No dia 18 de abril de 1909, Joana d'Arc, também conhecida como a Donzela
de Orleans, foi beatificada e, posteriormente, declarada santa em 1920
pelo Papa Bento XV. Nesse mesmo ano, ela também se tornou santa
padroeira da França. A jovem foi condenada por heresia e queimada viva,
em Rouen, no dia 30 de maio de 1431, com apenas 19 anos. Depois, sua
família reuniu provas para a revisão do processo, enviado para o Papa
Nicolau V, que recusou o caso. Apenas em 1456, o Papa Calisto
III deu início a uma revisão. A inocência de Joana foi reconhecida
naquele ano e foram considerados hereges os juízes que a haviam
condenado.
Joana d'Arc ficou conhecida por seus feitos durante a
Guerra dos Cem Anos. Ela alegava ter visões divinas do arcanjo Miguel,
de Santa Margarida e da Santa Catarina, que a instruíram a ajudar as
forças de Carlos VII e livrar a França do domínio da Inglaterra. Ainda
antes de sua coroação, Carlos VII enviou Joana junto com um exército
para tentar solucionar o Cerco de Orleans. Após apenas nove dias de
ação, a batalha terminou com um resultado favorável aos franceses e
Orleans foi libertada, elevando assim a reputação de Joana à condição de
heroína nacional aos olhos do povo francês.
Seguiu-se uma série de
vitórias militares para as forças de Carlos VII, que permitiram sua
coroação como rei na Catedral de Reims. Como resultado, a moral da
população francesa melhorou e a maré da Guerra dos Cem Anos começou a
virar em favor dos franceses.
Após o fracassado Cerco de Paris,
contudo, a popularidade de Joana dentre a nobreza francesa despencou. Em
23 de maio de 1430, ela foi capturada em Compiègne pelos Borguinhões,
um grupo de franceses que apoiavam os ingleses. Eles a entregaram nas
mãos do governo da Inglaterra, que colocaram seu julgamento nas mãos do
bispo Pierre Cauchon, quando ela foi acusada de heresia e assassinato.
Cauchon a declarou culpada e ela foi sentenciada a morte na fogueira.
Joana foi executada em 30 de maio de 1431, aos 19 anos de idade. Sua
morte, contudo, a elevou aos status de mártir e fez aumentar o fervor
patriótico francês contra os ingleses.
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