Ferreiros damascenos produzindo espadas da famosa liga metálica medieval conhecida como "aço damasco'', Síria, Império Otomano, inicio do século XX. As lâminas de Damasco eram fabricadas no Oriente Médio a partir de lingotes de aço wootz importados da Índia, bem como do Sri Lanka, vindas das distantes rotas de comércio em caravanas e navios. Os árabes introduziram o aço wootz em Damasco, onde a indústria de armas prosperou durante todo período medieval e além, e por suas qualidades únicas, o aço damasco passou a ter uma fama quase lendária. A produção dessas espadas padronizadas diminuiu gradualmente no Oriente Médio islâmico, cessando por volta de 1750, e o processo foi se perdendo para os ferreiros nas décadas seguintes. Várias teorias modernas se aventuraram a explicar esse declínio, incluindo a quebra de rotas das comércio para suprir os metais necessários, a falta de impurezas nos metais, a possível perda de conhecimento sobre as técnicas de fabricação por meio de sigilo e falta de transmissão, supressão da indústria na Índia pelo Raj britânico, ou uma combinação de todos os acima. Recriar o aço de Damasco é um subcampo da arqueologia experimental. Muitos tentaram descobrir ou refazer engenharia reversa do processo pelo qual ela foi feita. Acredita-se que o aço damasco tenha sido a inspiração histórica real de George R. R. Martin para criação do "aço valiriano'' de seus contos em Game of Thrones.
Bibliografia:
-Pacey, Arnold (1991). Technology in World Civilization: A Thousand-year History. MIT Press. p. 80.
-"Early Islamic manufacture of crucible steel at Merv, Turkmenistan"
-Burton, Sir Richard Francis (1884). The Book of the Sword. London: Chatto and Windus. p. 111.
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