada na revista da semana de 27 de novembro de 1904.

A Revolta da Vacina foi uma revolta popular ocorrida na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. Ocorreram vários conflitos urbanos violentos entre populares e forças do governo (policiais e militares).
Uma das primeiras e mais importantes revoltas populares durante a primeira República, em busca dos direitos da população pobre, a Revolta da Vacina eclodiu em 1904 no Rio de Janeiro. Os insurgentes se revoltaram devido à violência utilizada contra a população para a vacinação forçada durante a operação montada por Oswaldo Cruz.
A determinação era a de que os agentes sanitários entrassem nas casas das pessoas, desnudassem mulheres e crianças, em sua maioria contra sua vontade, para aplicar a vacina contra a febre amarela e varíola.

Albert Einstein visita o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em 1925.

Acompanhado de um rabino e do então diretor do Jardim Botânico, Pacheco Leão, Einstein fez uma visita de cerca de 2 horas pelo local. Hospedado na região da Glória, o JBRJ foi o ponto auge de um "agradável passeio pela Zona Sul do Rio de Janeiro". Os registros de sua visita e admiração pelo arboreto constam no livro de visitantes do JBRJ e no livro "Impressões da viagem de Einstein ao Brasil".
"Saíram numa comitiva de sete carros fazendo um passeio pela cidade, até chegarem ao Jardim Botânico. Einstein estava deslumbrado com tudo o que via. Do Diretor do Jardim Botânico, Pacheco Leão, ouviu as estórias sobre o jequitibá, uma das maiores árvores da flora brasileira, e suas aplicações tanto para construção como para uso medicinal. O Jardim Botânico e a flora, de modo geral - superava os sonhos das 1001 noites. Tudo parecia viver e crescer a olhos vistos". (Impressões da viagem de Einstein ao Brasil - adaptação romanceada feita por Alfredo Tiomno Tolmasquim, a partir das anotações e diários do cientista e fontes orais e documentais)
Segundo consta, uma árvore em especial teria chamado atenção do ilustre visitante: o Jequitibá. Pacheco Leão foi apresentando cada espécie botânica do local ao cientista. Quando este ouviu que o Jequitibá era uma das maiores árvores brasileiras e suas aplicações tanto para construção como para uso medicinal, Einstein teria abraçado e beijado sua gigantesca raiz.
No entanto, o cientista parecia estar deslumbrado com tudo o que via, e não apenas com o Jequitibá, tendo comparado o local as história de mil e uma noites. Por fim, registrou no livro de visitas do JBRJ o seguinte texto:
"A visita ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro na agradável e amável companhia do Professor Pacheco Leão significa para mim um dos maiores acontecimentos que tive mediante impressões visuais (externas). Quero aqui mais uma vez expressar meus profundos agradecimentos".

O "Verão da Lata", em setembro de 1987.

O verão de 1987/88 foi marcado por um inusitado acontecimento, que começou na primavera, lançando moda e modificando a vida de muita gente. Numa manhã de setembro, as praias foram tomadas por latas de aço. Precisamente 15 mil delas. Dentro de cada uma, um quilo e meio de maconha, prensada e embalada a vácuo.
A viagem seguia tranquila até que os tripulantes do cargueiro foram informados via rádio de que a Polícia Federal e a Marinha do Brasil já estavam cientes do conteúdo de sua carga – mais de 20 toneladas de maconha prensada, em latas cilíndricas de 2 quilos cada.
Sabendo do problema que teriam caso a Polícia chegasse ao navio, a tripulação jogou ao mar todas as latas.
Em pouco tempo as praias de São Paulo, Espírito Santo e principalmente as do Rio de Janeiro receberam suas primeiras latas perdidas.
O Rio de Janeiro vivia uma das suas piores secas de maconha. As que eram vendidas eram de baixo THC e caras.
No entanto, a que veio do mar não era a Cannabis Sativa, de origem africana, consumida no Brasil, mas a Cannabis Indica, asiática, muito mais potente, algo até então desconhecido para os brasileiros.
Não demorou muito para que a notícia se espalhasse, e logo os pescadores não estavam se importando tanto assim com os peixes, pessoas acampavam na praia em busca de garantir a sua e os surfistas se utilizavam de suas pranchas para chegar mais rápido às latas que ainda não haviam chegado ao solo.
Os pescadores, mesmo que não apreciadores do produto, agora se lançavam ao mar em busca da maior quantidade possível de latas. Afinal de contas, eram milhares de latas ao mar e eles lucravam vendendo-as a um preço de banana.
A tripulação do Solana Star conseguiu fugir, e apenas o cozinheiro do navio foi pego. Acusado de participação do narcotráfico internacional, ele foi preso, mas liberto menos de dois anos depois.
O cargueiro foi leiloado e teve seu nome alterado para Tunamar. Porém, em sua primeira viagem como Tunamar, naufragou perto do Arraial do Cabo, no litoral fluminense.
A polícia conseguiu apreender cerca de 2.563 latas. O que não foi nem 30% da carga lançada ao mar.

domingo, 27 de agosto de 2017

Após a bomba lançada em Hiroshima, o nome de Yoshito Matsushige entrou para a história como o único fotógrafo a registrar a devastação causada, sob o ponto de vista das vítimas. As cinco imagens, por ele tiradas, foram as únicas registradas minutos depois do ataque e que sobreviveram durante a revelação.

O cenário, congelado nas fotografias granuladas, se apresenta repleto de fumaça. Com as roupas rasgadas e com os cabelos queimados, as pessoas denunciam a gravidade da situação. Morador de Hiroshima, Yoshito vagou pelas ruas durante dez horas, registrando apenas uma parte do horror pelo qual os cidadãos japoneses passaram.
Ao anoitecer daquele longo dia doloroso, o fotógrafo precisou revelar as fotos de forma primitiva, vez que todas as câmaras de revelação haviam sido destruídas. Sob a luz das estrelas e com a cidade ainda fumegando, Yoshito lavou o filme em um riacho e, posteriormente, o pendurou em um galho de uma árvore carbonizada.
Após aqueles registros valiosos serem publicados no jornal "Chugoku Shimbun", as cinco fotos sobreviventes daquele dia foram publicadas também na Life Magazine, sob o título “First Pictures—Atom Blasts Through Eyes of Victims”, em 29 de setembro de 1952.
Na foto, vítimas da bomba atômica em Hiroshima aguardam atendimento na ponte Miyuki, a dois quilômetros do marco zero, minutos após a explosão.

A futura rainha Elizabeth II servindo no exército, 1945.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a futura Rainha da Inglaterra serviu no Serviço de Auxiliares Territoriais Feminino, como mecânica e motorista de ambulância.
Nesta foto, a princesa Elizabeth recebeu um relógio de presente da corporação.

Time de futsal da AABB de Serra Branca - PB 18/11/1981.

Equipe Vice-campeã do 1° Torneio de Futebol de Salão de Serra Branca - PB AABB
Em pé: Antônio Fernandes, João Tourinho, Gilmar de Rebolo e Marcos (árbitro)Agachados: Rebolo, juca e Jonas. 18/11/1981.

Eduardo Galeano.


Nenem (Gilmar Ribeiro De Araujo) com os poetas compositores Nanado Alves e Chiquinho de Belém


A Rainha do cariri - Serra Branca - PB


José Bonifácio de Andrada e Silva.


sábado, 26 de agosto de 2017

Iuri Alekseievitch Gagarin foi um cosmonauta soviético e o primeiro homem a viajar pelo espaço, em 12 de abril de 1961, a bordo da Vostok 1.

O jovem major soviético Yuri Gagarin (1934-1968) pronunciou uma curta exclamação, ouvida por todo o mundo com o mais absoluto assombro: "A Terra é azul!" Era 12 de abril de 1961 e o cosmonauta estava na órbita do planeta a bordo da cápsula Vostok I, vendo-o com um distanciamento até então impensável.Gagarin tinha 27 anos quando encarou a missão confiada pelo Governo soviético. Passou uma hora e 48 minutos em órbita, voltou cheio de impressões sobre a Terra vista de longe e deixou os americanos perplexos. Gagarin virou herói internacional com aura de mito ao transpor as fronteiras do globo, acirrando a Guerra Fria de tecnologias e egos travada entre EUA e URSS. Os americanos só teriam um astronauta em órbita em fevereiro de 1962, quando John Glenn deu três voltas completas em torno da Terra.

Releitura da obra: Escravidão e mudança social na África de Alberto da Costa, feito pela aluna Camila Sousa Lopes da Escola Estadual de Ensino Médio Senador José Gaudêncio, desenvolvido através do projeto: Pintando a História. 18/08/2017.


Releitura da obra: Índio Tupiniquim de Albert Eckhant, feito pelo aluno Juan Carlos Guilherme Lopes do 2° A da Escola Estadual de Ensino Médio Senador José Gaudêncio, desenvolvido através do projeto: Pintando a História. 04/08/2017.


Releitura da obra: A Mão de Oscar Niemeyer feito pela aluna Ryanny Vitória Souza Farias do 2° A da Escola Estadual de Ensino Médio Senador José Gaudêncio, desenvolvido através do projeto: Pintando a História. 18/08/2017.


Releitura da obra: O mercado de escravos de Henry Chamberlain feito pela aluna Maria de Andrade Silva do 2° ano A da Escola Estadual de Ensino Médio Senador José Gaudêncio, desenvolvido através do projeto: Pintando a História.18/08/2017.


Releitura da obra: Caipira picando fumo de Almeida Júnior feito pelo aluno Victor Hugo Ribeiro Brito do 2° ano A da Escola Estadual de Ensino Médio Senador José Gaudêncio, desenvolvido através do projeto: Pintando a História.


Manifestante solitário em um protesto a favor da paz mundial, em pleno apogeu da Guerra Fria, em Londres, no ano de 1962.


sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Há 56 anos, Jânio Quadros, o presidente mais votado do país, renunciava deixando perplexos seus quase 6 milhões de eleitores. Começava a se fechar um período na História do Brasil.


O major Erik Bonde fumando um cigarro após ter sido atingido por duas balas durante a Crise do Congo, em 1962. Erik faleceu em 2016 aos 92 anos.


Releitura da obra: O vestuário em Yorkshere de autor desconhecido feito pelo aluno Rafael Oliveira de Queiroz do 2° ano D da Escola Estadual de Ensino Médio Senador José Gaudêncio, desenvolvido através do projeto: Pintando a História. 20/08/2017.


Releitura da gravura: Negros preparados para o embarque nos negreiros de autoria anônima, feito pelo aluno Jhonatas Jefferson do 2° ano D da Escola Estadual de Ensino Médio Senador José Gaudêncio, desenvolvido através do projeto: Pintando a História.24/08/2017.


Releitura da obra: Chegada de imigrantes em Nova York de Frank Leslie feito pelo aluno João Victor Zeca do 2° D da Escola Estadual de Ensino Médio Senador José Gaudêncio, desenvolvido através do projeto: Pintando a História. 03/08/2017.


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Releitura da obra Os primeiros sons do hino da independência de Auguste Bracet feita pela aluna Quéren Raíse Vilela do 2º ano D da Escola Estadual de Ensino Médio Senador José Gaudêncio, desenvolvido através do projeto: Pintando a História. 24/08/2017.


Releitura da obra O farol de Anita Malfatti feito pela aluna Carina Barbosa do 3° ano C da Escola Estadual de Ensino Médio Senador José Gaudêncio.03/08/2017.


Releitura da obra Mulata sentada em frente da mesa com pandeiro de Di de Cavalcante feita pela aluna Danyelle da Silva Santos do 3° ano C da Escola Estadual de Ensino Médio Senador José Gaudêncio. 03/08/2017.


Professor Juca na Pedra de Ingá.


Releitura da obra Nudez Feminina de Anita Malfati feito pelo aluno Carlos Antonino M. de Melo do 3° ano C da Escola Estadual de Ensino Médio Senador José Gaudêncio. 23/08/2017.


Releitura da obra a Lua de Tarsila do Amaral feito pelo aluno Carlos Augusto Souza Ribeiro do 3° ano C da escola Estadual de Ensino Médio Senador José Gaudêncio. 24/08/2017.


Releitura da obra Abaporu de Tarsila do Amaral feito por Thiago Belarmino Justiniano da Escola Estdual de Ensino Médio Senador José Gaudêncio,. 24/08/2017.


Releitura da Guerra de Canudos feito pela aluna Flávia Morgana Gomes do 3° ano B, da Escola Estadual de Ensino Médio Senador José Gaudêncio, desenvolvido através do projeto: Conhecendo o semiárido nordestino através do estudo histórico de movimentos sociais. 24/08/2017.


Releitura de imagem do Cangaço feito pela aluna Sara de Jesus da Silva, do 3° ano A da Escola Estadual de Ensino Médio Senador José Gaudêncio, desenvolvido através do projeto: Conhecendo o semiárido nordestino através do estudo histórico dos movimentos sociais. 16/08/2017.


Releitura da imagem do cangaço feito pela aluna Clarelis Pereira de Oliveira do 3° ano A da Escola Estadual de Ensino Médio Senador José Gaudêncio, desenvolvido através do projeto: Conhecendo o semiárido nordestino através do estudo histórico dos movimentos sociais. 03/08/2017.


Releitura de imagem do Cangaço feito pela aluna Gabryelle Oliveira de Souza Sales do 3° ano A da Escola Estadual Senador José Gaudêncio,desenvolvido através do projeto: Conhecendo o semiárido nordestino através do estudo históricos dos movimentos sociais. 03/08/2017.


As horas finais de Pompeia

Era só mais um dia qualquer em Pompeia. Em 24 de agosto do ano 79, o comércio abriu as portas às 8 horas, como sempre, mas poucas pessoas estavam na rua. É provável que muita gente ainda estivesse dormindo, já que na noite anterior os moradores da cidade, como os de todo o Império Romano, tinham ido às lutas de gladiadores, peças de teatro e tomado muito, muito vinho. Tudo em celebração a Vulcano, deus do fogo (uma mera – e incrível – coincidência com os fatos que ocorreriam a seguir).
Situada no pé do monte Vesúvio, às margens do que hoje conhecemos como baía de Nápoles, Pompeia era uma cidade próspera, com cerca de 20 mil moradores. Toda murada, tinha uma área urbana – onde se concentravam residências e casas comerciais como padarias, bares, lavanderias, bancos e banhos públicos – e uma rural, ocupada por grandes fazendas, onde se plantando quase tudo dava, principalmente trigo, azeitona e uva. O centro da cidade tinha uma parte mais antiga, feita antes de a cidade virar colônia romana, e outra mais nova, com duas ruas principais, que cortavam a cidade nos sentidos norte-sul e leste-oeste. “Além da agricultura favorecida pelas terras produtivas da região, o porto às margens do mar Mediterrâneo garantia a economia”, diz a historiadora Lourdes Condes Feitosa, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Barcos chegavam o tempo todo trazendo comerciantes estrangeiros, sobretudo fenícios. Podia-se comprar de tudo no porto de Pompeia, desde macacos africanos e canela da China até escravos e escravas orientais, famosas por suas técnicas sexuais. Circulava muito dinheiro por ali.
A elite era formada por grandes fazendeiros, que tinham marinas particulares e seus próprios barcos, e pelos donos das lojas mais sofisticadas, casas de banho e indústrias de tecido. Os comerciantes eram o que hoje chamamos de classe média e moravam em casas construídas em cima de seus estabelecimentos. Na base da pirâmide social ficavam os trabalhadores rurais. Ricos e pobres, todos se achavam abençoados por morar em Pompeia. Eles acreditavam que a fertilidade da terra era um presente dos deuses e não desconfiavam que o solo tinha tanta qualidade por causa de antigas erupções do Vesúvio. Aliás, eles nem sabiam o que era um vulcão. Tanto que, na época, sequer havia uma palavra em latim para designar o vulcanismo. Para eles, o Vesúvio era apenas uma bela montanha: um calado e amistoso vizinho. Por isso, o mar agitado dos dias anteriores àquele 24 de agosto e o leve tremor de terra que fez o vinho balançar dentro dos cálices na festa de Vulcano não foram entendidos como sinais de perigo.

Nuvem preta

A quinta-feira era apenas mais um dia de calor. Eram pouco mais de 10 horas quando um forte estrondo foi ouvido, seguido de um abalo. No horizonte, uma densa nuvem preta de 15 quilômetros de altura se ergueu sobre o Vesúvio. A 30 quilômetros dali, um dos mais brilhantes homens de seu tempo escutou o barulho. Em sua casa de campo em Miceno, estava Plínio, o Velho, uma das maiores autoridades em fenômenos naturais da época e autor dos 37 volumes de História Natural. De acordo com o pesquisador Andrew Wallace Hadrill, diretor da Escola Britânica em Roma e especialista em Pompeia, Plínio foi surpreendido pela explosão do Vesúvio. “Até aquela data, a única coisa que ele havia registrado sobre o assunto foram as marcas de queimada no topo do Vesúvio”, afirma Wallace-Hadrill. Hoje se sabe que a última erupção do Vesúvio antes daquela manhã tinha acontecido por volta de 1800 a.C. 

Dormindo com o inimigo

As cidades em torno do Vesúvio nem desconfiavam do risco que corriam
O Vesúvio destruindo a cidade de Pompeia / Foto: Museu J. Paul Getty
➽ Miceno: A 30 quilômetros de Pompeia, era uma cidade de veraneio dos romanos ricos, entre eles Plínio, o Velho. Foi dali que Plínio, o Jovem, acompanhou a erupção. Teve poucas vítimas.
➽ Herculano: Com cerca de 5 mil habitantes, foi coberta por 23 metros de cinzas e pedras e perdeu 80% dos moradores. 
➽ Estábia: Ficava a apenas 5 quilômetros de Pompeia e, a exemplo de outras cidades ao redor, como Oplontis, foi destruída. Ganhou fama por ter sido onde Plínio, o Velho, morreu.

➽ Em poucos minutos, a ensolarada manhã virou noite. A fumaça do Vesúvio bloqueou completamente o sol. Impressionado com a noite no meio do dia e com o barulho, o povo saiu às ruas, curioso para ver o espetáculo. Acontece que aquela nuvem negra não era só fumaça. Junto com as cinzas, o Vesúvio lançou na atmosfera toneladas de rochas a uma altura tão grande – algumas devem ter atingido 10 mil metros – que elas só começaram a cair minutos depois da explosão inicial. “As primeiras vítimas devem ter sido atingidas pela chuva de pedras e, em seguida, com o acúmulo de detritos sobre os telhados, pelos desabamentos”, diz Fabrizio Pesando, co-autor do livro Pompeii (“Pompeia”).
Muita gente ficou em casa, rezando. Outros, mais espertos, resolveram correr. Não adiantou. Em Miceno, Plínio, o Velho, assistia de camarote à densa fumaça preta que subia do Vesúvio, quando resolveu ver aquele fenômeno mais de perto. Ele mandou preparar um pequeno barco, convocou uma tripulação de nove homens e pouco antes das 5 da tarde se pôs a caminho de Pompeia. A viagem foi uma péssima ideia. Ao se aproximarem da cidade, as altas temperaturas e um densa neblina negra fizeram com que o barco se desviasse de seu destino. O jeito foi ancorar na vizinha Estábia. 

Eu vi tudo

Plínio, o Jovem, foi testemunha da história
Plínio / Domínio publico
Em 24 de agosto de 79, Gaius Plinius Caecilius Secunduso, um rapaz de cerca de 20 anos, preferiu não navegar com o tio até o pé do Vesúvio. Plínio, o Velho, era um “cientista”. Na época, isso significava observar a natureza e depois fazer teorias sobre o fenômeno. Por isso, seu tio fez questão de ver tudo mais de perto. Plínio, o Jovem, ficou em casa, em Miceno. Sobreviveu e por isso pôde relatar todos os acontecimentos daquele dia. Suas longas cartas enviadas ao historiador Tácito mais tarde foram publicadas em livros. Leia um pedaço: “Era o nono dia antes das calendas de setembro, pela sétima hora, quando minha mãe lhe mostrou (a seu tio) que se formava uma nuvem volumosa e de forma incomum. (Ele) Levantou-se e subiu a um lugar do qual podia ver melhor. A nuvem parecia-se muito com um pinheiro porque, depois de elevar-se em forma de um tronco, desabrochava no ar seus ramos. O Vesúvio brilhava com enormes labaredas em muitos pontos e grandes colunas de fogo saíam dele, cuja intensidade fazia mais ostensivas as trevas noturnas. Podia-se ouvir os soluços das mulheres, o lamento das crianças e os gritos dos homens. Muitos clamavam pela ajuda dos deuses, mas muitos outros imaginavam que não havia mais deuses e que o Universo estava imerso numa eterna escuridão”.

“Em Pompeia a chuva de pedra já durava pelo menos 12 horas e praticamente toda a cidade estava soterrada sob cerca de 4 metros de rochas vulcânicas, quando o pior aconteceu”, diz Wallace-Hadrill. À escuridão das sombras das nuvens de cinza, juntou-se o negrume da noite. Por isso, e porque não restassem muitas testemunhas no local, talvez ninguém tenha visto quando a parte mais letal da erupção se aproximou. “Viajando a uma velocidade superior a 120 quilômetros por hora, uma avalanche de cinzas e rochas superquentes, com temperaturas que ultrapassavam os 500 graus, desceu sobre a cidade.”

Avalanche

Situada na costa oeste do Vesúvio, a cidade de Herculano também viveu um inferno. Provavelmente beneficiada pela direção do vento, não sofreu tanto com a chuva de pedras. Em compensação, a avalanche foi muito mais violenta. Quem escapou e chegou à praia morreu do mesmo jeito, porque não sobreviveram à onda de calor e aos gases venenosos. Mais de 300 esqueletos foram encontrados num abrigo de barcos. A morte para eles foi instantânea. O choque com a onda de calor fez seus órgãos vitais ficarem paralisados antes mesmo que eles se dessem conta do que estava acontecendo. A cidade, onde moravam 5 mil pessoas, ficou enterrada em 23 metros de pedras e cinzas.
Nuvem de fumaça, chuva de pedras quentes, gases tóxicos e avalanche, tudo num só dia. Chega, né? Não. O Vesúvio ainda não tinha parado. Antes das 7 da manhã do dia seguinte, uma nova nuvem atingiu Pompeia. Quem ainda estava lá acabou sufocado pelos gases. A nuvem seguiu em direção a Estábia. Os moradores tentaram atravessar a baía, mas não havia como. Os gases vulcânicos fizeram centenas de vítimas. Entre elas Plínio, o Velho. Seu sobrinho, em Miceno, escreveu tudo o que pôde ver e apurar depois. Seus relatos eram tão bizarros que foram considerados lendas até o século 18. Hoje em dia, sabemos que existem erupções vulcânicas como Plínio contou.
Não se sabe exatamente quantas pessoas morreram em Pompeia, Herculano, Estábia e redondezas. A recuperação de corpos indicaria um número entre 2 mil a 4 mil vítimas. De toda forma, Pompeia jamais se recuperou do estrago.

Múmias de gesso

Os últimos momentos de Pompeia ficaram gravados em estátuas vivas
Figuras recriadas com o molde dos restos encontrados na antiga Pompeia / Wikimedia Commons
Depois que Pompeia sumiu, os restos da cidade foram muito procurados por saqueadores. Dois séculos depois, as poucas pessoas que se lembravam da cidade a chamavam de Civitá. Em 1595, o local foi descoberto por acaso durante a construção de um aqueduto. As escavações só começaram em 1748, quando especialistas perceberam que aqueles objetos eram da tal Civitá. Eles encontraram uma placa que dizia que o nome da cidade era Pompeia, e então ela ganhou o nome correto. O que mais impressiona até hoje são os “corpos” das vítimas. Muitos acreditam que aquelas figuras expressivas são os restos dos moradores petrificados. Na verdade, os corpos não estão mais ali, mas já estiveram, e foi com base nos moldes que eles deixaram que os arqueólogos trabalharam. Foi assim: a avalanche de cinzas e rochas formou uma espécie de cobertura, que endureceu. Com o tempo, as vítimas foram decompostas, e as rochas que as cobriam ficaram com um espaço oco. Os especialistas rechearam esse espaço com gesso, e assim conseguiram mostrar a posição de homens, mulheres, crianças e até animais mortos durante a erupção.