A história real que inspirou a cor amarela como símbolo da prevenção
do suicídio envolve Mike Emme, um jovem que morava em Westminster, no
Colorado, Estados Unidos.
O rapaz era conhecido como Mustang Mike,
pois havia comprado um modelo antigo do automóvel Ford Mustang, e
trabalhou sem parar até recuperá-lo por completo; no fim, o pintou de
amarelo, criando assim seu apelido.
Mike era apaixonado por seu carro e amado por seus amigos e família.
Todos o viam como um garoto entusiasmado com a vida, engraçado e
caridoso.
Ninguém poderia imaginar o que ele, verdadeiramente, estava passando.
No dia 8 setembro de 1994, às 23:52 da noite, seus pais chegaram em
casa e se depararam com uma cena que mudaria a vida de todos para
sempre.
Mike Emme estava morto dentro de seu tão amado mustang
amarelo, em decorrência de um tiro. Ao seu lado um triste bilhete: “Mãe,
pai, não se culpem. Eu amo vocês. Com amor, Mike. 11:45 pm”.
Os
pais, Dale e Darlene Emme, ficaram devastados. E se perguntaram: se
tivessem chegado sete minutos antes poderiam ter evitado essa tragédia?
Esse questionamento motivou o casal a incentivar outros jovens que
estivessem passando por problemas semelhantes a procurarem ajuda. Para
isso, planejaram um detalhe especial para o dia do enterro do filho, que
partira com apenas 17 anos.
No sepultamento do garoto, seus amigos e
parentes levaram uma grande cesta: nela havia centenas de cartões e
cada um estava preso a uma fita amarela — em homenagem ao carro de Mike e
sua memória.
Nos papéis uma mensagem simples: “Se você precisar, peça ajuda”.
Ao final da cerimônia todos os bilhetes haviam sido entregues e, para a
surpresa da família Emme, dias depois, ligações de todos os lugares
começaram a chegar. Pessoas pedindo apoio e confessando seus problemas e
medos.
Foi quando a idéia de uma organização surgiu: a Yellow
Ribbon (Fita Amarela, em tradução livre). Uma entidade sem fins
lucrativos que promove a conscientização de doenças que ainda são
tratadas como tabu.
Nos últimos 25 anos, foram entregues quase 20 milhões de cartões, segundo a própria instituição, conseguindo, assim, salvar 114 mil vidas. O movimento que começou tragicamente com a perda de um jovem promissor, hoje faz a diferença no mundo e busca mostrar que toda vida vale a pena.
Caro leitor, se você sente que precisa de
apoio emocional ou tem percebido sinais de depressão entre em contato
gratuitamente com Centro de Valorização da Vida através do número 188.
O serviço conta com voluntários treinados para ajudar você da melhor maneira.
Fonte: Aventuras na História.
Por Diórgio Pinheiro.
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