No inicio do Século XX, os terreiros de Candomblé(que eram abundantes) foram desapropriados do centro do Rio de Janeiro e tiveram que se realocar em outras localidades mais distantes.
Entre 1902 e 1906 o Rio de Janeiro, sob o comando do Prefeito Francisco
Pereira Passos, adotou a política européia de modernização. Baseada nas
reformas Francesas do final do Século XIX.
A política de
modernização visava a estruturação do centro do Rio de Janeiro em largas
avenidas e planejamentos habitacionais baseados no periodo da Belle
Époque, o centro, que era repleto de cortiços, sofreu mudanças
significativas, boa parte das moradias coletivas, que abrigavam a
população pobre e negra(formada por ex escravos e imigrantes
nordestinos) foram retiradas das regiões centrais e realocadas nos
morros ou em localidades muito distantes. Dentro desse cenário, os
terreiros de candomblé, que eram encontrados em abundância à época,
sofreram o impacto da mudança.
Em fins do século XIX as religiões de
de matrizes africanas faziam muito sucesso na cidade, suas crenças
abrangiam boa parte da população negra e pobre e chegava até mesmo em
membros da elites cariocas. Com a realocação as casas sofreram um
intenso impacto, pois boa parte de seus integrantes e comunidade foram
afastados. Além desses acontecimentos um dispositivo do contido no Art.
157 do Código Penal de 1890, que previa punição para a prática de
“magia e afins”. Levou a polícia civil a fechar muitos terreiros antes
das mudanças se concretizarem de fato.
Texto: Joel Paviotti
CARVALHO, M. M. Candomblés na belle époque carioca. ANPUH – XXV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, Fortaleza, 6p, 2009.
ROCHA., A. M. Os candomblés Antigos do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Topbooks, 1994.
Nenhum comentário:
Postar um comentário