Saudade de Marcolino
Marcolino, poeta cantador,
A “cacimba” secou de tanto pranto
O “carão” não escuta o teu canto
“Sabiá” padeceu de tanta dor.
O “ciúme da lua” se acabou
Hoje vives morando perto dela
Desenhando teu canto numa tela
Seduzindo-a com tua serenata
Despertando seu riso cor de prata
Num desenho de linda aquarela.
O “serrote agudo” está tristonho
O “fura-barreira já não tem mais casa
“Maribondo” já bateu a sua asa
O “sertão de aço” perdeu o sonho.
Só os vates de cima estão risonhos
O teu canto é a “saudade imprudente”
Que machuca o sertão que há na gente
Como o pranto na “mágoa de um vaqueiro”
Que tristonho, num banco do terreiro,
Faz aboios saudosos e dolente.
Oh! Poeta “caboclo nordestino”
As caboclas “cintura de abelha”
Soltam prantos em forma de centelha
Com saudades do canto campesino.
A “cantiga do vem-vem” pequenino
Sobre os galhos da “flor do cumaru”
Faz sentir Cariri e o Pajeú
A saudade das noites de São João
Ou as tardes tristonhas do sertão
Entre os cantos dolentes do nambu.
Hoje já não se faz a mesma dança
“Nicodemos” partiu pra outros cantos
Não se encontram mais os mesmos recantos
Duma “sala de reboco” com pujança.
A saudade dos “tempos de criança”
A “rolinha” com passos delicados
Um poeta com sonhos encantados
Numa “estrada” pisando no destino
Pra partir nos deixando um lindo hino
Através dos seus cantos coroados.
Gilmar Leite
Marcolino, poeta cantador,
A “cacimba” secou de tanto pranto
O “carão” não escuta o teu canto
“Sabiá” padeceu de tanta dor.
O “ciúme da lua” se acabou
Hoje vives morando perto dela
Desenhando teu canto numa tela
Seduzindo-a com tua serenata
Despertando seu riso cor de prata
Num desenho de linda aquarela.
O “serrote agudo” está tristonho
O “fura-barreira já não tem mais casa
“Maribondo” já bateu a sua asa
O “sertão de aço” perdeu o sonho.
Só os vates de cima estão risonhos
O teu canto é a “saudade imprudente”
Que machuca o sertão que há na gente
Como o pranto na “mágoa de um vaqueiro”
Que tristonho, num banco do terreiro,
Faz aboios saudosos e dolente.
Oh! Poeta “caboclo nordestino”
As caboclas “cintura de abelha”
Soltam prantos em forma de centelha
Com saudades do canto campesino.
A “cantiga do vem-vem” pequenino
Sobre os galhos da “flor do cumaru”
Faz sentir Cariri e o Pajeú
A saudade das noites de São João
Ou as tardes tristonhas do sertão
Entre os cantos dolentes do nambu.
Hoje já não se faz a mesma dança
“Nicodemos” partiu pra outros cantos
Não se encontram mais os mesmos recantos
Duma “sala de reboco” com pujança.
A saudade dos “tempos de criança”
A “rolinha” com passos delicados
Um poeta com sonhos encantados
Numa “estrada” pisando no destino
Pra partir nos deixando um lindo hino
Através dos seus cantos coroados.
Gilmar Leite
Hoje não vemos mais as pessoas dançarem em casas de chão batido, ou em salas rebocadas no barro. São com essas palavras que retrato o esquecimento em que o nosso poeta de duas bandas pernambucana e paraibana, acabou caindo durante esse começo de século 21. Louvo a atitude de pessoas como o amigo, que criou este blog para evitar que a história e seus poetas seja esquecida pelas gerações que estão chegando, mas que nada sabem do que fizeram os poetas que passaram por aqui antes de nós e que deixaram suas marcas pelo lirismo dos anos e os eus dos dias atuais. Parabéms por este blog e por manter viva a história que transpassa o tempo e a memória do verdadeiro caboclo que cheira a terra lavrada e a chiqueiro de porco misturado com pai de chiqueiro, mas que trabalha sol a sol para levar comida a mesa dos brasileiros país a fora e que nunca são reconhecidos por isso e ainda levam o nome de arigó, ou coisa do tipo. Eu me orgulho de ter esse tipo de cheiro misturado e ser filho de um caboclo nordestino e de uma cabocla morena e forte como uma baraúna.
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