Os terópodes ("Pés de fera") são alguns dos dinossauros mais conhecidos
de todos os tempos. Foi desse grupo, formado majoritariamente por
dinossauros carnívoros bípedes, de onde as aves atuais evoluíram; e
alguns de seus representantes se tornaram "estrelas da cultura popular"
como o tiranossauro e o velocirraptor. Agora, uma nova descoberta no
interior do Rio Grande do Sul pode ter revelado o mais antigo terópode
do Brasil.
A descoberta foi feita no início de 2012, no sítio de Waldsanga, também
conhecido como Cerro da Alemoa; lugar famoso pela paleontologia
nacional por conter fósseis de outros dinossauros e cinodontes o período
Triássico. O animal, porém, foi descrito apenas agora, em um artigo
publicado na quinta-feira (14) na revista Journal of Vertebrate Palentology.
A pesquisa foi encabeçada pelos paleontólogos Júlio Marsola e Max
Cardoso Langer, ambos do Laboratório de Paleontologia da USP de Rio
Preto.
O dinossauro foi chamado de Nhandumirim waldsangae, nome que
mistura latim e tupi e significa "Ema pequena de Waldsanga". Medindo
entre 1 e 1,5 metro de comprimento, esse pequeno caçador era um corredor
rápido e ágil; habilidades que deveria utilizar na hora de perseguir
pequenos animais há 233 milhões de anos atrás, durante o período
Triássico. Com essa idade, o Nhandumirim é, provavelmente, o mais antigo dinossauro terópode do Brasil; e um dos mais antigos do mundo.
O fóssil era composto por uma tíbia, fêmur, falanges dos dedos das
patas traseiras e ossos da cauda e das costas. Análises do fóssil mostra
que esse pequeno caçador ainda não estava totalmente crescido, sendo um
espécime jovem quando morreu.
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