sexta-feira, 10 de julho de 2020

Reconstrução da antiga cidade de Babilônia para a exposição Mesopotâmia do Royal Ontario Museum.

Babilônia ocupa um lugar especial na história devido a ter-se tornado gradualmente um mito após o seu declínio e o seu abandono, que teve lugar nos primeiros séculos da nossa era. O mito chegou até nós através de várias passagens bíblicas e de relatos de autores greco-romanos que descreveram a cidade e asseguraram a longa posteridade da sua fama, frequentemente de cariz negativo. Entre os anos de 1300 e 600 a.C., os mesopotâmicos assistiram a dominação assíria, marcada pela violência de sua poderosa engrenagem militar. Por volta de 612 a.C., a sublevação dos povos dominados e a ação invasora dos amoritas e caldeus instituíram o fim do Império Assírio e a organização do Segundo Império Babilônico, também conhecido como Império Neobabilônico. Apesar da sua localização nunca ter sido esquecida, só no início do século XX é que se realizaram as primeiras escavações importantes, sob a direção do arqueólogo alemão Robert Koldewey, que desenterrou os principais monumentos. A importante documentação arqueológica e epigráfica descoberta na cidade, completada por informações provenientes de outros sítios arqueológicos antigos que tiveram relações com Babilônia, permitiram formar uma representação mais precisa da cidade, para além dos mitos. Tal não obsta a que não haja lacunas no conhecimento que se tem daquele que é um dos sítios arqueológicos mais importantes do Antigo Próximo Oriente, que persistem devido aos trabalhos arqueológicos estarem parados devido à situação política instável do Iraque nas última décadas. Na Bíblia, ela é chamada de “Senhora de Reinos” e era a capital da terceira potência mundial da história bíblica. (Isaías 47:5).
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