Além do incômodo e da dor, a máscara era fonte de ridículo para os infelizes que a ela eram submetidos, razão pela qual era utilizada quando se queria humilhar alguém.
O pretexto
que os senhores usavam para aplicar a máscara aos escravos quase sempre
era a bebida. De fato, o consumo de cachaça entre a escravaria - como,
aliás, entre os livres e os próprios senhores - era generalizado e
independia de sexo e idade. [...] a pinga funcionava quase como
complementação alimentar, graças a seu alto índice de calorias. Sabemos
ainda que o hábito da bebida funcionava duplamente, como forma de o
escravo tentar esquecer sua sorte e como forma de o senhor ver o escravo
prostrado fora do horário de serviço, de forma a não lhe criar maiores
problemas. O que não podia era embebedar-se a ponto de atrapalhar a
produção, a carpa, o plantio ou a colheita. Aí o escravo era castigado
e, no limite, vendido.
Texto: História e Sociedade
Referência nos comentários
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