sábado, 25 de janeiro de 2020

A REVOLTA DOS MALÊS

Em SALVADOR, entre a noite do dia 24 e a madrugada do dia santo de 25 de janeiro de 1835, na Província da Bahia, a REVOLTA DOS MALÊS estava nas ruas.
Ela integrou um grande ciclo de rebeliões ocorridas na Bahia desde o início do século XIX e que se estenderam até o ano de 1844.
A Revolta dos Malês demonstrou que os cativos, naquela região, consolidaram uma tradição de resistência em face dos seus senhores. Seu programa político era a conquista da liberdade, sendo meticulosamente planejado, com uma definição de passos para a alcançar objetivos estratégicos e a criação, inclusive, de um fundo, ao longo do tempo, para custear as despesas da revolta.
A causa da derrota dos insurretos foi a perda do elemento surpresa, pois uma delação (sobre a iminente revolta), na noite do dia 24 de janeiro, chegou aos ouvidos do juiz de paz. As devidas medidas foram tomadas e as forças policiais caíram em campo.
Diversos confrontos ocorreram na noite do dia 24 de janeiro, mas os escravos foram derrotados já na madrugada do dia 25 de janeiro.
No mais heroico embate, quarenta escravos morreram. Foram presos mais de 250 escravos e libertos. Houve imposição de intensa lei marcial, sobretudo à noite.
O medo da repetição de uma insurreição escrava como essa deu origem à criação da pavorosa Lei nº 04, de 10 de junho de 1835.
O Manual Jurídico da Escravidão adentra no medo de uma grande insurreição escrava e analisa em detalhes a Lei nº 04, de 10 de junho de 1835, que criou um procedimento sumário para condenação dos escravos.
Uma publicação da Paco Editorial:

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