20 DE AGOSTO: DIA DO MAÇOM BRASILEIRO – UM ERRO HISTÓRICO
Respaldado
em muitos sérios historiadores brasileiros, o dia 20 de agosto foi
considerado, na Maçonaria Brasileira, como sendo o Dia do Maçom, em
virtude de nessa data, numa sessão da Grande Loja do Grande Oriente do
Brasil a Independência do Brasil teria sido declarada.
Foi um grande erro!
Os historiadores respaldaram-se num estudo do ilustre brasileiro José
Maria da Silva Paranhos Junior, o Barão do Rio Branco, ele mesmo
Maçom e filho de um Grão-Mestre, o Visconde do Rio Branco. Seu erro foi
não conhecer o calendário maçônico usado na época pelas Lojas.
A
sessão que teria sido realizada em 20 de agosto (“20 dias do 6º mez do
anno da V.’.L.’. 5822” = 20/08/1822) na verdade aconteceu em uma
segunda-feira, 9 de setembro de 1822.
O calendário que vinha sendo usado iniciava o ano maçônico não no dia primeiro de março e sim no dia vinte e um de março.
Mas isso, conquanto repare um erro histórico, de forma alguma pode
minimizar a atuação da Maçonaria na Independência do Brasil.
A
Maçonaria teve forte influência nos principais acontecimentos que
antecederam o dia 7 de setembro e os documentos recebidos por D. Pedro
em 07 de setembro de 1822 às margens do Ipiranga, foram enviados após
uma reunião do Conselho de Estado, presidido pela Princesa Leopoldina,
com a presença somente de Maçons comprometidos com o movimento
patriótico de libertação.
Ademais, em 09 de setembro de 1822, quando
ocorreu a sessão do Grande Oriente do Brasil, em que Gonçalves Ledo
proferiu seu célebre discurso, ainda não se conhecia o que se passara
dois dias antes, nas distantes margens do Ipiranga.
Excerto do livro
(no prelo) A História que a História não conta: A Maçonaria na
Independência do Brasil – Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz
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