Muitas histórias remetem à origem do 1º de Maio. Eric Hobsbawm, em
“Mundos do Trabalho”, destaca que este surgiu antes de 1889. Os mineiros
de Durham, no Nordeste da Inglaterra, idealizaram uma comemoração anual
para marcar a ação do movimento operário organizado. Os mineiros
napolitanos também começaram a fazer suas festividades, assim como
outros grupos de trabalhadores. O Dia do Trabalho internacional surgiu
como uma tentativa de manifestação única para reivindicar as “oito horas
de trabalho”.
O autor inglês destaca que na América Latina o 1º
de Maio é associado a uma “celebração dos mártires”, principalmente os
“mártires de Chicago” – e até hoje muita gente aceita essa versão. Houve
uma série de manifestações, em 1886, nesta cidade americana, em que
milhares de trabalhadores protestavam contra as condições de trabalho e a
carga horária pela qual eram submetidos (13 horas diárias). A greve
paralisou os Estados Unidos. Houve confrontos com a polícia e muitos
manifestantes morreram. Os protestos ficaram conhecidos como a Revolta
de Haymarket. Em 1891, na França, houve um acontecimento semelhante. Uma
manifestação de trabalhadores foi duramente reprimida na chamada
“Fusillade de Fourmies” (Fuzilamento de Fourmies).
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