Sendo
uma organização internacional, o Templários não deviam lealdade a um
único monarca e, em grande medida, operavam independentemente do papa.
Assim, prenunciavam um tempo em que o indivíduo não se curvaria nem ao
rei nem ao papa. E também ganhavam dinheiro fora do sistema feudal,
adotando a maneira sofisticada dos árabes de negociar, de fazer comércio e gerar dinheiro com a atividade bancária.
Tudo isso podia ser visto como uma provocação e talvez o fator decisivo tenha sido o fato de Felipe, o Belo, rei da França, estar precisando de muito dinheiro. Ele tinha gasto demais para assegurar que seu candidato fosse o próximo papa – Clemente V. E também devia muito dinheiro ao templo.
Em 13 de outubro de 1307, Felipe, o Belo, fez um movimento decisivo para destruir os cavaleiros templários. De madrugada, seus senescais prenderam simultaneamente todos os templários da França. O fortemente armado Templo de Paris foi apanhado de surpresa e o grão-mestre, Jacques de Molay, foi preso. A ordem do rei era que capturassem os templários, apreendessem todos os seus bens e os interrogassem sob tortura até obterem confissões. Em Paris, 36 templários morreram sob tortura. Outros 54 foram queimados por ordem do bispo de Sens.
As famosas confissões incluíram realizar estranhas reuniões à meia-noite, em que os templários cuspiam e pisavam na cruz, praticavam sodomia, adoravam um ídolo chamado Bafomé e consagravam o torçal que usavam na cintura pressionando-o na testa do ídolo. Seis templários presos em Florença deram depoimentos excepcionalmente detalhados. Disseram que Bafomé era um ídolo adorado como Deus e Salvador.
Um templário chamado John Foligny contou que havia uma capela secreta no Templo de Paris. Mais tarde afirmou-se que foi descoberta e lá encontraram um crânio humano, dois fêmures e uma mortalha branca, iguais aos que podem ser encontrados num templo francomaçônico de hoje. Um grão-mestre templário e três preceptores foram presos em Chinon.
No seu tempo de prisão no castelo, gravaram esses sugestivos grafites. Afirmou-se também que os templários adoravam criaturas horrendas, de quatro patas, com aparência de gatos ou bezerros. Diziam que assavam bebês no espeto e besuntavam o ídolo com a gordura deles. Pressionado por Felipe, o papa Clemente V condenou a ordem, abrindo o caminho para que sua riqueza e propriedades fossem confiscadas.
Em Europe’s Inner Demons (Sussex University Press, 1975), Norman Cohn mostrou que as confissões arrancadas aos templários sob tortura – confissões que eles depois repudiaram – eram típicas das acusações feitas pela Igreja para demonizar seitas heréticas. Os cátaros, por exemplo, foram condenados à morte por crimes semelhantes. Enquanto isso, Felipe, o Belo, se apossava de todas as riquezas e propriedades dos templários.
.....
FONTE: "A história secreta de Dante: revelando os mistérios do inferno na vida real" - Jonathan Black)
ARTE: "O retorno do cruzado", 1835 - por Carl Friedrich Lessing (1808-1880), pintor alemão.
Tudo isso podia ser visto como uma provocação e talvez o fator decisivo tenha sido o fato de Felipe, o Belo, rei da França, estar precisando de muito dinheiro. Ele tinha gasto demais para assegurar que seu candidato fosse o próximo papa – Clemente V. E também devia muito dinheiro ao templo.
Em 13 de outubro de 1307, Felipe, o Belo, fez um movimento decisivo para destruir os cavaleiros templários. De madrugada, seus senescais prenderam simultaneamente todos os templários da França. O fortemente armado Templo de Paris foi apanhado de surpresa e o grão-mestre, Jacques de Molay, foi preso. A ordem do rei era que capturassem os templários, apreendessem todos os seus bens e os interrogassem sob tortura até obterem confissões. Em Paris, 36 templários morreram sob tortura. Outros 54 foram queimados por ordem do bispo de Sens.
As famosas confissões incluíram realizar estranhas reuniões à meia-noite, em que os templários cuspiam e pisavam na cruz, praticavam sodomia, adoravam um ídolo chamado Bafomé e consagravam o torçal que usavam na cintura pressionando-o na testa do ídolo. Seis templários presos em Florença deram depoimentos excepcionalmente detalhados. Disseram que Bafomé era um ídolo adorado como Deus e Salvador.
Um templário chamado John Foligny contou que havia uma capela secreta no Templo de Paris. Mais tarde afirmou-se que foi descoberta e lá encontraram um crânio humano, dois fêmures e uma mortalha branca, iguais aos que podem ser encontrados num templo francomaçônico de hoje. Um grão-mestre templário e três preceptores foram presos em Chinon.
No seu tempo de prisão no castelo, gravaram esses sugestivos grafites. Afirmou-se também que os templários adoravam criaturas horrendas, de quatro patas, com aparência de gatos ou bezerros. Diziam que assavam bebês no espeto e besuntavam o ídolo com a gordura deles. Pressionado por Felipe, o papa Clemente V condenou a ordem, abrindo o caminho para que sua riqueza e propriedades fossem confiscadas.
Em Europe’s Inner Demons (Sussex University Press, 1975), Norman Cohn mostrou que as confissões arrancadas aos templários sob tortura – confissões que eles depois repudiaram – eram típicas das acusações feitas pela Igreja para demonizar seitas heréticas. Os cátaros, por exemplo, foram condenados à morte por crimes semelhantes. Enquanto isso, Felipe, o Belo, se apossava de todas as riquezas e propriedades dos templários.
.....
FONTE: "A história secreta de Dante: revelando os mistérios do inferno na vida real" - Jonathan Black)
ARTE: "O retorno do cruzado", 1835 - por Carl Friedrich Lessing (1808-1880), pintor alemão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário